a chegada

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Uma jovem corria pela mata escura,em seu braço havia um grande corte do qual chegava até o osso,além dos ralados pelo corpo e as roupas rasgadas. A menina corria desesperadamente e de vez em quando olhava pra trás com medo,um medo que,pra sua infelicidade aumentava cada vez mais,pois mesmo que corresse o mais rápido que conseguisse,era possível ver um vulto que estava atrás da mesma sempre que olhava. Em determinado momento,a garota acaba por tropeçar na raiz de uma árvore e cai,assim tentando se levantar o mais rápido mas antes mesmo de conseguir se por de pé sentiu algo gelado sendo arremessado contra sua perna e quase que instantaneamente uma dor absurda vinda do local. A garota gritava e chorava,implorando pra que aquilo parasse e para que ela pudesse finalmente voltar pra casa.

– Não se preocupe querida,eu prometo que vou se rápido.– Disse o vulto que a seguia enquanto a encarava. De forma rápida e objetiva,a visão da jovem fica turva e depois escura,sem despedidas dramáticas,sem mais choros nem reclamações,apenas um objeto pesado cravado em seu crânio. O "vulto" puxa o tal objeto revelando ser uma machadinha pra fora da cabeça da jovem,sujando mais ainda o local do sangue que jorrava da mesma. O assassino encara suas roupas quase que completamente cobertas por sangue e suspira.

Uma sala simples e padrão, sofá,tapete,mesa de centro,prateleiras,um pequeno criado mudo e MUITOS crânios de animais pendurados pelas paredes e apoiados nas cômodas. Pela porta da frente, entra um rapaz com um grande sorriso no rosto. Este era Alastor,jovem,bonito e carismático,praticamente tudo que uma garota iria querer. E pra melhorar sua reputação o mesmo tinha um programa de rádio do qual transmitia músicas, histórias e notícias,o padrão da época.

Alastor caminha até seu quarto com a mochila que carregava em suas costas,ele coloca a mesma cuidadosamente sob a cama e a abre,tirando assim um crânio rachado,mas diferente dos demais em sua sala,este aparentava ser humano. Ele abre seu guarda roupas,assim apresentando vários crânios humanos empilhados como um castelo de copos. O jovem coloca o novo "brinquedo" de sua coleção em seu lugar adequado e sorri alegre ao ver o resultado.

–Vc matou essas pessoas? Sabia que isso é muito errado?– Alastor se assusta ao ouvir isso e assim que se vira da de cara com um pequeno... anjo? Pera,pq um anjo estaria em sua casa??

–Como vc entrou?? Eu tranquei a porta?– Alastor se questionava enquanto encarava a criatura a sua frente.

–pff,anjos não precisam de portas seu bobo– Diz o pequeno anjo apertando a bochecha de Alastor,tal ação que foi respondida com um tapa em sua mão.– Isso foi bem rude sabia? Vc deveria ser mais educado.–

– Quem caralhos é vc e pq tá na minha casa?– Alastor olhava pro anjo com uma face mais irritada do que assustada agora, não gostava de ser tocado e em menos de 2 minutos de interação com aquela coisa ele já havia ultrapassado seu limite.

–Eu me chamo...– o pequeno anjo faz uma pausa dramática,dando uma pirueta e parando de braços abertos.– Lúcifer!! E agora eu sou seu anjo da guarda!!

– ....– Alastor começa a gargalhar enquanto olha pra Lúcifer.– Meu anjo da guarda?? Sério? Que piada!– Dizia o mesmo em meio a gargalhadas.

–Haha, não vi a menor graça– Diz Lúcifer olhando pra Alastor com uma cara séria,coisa que fez com que o jovem começasse a rir mais e mais alto. Lúcifer ignora e decide continuar seu monólogo. – EU fui enviado pelo paraíso para garantir que vc não cometa mais nenhum pecado e quem sabe não possa se redimir dos que cometeu!

–Isso é estúpido– Diz Alastor limpando as lágrimas.– Vc ao menos sabe quem eu sou?

–dãããã, óbvio!– Lúcifer puxa de sua manta um pequeno pergaminho e começa a ler o mesmo.– Seu nome é Alastor e vc matou umas...muitas...pessoas... muitas...– Lúcifer olha surpreso pro pergaminho e depois pra Alastor,repetindo o movimento algumas vezes até se afastar um pouco do rapaz

–Ok,isso foi divertido,agora vc já pode sair da minha casa, obrigada– Diz Alastor com um sorriso passivo agressivo enquanto aponta pra porta da frente.

–É claro que não! Meu trabalho é impedir que vc mate pessoas,e como vc matou muitas delas eu vou ter que ficar aqui pra garantir com toda a certeza que vc não vai matar pessoas!– Diz Lúcifer com as mãos na cintura.– Agora,vamos tentar começar com...oh! Oh! Podemos aprender as regras do paraíso!!– Lúcifer usa suas mãos e invoca um livro com no mínimo um 20 centímetros de espessura.

– Não se atrev--

–Capítulo 1!!– Lúcifer começa. Alastor cobre seus ouvidos e se levanta,começando a caminhar em direção ao banheiro para que o anjo parasse,ato que é completamente ignorado pelo mesmo.

Depois de algumas horas de muito falatório, Alastor percebe que o silêncio reinava novamente pela casa, então em um passo arriscado,o mesmo decide sair de dentro do armário de mantimentos do qual estava escondido pra saber se Lúcifer já havia ido embora. Ele abre uma pequena fresta da porta e percebe que não a ninguém ali. Alastor suspira aliviado achando que finalmente teria paz novamente,ele abre a porta por completo e sai de dentro do armário,indo até o sofá,pegando um livro que estava acima do mesmo e começando a ler. Após um tempo de leitura,o mesmo começa a se questionar se o anjo realmente havia saído de sua casa, então começa a procurar o pequeno Lúcifer. Ele olha no quarto,no banheiro,no corredor fora da casa e nada,assim chegando a conclusão de que o menor havia desistido,tal pensamento que lhe tirou uma leve risada por seu "anjo da guarda" ter desistido de si tão rápido. Quando estava preste a voltar para seu livro, Alastor percebe que deixou a porta do armário de mantimentos aberta,indo até a cozinha pra fechar e encontrando um pequeno ser brilhante dormindo atrás da porta do armário.

–Acho que vc não deveria dormir em serviço, idiota.– Alastor suspira ao ver que Lúcifer ainda estava ali,ele olha pro livro e vê a página aberta no mesmo. – Capítulo 1479,anjos da guarda...– Alastor olha pra imagem ilustrativa do livro e pro anjo dormindo em sua cozinha e começa a se questionar. – Não acho que seja a mesma coisa...isso justifica esse ser tão besta.

O jovem agarra Lúcifer pela gola de sua manta,o arrasta até a porta da frente e o coloca deitado perto da lixeira. Ele colocará o lixo pra fora amanhã.

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Soltei do nada,essa é só uma fic que eu comecei e não terminei então provavelmente não vai pra frente,mas tem uns 3 capítulos contando com esse 🐢

Alastor e tu pequeno Anjo da guarda Onde histórias criam vida. Descubra agora