𝐄𝐌 𝐔𝐌𝐀 𝐑𝐄𝐌𝐎𝐓𝐀 𝐕𝐈𝐋𝐀 𝐍𝐀 𝐈𝐋𝐇𝐀 𝐄𝐒𝐌𝐄𝐑𝐀𝐋𝐃𝐀, Keiko Ito cresceu ouvindo histórias sobre a maldição que assola seu povo. Determinada a encontrar a lendária Iyashi no Mi para quebrar o feitiço, ela parte em uma jornada aos dezoit...
bom dia, pessoal! fiquem com mais um capítulo de Filha da Cura :) hoje temos um capítulo recheado de interações Keizo pra vocês, com direito a um ponto de vista exclusivo do Zoro. espero que gostem!
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JÁ FAZEM ALGUNS DIAS desde que me juntei à tripulação dos chapéus de palha. Os dias desde então têm sido tranquilos, eu fui muito bem recebida por todos, e sou bem tratada. Me sinto realmente acolhida pelos companheiros de Luffy.
No entanto, tenho tido alguma dificuldade para dormir. Mesmo quando me sinto confortável, é só deitar minha cabeça na cama e pronto: chuva de pensamentos intrusivos.
Por isso, desenvolvi o hábito de vir até o convés do navio sempre que isso acontece (o que, pode acreditar, é com uma frequência absurda). Apoiar os braços na borda do navio e olhar para o mar, às vezes calmo, às vezes nem tanto, me faz sentir calma de alguma forma. Faz com que eu me sinta mais perto da minha mãe.
Como em todas as noites antes dessa, apoio os cotovelos na borda do navio, encarando o mar, em silêncio. Meus pensamentos vêm e vão, até que se focam naquilo que mais me preocupa: a Vila Esmeralda. Como será que eles estão agora? Como reagiram ao perceber que eu havia saído furtivamente? Será que mais alguém adoeceu?
São tantas perguntas sobre meu povo. Apesar de conhecer a maldição que nos assombra, nunca cheguei a uma conclusão concreta sobre o que realmente aconteceu para terem nos amaldiçoado, a única coisa que crescemos sabendo na ilha é que isso aconteceu, e a única forma de mudar isso é a fruta do diabo. Ponto. Sem mais explicações.
Solto um longo suspiro. Eu espero, do fundo do meu coração, encontrar respostas. E essas respostas vão além de apenas encontrar a Iyashi no Mi.
— Acordada a essa hora?
A voz de Zoro me tira dos meus devaneios com um sobressalto. Eu arregalo meus olhos, me desequilibrando por um breve momento, mas foi o suficiente para quase me fazer ir ao chão; se não fosse por Zoro me segurar rapidamente, eu realmente teria caído com tudo. Meu rosto ficou automaticamente quente ao sentir os braços de Roronoa me segurando para não cair. Apesar de eu fazer um esforço imenso para não ter esse tipo de pensamento, não consigo deixar de reparar em como seus braços são fortes e musculosos, me fazendo parecer uma pequena pena. Ele literalmente nem fez esforço, pelo amor de Deus.
— Você me assustou — falei, tentando disfarçar a vermelhidão do meu rosto desviando o olhar para o outro lado.
— Não sabia que se assustava fácil. — Zoro retrucou com as sobrancelhas erguidas, mas ainda sem me soltar. O aperto em meu corpo era sutil, quase com um toque de gentileza. Eu já havia estado com um homem antes, alguns meses atrás, pouco depois de ter completado dezoito anos, mas definitivamente não era esse tipo de homem. O Zoro parecia uma muralha.
Balancei a cabeça, tentando afastar esse tipo de pensamento, enquanto me desvencilhava desajeitadamente do pirata.
— Um silêncio desses e eu distraída, queria que eu não me assustasse com você aparecendo igual uma assombração? — Cruzei os braços acima do peito.