A corrida nunca fez tanto efeito quando agora, ela lembrava das vezes em que saia no meio da noite para montar Ragnar e sumir na escuridão com a companhia de seu primo.
Naquele momento, todo o lugar era igual, sem a mínima diferença. Topou com vários fantasmas, inclusive com Pirraça que a olhava divertido.
— A senhorita deveria estar na sua comunal. — O fantasminha ria alegremente.
— E você deveria cuidar da sua língua! Se estivesse vivo o mataria cortando sua garganta e fazendo essa sua voz estridente e repulsiva cessar e nunca mais ser ouvida!
Ela passou por ele com passos mais brutos, ela nunca teria paciência para seres insuportáveis como ele.
— Eita... — O sorriso do fantasma sumiu. — Acho que Dumbledore ou McGonagall irão adorar saber que uma aluna estava andando depois do toque de recolher...
A garota nunca sentiu tanta adrenalina quanto agora, sair pulando pelas escadas e rolando quando perdia o equilíbrio, provavelmente iria se machucar.
Em um pulo, pisou em falso e caiu em queda livre, com muita dificuldade, virou o corpo e se agarrou em uma das escadas que estava se movendo na hora que passou com o braço esquerdo.
Caiu em pé no chão, a cara de dor foi expressada rapidamente. Saiu andando para dentro do labirinto, entrou na comunal e lá estava o silêncio que ela queria ter tido na torre.
Se jogando no sofá, se viu bem acordada e cansada ao mesmo tempo. Se sentou e olhou para a lareira com as chamas verdes queimando, mesmo que muitos estivessem dormindo.
A saudade da onde morava bateu, lembrou das vezes que passava em qualquer lugar e tinha uma lareira apenas para usar o Pó de Flu.
Pó de Flu, o sorriso maléfico surgiu e saiu correndo escada a cima, entrou no quarto e viu Bianca toda esparramada na cama, sorriu com a visão e pegou um saquinho em baixo do travesseiro. Saiu correndo escada a baixo e se sentou na frente da lareira.
— Muito bem, será que vai dar? — Abriu o saquinho e pegou um punhado do pó que tinha nele. — Será que a Nath está acordada a essa hora? Ou eu terei que pegar o Diaval? — Colocou o que tinha pegado e travou o saquinho no cinto da cintura.
Saiu andando pela comunal e abriu a passagem, saiu rumo ao corujal.
Deve ter morrido uma ou duas vezes no caminho pela gata do Filch ter corrido atrás da garota para a pegar, mas Ariel também não era fácil de ser pega assim, da última vez que foi perseguida, pulou da janela, indo direto para fora da escola e indo ao corujal sem problemas.
Quando chegou, sentia o peso do olhar das centenas corujas em cima dela, cada uma diferente da outra.
— Diaval, cadê você? — Entrou fazendo um reverência, o por quê? Ela simplesmente estava invadindo um lugar que ela não deveria estar. — Diaval, eu sei que está me ouvindo, então acho melhor você vir!
Bem no fundo, a coruja que ela tinha levado na gaiola saiu voando e pousou no ombro dela. A coruja era uma suindara.
Com isso, saiu do corujal com Diaval no seu ombro. Usava o Alohomora para abrir a maioria das portas em que passava.
Madame Nor-r-ra tinha conseguido a achar de novo, Filch deveria estar logo atrás, mas o pássaro simplesmente calou a gata a pegando e a jogando pela janela.
A comunal ficava mais perto, esperava pacientemente a última escada se mover para descer correndo e entrar na comunal da casa em que pertencia.
Nesses pequenos dias que se passaram, nunca, jamais, pensou que já pegaria ranço de alguma coisa daquela escola. Aquela parede fazia um barulho para abrir surreal.
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Elite
FanficDuas garotas em Hogwarts, o que de mau poderia acontecer? Simplesmente tudo, principalmente juntando com certos sonserinos. Ariel Long sendo uma garota de aparência calma e simpática, por cima da máscara que ela mesma criou. Bianca Selwyn, uma bela...