The Queen And Her Kingdom

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Era a noite de jantar conjunto, uma tradição na casa de Youn Jung, que não costumava ter muitos momentos com a família

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Era a noite de jantar conjunto, uma tradição na casa de Youn Jung, que não costumava ter muitos momentos com a família. Se é que ela podia chamá-los desta forma. Mas ela podia levar sua amiga e seu namorado, então estava tudo bem para ela.
Seu pai falava algo sobre as novas empresas do mercado enquanto seu namorado acariciava seu joelho por baixo da mesa, a fazendo controlar os risos. Sua amiga a observava à sua frente, bebendo champanhe.

No fim eles tiravam uma foto para pôr no porta retrato em dia de natal para fingirem serem a família perfeita que tanto aparentavam.

— Eu já volto meu amor. — Youn Jung murmurou no ouvido do namorado, sumindo da sala de estar onde todos estavam conversando e jogando xadrez.

Ela lavou o rosto no banheiro, respirando fundo. Sua mente não a deixava em paz. Novamente.

Depois de retocar a maquiagem e certificar-se de que sua face estava digna de perfeição, caminhou de volta pelos corredores, notando que Song Kang não estava na sala, muito menos Kim Yoo Jung.
Andando de pelos corredores à procura dos dois, acabou encontrando-os no salão de festas, observando os quadros antigos que seu pai possuía.

— Vocês estão aí! — sorriu ao vê-los, se aproximando.

— Ah, oi! Apenas observando... — a amiga disse a encarando.

— Arte! — Song Kang sorriu fino.

— Ah pare! Vocês já estão cansados de verem estas artes. — riu abraçando a amiga. — Yoo Jung, venha comigo, preciso da sua ajuda.

— Sim, claro. — sorriu fraco, dando uma última olhada em Song Kang.

As duas foram para o quarto de Youn Jung, e após fechar a porta Yoo Jung pergunta.

— O que precisa?

— Acho que Song Kang está cansado de mim e eu preciso de suas dicas milagrosas! — murmurou mexendo na almofada ao colo, inquieta, fazendo o sorriso da amiga morrer. — Eu estou com medo...

— Amiga... — Yoo Jung se sentou ao seu lado na cama.

— Você é incrível, sabia? Quando nos conhecemos naquela festa dos calouros eu juro, eu me apaixonei por você na hora. Mas eu tinha que dar uma chance para o meu primeiro amor, entende? — riu fraco. — E agora eu acho que estou perdendo ele...você me ajudou tanto no começo do namoro, será que poderia me ajudar agora?

Yoo Jung engoliu em seco, segurando as duas mãos de Youn Jung.

— Por que acha que ele não gosta mais de você?

— Eu não acho que ele não goste mais de mim...mas é evidente que ele não...ele não se interessa mais por mim como antes. — fez um bico. — Você sabe...somente os meus amigos mais próximos me conhecem de verdade e ele foi a primeira pessoa de fora que eu...que eu mostrei meu verdadeiro eu.

— Fica tranquila, eu aposto que ele te ama. — sorriu de canto. — Por que não conversam durante a festa da So Hee? Aposto que é apenas um mal entendido. Tudo vai ficar bem, sempre fica.

Go Youn Jung olhou pra amiga com os olhos calmos, assentindo sentindo-se mais tranquila.

— Obrigada...você sempre me acalma, não sei o que seria de mim sem você! — riu a atacando em um abraço.

As duas riram, caindo da cama.

— Eu te amo, Yoo Jung! — Youn Jung murmurou a encarando, ambas deitadas no tapete.

Yoo Jung a encarou e sorriu.

— Eu também te amo.

— Eu estava mesmo inventando coisas desnecessárias, é claro que nos afastamos, eu estou atolada esse semestre na faculdade e ele tem muitas apresentações para o fim desse semestre. Nossas agendas estão apertadas e é normal não nos vermos tanto. — argumentou.

— Isso aí. — a amiga assentiu devagar.

— Amor? — Song Kang colocou a cabeça para dentro do quarto.

— Oi, entra...

Seu namorado foi avisar que estava de saída.

— Ah, leve Yoo Jung pra casa! — disse antes de dar um beijo de despedida nele.

— Pode deixar. — ele assentiu e acenou deixando o quarto.

Youn Jung suspirou e se jogou na cama, com preguiça de voltar para a sala de estar e aturar sua família.

Em um bairro não muito longe dali, havia um rapaz tocando piano em sua enorme sala de estar. Seus amigos estavam apreciando o som deitados no sofá.

— O que acham? — Jung Kook perguntou.

— Eu achei bom... — Seok Jin respondeu.

— Do que adianta? Mais uma composição que vai para a gaveta! — Nam Joon murmurou encarando o teto.

Jung Kook bebericou mais um pouco de seu café e voltou a tocar.

— Ouviu sobre a festa da So Hee? Ela convidou todos da universidade! — Seok Jin disse.

— Sabemos quem vai estar esgueirado nas sombras da festa. — Nam Joon cantarolou encarando o amigo que tocava piano.

— Sério, pra que ir à festas e não dançar ou interagir com alguém? — continuou, provocando o amigo.

Jung Kook parou de tocar, se levantando.

— Eu vou me deitar. — seguiu para seu quarto.

— Ele está pior esses dias, o que aconteceu mesmo? — Nam Joon encara o namorado.

— Levou um pé na bunda da Yoo Jung. — respondeu brincando com as cordas do seu moletom.

— Ah, sim. Tinha me esquecido. Ela é aquela amiga da Go Youn Jung? A rainha da universidade...

— Sim, elas se conheceram na festa dos calouros na mesma época que ela saía com o Kook, mas desde que elas se aproximaram eles pararam de se ver. Mas você já sabe disso. — olhou para Nam Joon.

— Às vezes eu me esqueço do porquê ele odeia a Go Youn Jung, é que é tão humilhante que chega a ser engraçado.

— É um pouco bobo não é? — riu baixinho.

— É sim. — abraçou ele, rindo.

Jung Kook tomou um banho longo antes de se jogar na cama, com as notas da partitura da canção que escreveu para Yoo Jung em sua cabeça.
Não se conformava que a garota havia se afastado dele por causa da princesinha da universidade, mesmo depois de três anos, isso ainda o machucava. Por isso evitava ser visto nas festas, boa parte era para não vê-las se divertindo e servir de lembrete para ele como Go Youn Jung o afastou da garota que amava. Chegava a ser irônico o quanto ele nutria esse sentimento de abandono pela parte de Yoo Jung, como se ela tivesse o apunhalado pelas costas quando tudo que fez foi cortá-lo de sua vida.

Mas isso não o impedia de sentir o que sentia.

Go Youn Jung era tão mesquinha, andava pelos corredores da universidade como a porra de uma rainha, com o mundo na palma de sua mão. Seus saltos faziam um barulho estrondoso no piso, carregando seus livros pra cima e pra baixo, porque embora fosse milionário e metida, ela ainda era estudiosa. O que o fazia odiá-la ainda mais.
Até porque ele sabia dos rumores, tudo que falavam sobre ela e sua índole. Como era festeira por baixo daquela capa de menina perfeita.

Isso o irritava pra caralho.

SIMPLY CLASSY • J.K.Onde histórias criam vida. Descubra agora