Are The Voices

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Minha primeira reação foi me soltar da pessoa e correr pra um canto da cela, escorregando pela parede até chegar ao chão e começar a ter um ataque de pânico.

É um pesadelo.

-acorde, acorde, acorde... - eu murmurava.

Mais gritos. Eu não parava de ouvir gritos. Minhas lágrimas escorriam cada vez mais.
Quando mãos tocaram minhas pernas eu me encolhi e comecei a hiperventilar.

-April... April! Caralho April olha pra mim!

Eu apenas ouvia sua voz, mas não conseguia consentrar-me nela e infelizmente, sabia quem era, apenas por seu toque grande e forte.

Meus pulmões não abrigavam mais ar.

Senti leves tapas em meu rosto e sua mão empurrando meu peito para tentar me ajudar. Meu coração começou a acelerar e doer, e minha cabeça parecia explodir.

Ele abriu alguns botões do meu macacão e me deitou no chão, pressionando as duas mãos em meu peito. Eu só sentia dor e a pressão.

Tudo parou por leves momentos, então, meus olhos se abriram, enquanto eu respirava fundo. Me sentei e vi Harry, ofegante de frente a mim.

Sua expressão se tornou levemente fria, mas seus olhos ainda demonstravam um leve desespero e estavam cravados nos meus. Tão verdes.

Ele lambeu os lábios e olhou para minha pele descoberta. Corei violentamente e fechei o macacão, depois trazendo meus cabelos pra frente, tapando meu pescoço.

-o que era aquilo?- minha voz saiu fraca.

-eu... Não sei. Nunca vi nada como aquilo.

-você sabe porque as luzes apagaram? Que gritos eram aqueles?

-seja o que for... Não podemos sair daqui até as luzes ascenderem.

-Ela tentou matar o Tate.

-o que?

-aquela mulher tentou fazer Tate se enforcar.

Harry revirou os olhos e bufou.

-porque me puxou pra cá? -ele levantou e deu de ombros.

O clima dentro da cela esfriou gradativamente, logo o ar que saia da minha boca formava fumaça.

-Porra está congelando aqui dentro. Vem cá April. -ele disse se sentando na cama.

Me movi hesitantemente para perto dele.

-ah por favor acha que eu vou te matar também?

Na verdade sim. Meu subconsciente ralhou.

Ele me puxou para perto e colocou a manta fina da cama por cima de nós.

-o que você tem no braço?

-machuquei em uma grade enquanto corria.-eu disse baixo. Sua mão percorreu minha pele esfolada e passou pela renda de cicatrizes.

-está aqui porque é suicida?

-também.- Eu disse e ele soltou um leve sorriso.

Meu corpo tremeu de repente e minha visão começou a escurecer.

-Harry...- ele me olhou atento e quando percebeu o que se passava, me deitou pra tentar me ajudar. -eu... - gemi de dor quando senti minhas pernas retesatem, como se estivessem sendo arrancadas.

Senti suas mãos esticarem minhas pernas e sua boca soprar ar quente no meu pescoço. Ele deitou por cima de mim e suas mãos apertaram meu rosto, aquecendo meu corpo. Olhei fixamente para seus olhos enquanto a dor passava.

-porque está fazendo isso? -eu sussurrei- porque me ajuda?

Ele rolou para o lado sem dizer nada.

-o que aconteceu comigo? Foi o frio?

-também... mas... aquela mulher estava bem do seu lado. Sorrindo.- meu sangue gelou.

-ela estava aqui?

ele fez que sim com a cabeça. Passando as mãos sobre o rosto, jogando os grandes cabelos pra trás.

Soltei um suspiro trêmulo e olhei para o corredor vermelho, bem no momento em que algo passou rastejando no chão. Logo depois as luzes ascenderam.

-você já pode ir. - ele levantou e disse frio.

Meu coração apertou e eu andei até fora. Vendo enfermeiras correrem na minha direção, acompanhadas por um guarda forte. Uma agulha furou meu pescoço e eu apaguei.

Bom... É isso. O que será que April fez agora? Ou será que outra pessoa fez algo? Tan tan tan taaan.
parei.
Votem e comentem please. Se tiver alguma opinião ou palpite, ou elogio, até me xinguem mas . Enfim, espero que gostem.

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RUN - Harry Styles horror fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora