Capítulo VI: Confronto de Emoções

3 1 0
                                    

Era um sábado ensolarado quando Clara recebeu uma ligação importante sobre o caso. Havia surgido uma nova pista, e ela precisava investigar imediatamente. Clara decidiu levar Rebeca com ela, mas antes de sair, pediu a Helena que ficasse em casa para organizar alguns documentos importantes que poderiam ser úteis para a investigação.

Enquanto Clara e Rebeca estavam fora, Helena aproveitou a tranquilidade para se concentrar em si mesma, embora seus pensamentos frequentemente voltassem ao toque e aos olhares trocados com Rebeca. Determinada a manter a mente ocupada e a não se deixar consumir pelos sentimentos conflitantes, ela ouviu suas músicas preferidas, jogou seu jogo favorito no celular, fez pipoca e ainda assistiu alguns episódios de sua série favorita, uma de médicos, claro.

Horas mais tarde, Clara ligou para Helena avisando que ela e Rebeca voltariam mais cedo do que o previsto. Infelizmente, o que as meninas estavam procurando na rua estava difícil de achar. Mas com muita dedicação, elas iam construindo um caso fantástico para descobrir o que havia acontecido com a garotinha.

Helena, ao saber que Rebeca estava prestes a chegar, sentiu um misto de ansiedade e expectativa. Sabia que ao ver Rebeca, todas as emoções que ela tentava controlar viriam à tona novamente.

Quando Clara e Rebeca chegaram, a tensão no ar era nítida. Clara, empolgada com as novas descobertas, não percebeu o clima estranho entre Helena e Rebeca. Clara era muito esperta para algumas coisas, mas não conseguia notar outras. Talvez Clara não tenha percebido nada porque sabia que sua irmã não era lésbica e que Rebeca tinha namorada. Era um ponto intrigante.

Enquanto Clara organizava suas anotações na biblioteca, Helena foi até a cozinha preparar algo para comer. Rebeca a seguiu, dizendo que precisava de um copo d'água.

**Na cozinha**

Rebeca estava inquieta, calada, mas claramente queria dizer algo a Helena. A tensão pairava no ambiente, quase insuportável. Rebeca se aproximou de Helena, e seus olhares se cruzaram mais uma vez.

— Helena, precisamos conversar sobre o que está acontecendo entre nós — disse Rebeca, sua voz cheia de urgência.Helena tentou manter a calma, mas seu coração batia acelerado.

— Eu... Eu não sei o que dizer, Rebeca. Sinto tantas coisas, mas estou confusa. E você também está com Luisa, e eu não quero complicar as coisas para você — respondeu Helena, sua voz trêmula e na defensiva.

Rebeca segurou a mão de Helena, o toque carregado de emoções.

— Eu sei que é complicado, mas não posso ignorar o que sinto por você. Cada vez que estamos juntas, é como se o mundo ao nosso redor desaparecesse. Eu não consigo mais fingir que isso não está acontecendo — confessou Rebeca, seus olhos brilhando com intensidade.

Helena olhou intensamente para Rebeca, desejando beijá-la incansavelmente. Ela se aproximou dos lábios de Rebeca, o desejo entre elas era forte demais para ser evitado.

O momento foi interrompido pela chegada repentina de Clara, que entrou na cozinha procurando por um documento que faltava da investigação.

Rebeca soltou a mão de Helena rapidamente e se afastou, ambas tentando disfarçar a tensão.

— Ah, aqui estão vocês! Preciso de uma ajuda rápida — disse Clara, alheia à turbulência emocional entre as duas.

Após ajudar Clara, Rebeca e Helena ficaram sozinhas novamente.

A tensão sexual e emocional entre elas estava mais forte do que nunca. Rebeca sabia que não poderia continuar ignorando seus sentimentos, e Helena estava determinada a descobrir se havia alguma esperança para elas, mesmo com todas as complicações.

Rebeca se aproximou novamente de Helena, suas respirações se misturando, seus corpos tão próximos que podiam sentir o calor uma da outra.

— Não posso continuar assim, Helena. Eu preciso de você, de verdade — sussurrou Rebeca, seus olhos fixos nos lábios de Helena.

Helena sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Com um movimento suave, ela tocou o rosto de Rebeca, traçando uma linha imaginária com os dedos.

— Então, pare de lutar contra isso — respondeu Helena, sua voz carregada de desejo.

Rebeca puxou Helena para mais perto, suas bocas a milímetros de se encontrarem. O ar estava carregado de tensão, cada segundo se arrastando como uma eternidade.

Além dos olhares Onde histórias criam vida. Descubra agora