Aquele que deseja ver mais do que pode

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Jin Guangyao havia acordado cedo naquela manhã. Um dos membros do clã havia ido até seu quarto para lhe dizer que a senhora Jin, sua madrasta, pedira para todos se reunirem no salão e que daria uma notícia importante sobre o futuro do clã.

Yao quase jogou o pobre rapaz para longe por tê-lo acordado tão cedo, mas ao invés disso, ele respirou fundo e pediu para que arrumassem as mesas com um café da manhã farto. Fechou a porta assim que o jovem saiu e caminhou sonolento até a cama. Ao lado dela, sobre uma pequena mesa de magnólia, estava uma carta um pouco amassada.

Yao coçou os olhos, pegou a carta e, ao notar a letra característica, percebeu ser do remetente esperado. O jovem mestre apertou a ponte do nariz, fechou os olhos com força para afastar o sono e começou a ler a carta.

"Meu estimado amigo Yao...

Devo dizer que desta vez me encarregou de algo difícil de realizar. Não foi fácil levar tantas concubinas para a Torre da Carpa, mas, graças ao status de seu pai, conseguimos fazê-lo sem levantar suspeitas. Você certamente ficaria satisfeito em ver a reação desesperada do velho Jin diante de seu fim. O envenenei de forma discreta, de modo que ninguém suspeitará da causa de sua morte.

Em seguida, levarei as mulheres para longe e darei fim a cada uma delas. Pretendo desaparecer por um tempo até que a poeira baixe.

Ah, também peguei algumas pedras de ouro do seu cofre. Tenho certeza de que você não sentirá falta delas."

Yao revirou os olhos ao ler a última frase da carta, levantou-se e foi em direção ao canto do quarto. Ele não teria tempo para um banho tão rápido, pois estava ansioso para ver seu sobrinho. Vestiu seus robes, calçou as botas e ajeitou o chapéu. Assim, entrou no salão, onde percebeu diversas pessoas reunidas e notou que a notícia provavelmente se referia à morte "trágica" de seu pai.

Passando por Xichen e Cheng, observou como ambos pareciam extremamente belos juntos. Enquanto passava, viu Xichen apalpando discretamente as nádegas de Cheng, o que o fez sentir um sentimento desconhecido, mas agradável.

Yao parou em frente ao recém-casal Jin, cumprimentando-os educadamente. Em seguida, Yanli sorriu para o cunhado e lhe mostrou Jin Rulan com orgulho. O bebê já havia recebido a marca do clã Jin e estava segurando k pingente da espada do pai. Yao sentiu seu coração se aquecer ao admirar o sobrinho, sentindo-se como se fosse o próprio pai de Rulan.

Ao ouvir Yanli perguntar se ele queria segurar o bebê, Yao sorriu e estendeu os braços, pegando Jin Ling delicadamente. Enquanto cantava para o bebê, Rulan reconheceu sua voz devido às conversas que Yao tinha com ele durante a gravidez de Yanli.

O momento fofo entre tio e sobrinho foi observado por dois casais e Wei Wuxian, surpreendendo a todos pela demonstração de amor paternal de Yao. O momento foi interrompido pela chegada da senhora Jin, que parecia estar em grande sofrimento.

Yao continuou com o bebê no colo, assistindo em silêncio o show que começava. Logo, Jiang Cheng perguntou por que ele não lamentava a morte de seu pai. Yao olhou para a madrasta e o irmão, que choravam copiosamente, enquanto Yao estava sem demonstrar qualquer tristeza pela morte de seu pai.

Todos se viraram para ele, surpresos com sua atitude. Yao se aproximou de Jin Zixuan, segurando Jin Rulan com uma mão e apertando o ombro do irmão com a outra.

"Não chore. Essa não é a atitude de um líder! Seja forte, seu clã e sua família precisam de você agora!" disse Yao, estabelecendo-se como um apoio para Zixuan em meio à perda do pai.

Aquela atitude só deixou Yao ainda mais assustador. Quem iria receber a notícia da morte do pai e agiria tão indiferente? Zixuan limpou as lágrimas e subiu para se sentar no banco que outrora era de seu pai. Com os olhos vermelhos de tanto chorar, ele mandou que preparassem o funeral do pai.

O fruto proibido- LX+JC+JGOnde histórias criam vida. Descubra agora