Murder

1.2K 118 80
                                    

Suspresinha ^^
-------------------------------------------------------------

Fazem dois dias que Tate sumiu. A última vez que nos vimos foi logo depois de eu sair da cela do Harry, e ele parecia estranho.
Estou com medo de que tenha acontecido algo.

-April! - olhei para o corredor e vi uma garota baixa com a cabeça raspada. -você. Você é a April? - eu abri minha boca pra responder mas ela falou antes. - ela... ela mandou. Mandou dizer. Mandou dizer que seu amigo está morto. Está morto! Está morto!

Eu me levantei rápido e ela correu.

Corri atrás dela.
Do que ela estava falando?
Será que Tate está bem?
Não. .. ele não pode estar morto.

-Ei! Pare! - ela correu entre muitos corredores, e na última curva que fez eu a perdi. Não sei mais em que parte de wickendale estou.

Andei até outra curva e vi uma porta dupla de metal. Com pequenas janelas de vidro. Por onde eu não conseguia ver nada.

Me aproximei das janelas e encostei meu rosto para tentar ver. Uma mão ossuda bateu contra o vidro.

Unhas longas o arranharam e eu me afastei, tapando meus ouvidos e fechei meus olhos. O barulho parou e eu olhei novamente para o vidro.

Não tinha nada lá.

Andei até perto e abri as portas. Vi escadas e uma luz fraca no fundo. Desci elas de vagar chegando a um deposito sujo.

olhei para uma das paredes atrás de mim e senti o sangue congelar dentro de minhas veias.

Corra Corra Corra Corra

Seu corpo estava jogado logo abaixo. Amontoado e quebrado, os olhos brancos. A boca aberta.

Seus cabelos loiros estavam manchados com sangue, seu macacão e o chão agora vermelhos.

Lágrimas não paravam de cair por meu rosto. Junto com gritos e soluços pelos meus lábios.

-TATE! NÃO TATE POR FAVOR. - um choro desesperado tomou conta de mim. Me ajoelhei a sua frente e apertei minhas mãos em punhos, estalando meus ossos.

Chorei. Chorei e gritei tanto que me sentia fraca. Sob seu corpo, no chão, estava escrito com letras mal feitas.

Assassina

Um alto grito de ódio rasgou minha garganta.

-NÃO. EU NÃO SOU ASSASSINA! EU NÃO SOU!

Com o rosto banhado em lágrimas, minha mão foi para o bolso dele e peguei sua carteira de cigarros. Não sei porque, mas peguei e guardei no meu.

Me levantei do chão e subi as escadas.

Minhas lágrimas não pararam até eu chegar em minha cela. Me sentei e em meu ouvido eu ouvia palavras sussurradas. Vozes cortantes.

-assassina.
-louca.
-assassina.
-porque não termina!
-termine logo com isso.
-sua vida de merda.

Minha mente começou a nublar e eu fiquei com frio. Um pouco lenta.

-pegue. O que você achou. Pegue.
-isso continue. Pegue a lâmina dentro.
-já sabe o que fazer.
-conecte os cortes.

Assim que a lâmina passou pela pele de meu pulso as vozes começaram a gritar.

Fiz três cortes em meus pulsos . Apenas três e meu sangue pingava no chão.

Aproximei a lâmina do meu pescoço. Pronta. Eu iria acabar com isso.

Braços quentes envolveram meu corpo e a lâmina foi arrancada de minha mão. As vozes pararam e meu choro voltou. Sendo abafado por seu peito.

Ele puxou meu rosto e eu encarei suas órbitas verdes. Ele pegou meu braço, olhando nos meus olhos e sua boca limpou meu sangue.

Por mais que isso fosse doentio, sentir isso contra minha pele e seus olhos verdes a me observar, espalhou calor por todo o meu corpo.

Era totalmente insano, mas vê-lo com meu sangue sujando seus lábios me causou tremores tão profundos que minha pele se arrepiou.

Seu lábio ainda possuía três pequenas gotas de meu sangue. O que me fez encará-lo e morder meu lábio.

Ele me olhou confuso e antes que pudesse falar alguma coisa meus lábios se fecharam contra os seus. Suguei seu lábio sujo, sentindo o gosto de meu sangue, depois o puxei ele se arrepiou.

O empurrei pelos ombros e ele deitou no chão. O olhei de cima enquanto me sentava sobre ele.

-você está... -cortou a frase com um gemido rouco. Assim que movi minhas ancas contra as dele. Sua mão me puxou em sua direção e nossos lábios colidiram. Era disso que eu precisava. Eu precisava dele.

Me afastei e sentei. Ele sentou em seguida, deixando nossos rostos próximos.

-o que aconteceu? -sua voz saiu preocupada.

Meus olhos manejaram ao lembrar e ele me olhou atento.

Enquanto uma lágrima escorria por meu gosto eu disse sussurrando.

-Tate está morto.

Isso foi cruel. :')
PQP eu decididamente tenho algum problema psicológico. Enfim. Espero que gostem e não me odeiem.
Votem. ^-^
Obrigada. :* :')




RUN - Harry Styles horror fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora