𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 7

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𝙅𝙪𝙣𝙜 𝙒𝙤𝙤𝙮𝙤𝙪𝙣𝙜

      Abro os olhos e encaro o teto. Fico confusa quando não reconheço o lugar. Sento na cama e gemo de dor ao sentir uma fincada no meu pé esquerdo. Arrasto o edredom para o lado e noto que estou vestindo um conjunto de moletom branco e que meu pé está enfaixado.

      Sinto o coração na garganta quando alguém abre a porta do quarto desconhecido. Entra uma senhora de meia idade, usando roupas confortáveis e de cabelo preso em um coque baixo. Ela sorri e gesticula com as sacolas da Gucci que está segurando.

      - Como você está se sentindo? - pergunta, mas eu não encontro a voz para responder. - Espero que seja o seu número. - Coloca as sacolas em cima da cadeira acolchoada perto da janela. - Se precisar de alguma coisa, pode me chamar. Eu fico por aqui até às dezoito - é o que diz antes de sair do quarto e me deixar sozinha novamente.

      Olho ao redor e busco na memória os acontecimentos da noite passada. Eu fui à balada com alguns amigos da faculdade e encontrei Sang-Min, que estava me seguindo. Furioso, aliás. Segundo ele, eu fui burra demais por ter sido pega pelo roubo da Lulu da Pomerânia e que não devia ter dito o seu nome quando fui levada contra a minha vontade para um escrito subterrâneo muito suspeito.

      Aí meu Deus!

      É isso. Aquele homem intenso e de olhar marcante apareceu, tentou me ajudar, mas estava com a porra de uma arma e depois disso, só lembro de ter ido de encontro com uma moto no meio da rua.

      Com dificuldade, levanto da cama e mancando, caminho até a cadeira perto da janela e dou uma espiada na vista. Devemos estar pelo menos no vigésimo andar e não faço a mínima ideia de onde estou, mas parece ser um bairro chique. Deixo as vistas caírem sobre as sacolas da Gucci e acabo revirando.

      Jesus amado! Tem calcinha e sutiã. Sinto o rosto formigar de vergonha e acabo deixando as roupas de lado.

      Noto que minha bolsa está em cima da cômoda ao lado da cama. Tento correr até ela, mas meu pé enfaixado e dolorido não deixa. Assim que consigo pegá-la, vasculho e encontro meu celular, os documentos e a chave do meu apartamento. Está tudo no lugar, não falta nada.

      Com o smartphone na mão, decido que é hora de sair do quarto. Não parece que estou sendo mantida em cárcere privado e preciso saber o que diabos estou fazendo aqui.

      Abro a porta e enfio a cabeça para fora, noto o pequeno corredor de paredes claras e alguns quadros com artes geométricas. Levo ar até os pulmões e vou em frente, mancando e tentando não fazer muito barulho.

      Assim que chego na sala ampla com grandes sofás macios e de formato em L, noto a mesa de jantar feita de vidro transparente, parte da cozinha e uma adega climatizada de design moderno cheia de vinhos. O chão todo é em madeira escura, o que dá contraste com as paredes brancas e os móveis claros.

      - Bom dia, Wooyoung.

      Ao ouvir a voz profunda e grossa, sinto o coração na garganta. Olho para trás e encontro o mandachuva, usando blusa cinza e de mangas curtas, calça moletom e pés descalços. Ele não faz aquele tipo de homem que é puro músculo, mas dá para notar que os braços são definidos e até consigo imaginar as marquinhas dos gominhos no abdômen.

      Meu Deus, qual é o meu problema?

      - O que estou fazendo aqui? - pergunto e fico feliz de ter conseguido dizer alguma coisa. - Senhor... - acrescento.

      Ele passa por mim e vai em direção à cozinha, se alongando. Engulo em seco e tento não ficar secando o homem.

      - Primeiro, não me chame de senhor.

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⏰ Última atualização: Aug 17 ⏰

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O Homem Da Máfia - WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora