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Los Angeles - Califórnia
20.01.2022 | Janeiro
Narrated by Any Gabrielly

Cansada, isso é o que estou sentido ultimamente,  cansaço.

Estou cansada de tudo; meus pais, meus irmãos, da empresa, das expectativas que colocam em cima de mim.

Ainda tem a cobrança que meus pais estão fazendo sobre casamento, filhos, e isso me deixa doida.

Queria taca o foda-se e sumir do mapa, apenas isso que eu queria, mas não, eu sou fraca, nunca faço o que quero, apenas abaixo a cabeça e faço o meus pais mandam, mas eu vou ser forte apartir de agora, qual é, já tenho 24 anos e ainda não vivi nem metade do que quero.

Quero viajar pelo mundo, construir uma família, ter filhos com o homem que eu amar, ser feliz, fazer o que quiser.

Nem morar sozinha posso, meus pais querem ter o molde da família perfeita, que os filhos só saem de casa depois do casamento. Mas isso não é o que nós somos, não somos perfeitos, essa família não é nada perfeito,  meus pais não são perfeitos.

Eles são narcisistas, isso sim, mas não assumem. Eles querem que a gente seja o que eles não foram, colocam pressão em cima de nós. Todos nós temos problemas. 

Eu tenho ansiedade, depressão, e transtorno alimentar. Sabina, minha irmã do meio tem problemas com ansiedade e Noah o mais novo tem depressão. 

Sempre sofri muita pressão psicológica dos meus pais, eles querem que eu seja perfeita, em tudo que faço, quando pequena eu mal ficava em casa já que tinha várias aulas para fazer, como já fiz ballet, aulas de instrumentos, natação, pintura, teatro, dança vôlei, fiz vários cursos de robótica, informática, clube de leitura, entre outras coisas. Fiz muitas coisas, quando saí da escola dei graças a Deus por não precisar mais fazer várias coisas. Quando fui para a faculdade fiquei tão aliviada, pois passei 3 anos longe de meus pais.

Apenas três anos infelizmente, pois minha faculdade era de 5 anos, mas como eu era muito inteligente pulei algumas etapas da faculdade, e como já tinha a "minha empresa" não precisei fazer estágio.

Pois é sai da faculdade e fui direto trabalha na empresa do meu pai, que meu bisavô criou, quando ele morreu meu avô ficou no comando, e expandiu para o mundo todo, e meu veio cuidar da empresa de Los Angeles que virou a principal. E quando terminei a faculdade, meu pai resolveu se aposentar e eu fiquei no comando da empresa.

Mas não é isso que eu queria, e nem quero. Eu sempre quis ter minha própria empresa de moda, des de pequena sou fascinada por moda, tudo que envolva criações de roupa, mas infelizmente parece que esse é o meu destino.

Ser sempre a que esconde e quarta seus sonhos para não decepcionar os pais.

Suspiro cansada. Quando isso vai acabar?

—  Senhorita Any – minha secretária e amiga Heyoon, entra em minha sala

— Hey, já falei que não precisa me chamar de Senhorita Any – falo revirando os olhos e ela ri

— É o costume, mas enfim seus pais ligaram e pediram pra você não esquecer do jantar de hoje, seus avós chegaram hoje pela tarde – ela fala e eu respiro fundo

— Como me esquecer? Faz uma semana que mamãe vem falando desse jantar – falo revirando os olhos

Semana passada mamãe inventou de fazer um jantar lá em casa, chamou meus avós, tios e primos para esse jantar. Não sei o por que.

— Mas ela pediu pra avisar,  enfim, hoje você não tem mais nenhuma reunião ‐ ela fala

— pelo menos isso, bem tá liberada Hey, pode ir pra casa, já vou também – falo e ela sorri

— Certo, tchau Gaby – ela fala e me dá um. Beijo na bochecha e sai da minha sala

Heyoon é uma amiga que fiz em uma das festas de empresa que fui, ela estava de garçonete e acabou derramando um pouco de água em mim, e sua chefe a demitiu imediatamente. Então a trouxe pra empresa para trabalhar comigo. E foi uma das melhores decisões.  Ela é uma ótima secretária, ela atualmente estuda para ser designer de moda.

Suspiro e ajeito minha coisas, pego minha bolsa e saio de minha sala. A tranco é vou para o elevador.

Aqui na empresa tem vários andar, especificamente 6 andares, e o último é somente meu.

Logo o elevador abre e eu entro, aperto o botão do estacionamento e a porta se fecha. Logo se abre no 4° andar e Raphael entra.

— Boa tarde Any – ele fala e sorri

— Boa tarde Raphael – o respondo sorrindo

— Any, pensou no que eu falei? – ele pergunta nervoso

A alguns dias ele havia me chamado para um jantar, hoje a noite, já que é sexta-feira. Devo admitir ele é bonito, branco, alto, olhos castanhos, cabelos preto e um sorriso bonito. Mas algo nele não me passa muita confiança, então sempre recuso seus chamados para sairmos.

— Perdão Raphael, mas terei um jantar com meus pais hoje – falo e ele sorrir triste

— Tudo bem, podemos marcar outra vez né?

— Ah claro – falo e a porta se abre novamente,  ele sai acenando pra mim e a porta se fecha novamente

Solto o ar que nem sabia que estava segurando.

Por Deus ele é insistente.

[...]

Estaciono o meu carro na minha garagem e respiro fundo pra aguentar todos que estão lá dentro.

Não me levem a mal, mas quando meus pais se juntam com meus tios, eles só sabem fazer uma coisa; me criticar, me criticam por tudo, por um sorriso que não dei, por uma peça de roupa, até mesmo como eu comando a empresa.

Isso é cansativo. Ser sempre a senhora perfeitinha. Por Deus eu tenho uma tia que sempre me defende a Laura, ela e meus avós.

Saio do carro e pego minha bolsa. Fecho o carro e o tranco. Abro a porta que tem ali e entro dentro de casa. Fecho a porta e vou até a cozinha onde escuto vozes altas.

Assim que chego na porta vejo meus avós e titia. Seja o que Deus quiser desse jantar.

— Any – minha vó fala animada assim que me vê e vem me abraçar

— Vovó – falo e retribuo o abraço

Com amor; seu soldado Onde histórias criam vida. Descubra agora