Alastor termina sua refeição,suspirando pesadamente,agradecendo mentalmente pela saciedade rápida. Enquanto se recompõe,o moreno percebe a ausência do pequeno anjo que o perseguia,levemente preocupado com a segurança de seu apartamento,ele decide o procurar.
Após algumas voltas pela casa,Alastor chega até o banheiro,temendo o caos que encontraria se entrasse no local. Talvez o menor tivesse decidido pintar os azulejos da parede,ou quebrar o espelho,ou alagar a banheira, desenhar no chão com pasta de dente,lavar a privada com sua escova,jogar fio dental pela janela,fazer uma forca de papel higiênico ou coisa muito pior. De fato,o comportamento de Lúcifer era bastante infantil,mas o fator que realmente irritava Alastor nisso era o fato de isso o tornar praticamente imprevisível. Poderia estar sentado tranquilamente em um momento e magicamente no outro estaria destruindo metade do universo. Nosso querido radialista temia crianças com o fundo de sua alma,e consequentemente Deus decidiu o castigar com uma gigante e muito mais caótica.
Dentro do tal banheiro,Lúcifer se encontrava sentado no chão,desenhando pequenos patinhos com seu novo "objeto de fácil acesso pra bagunça e que fará Alastor querer o matar" favorito,sendo ele o vidro de ketchup. O menor desenhava suavemente pelo piso,tendo não apenas o chão coberto com o condimento e sim suas roupas,cabelos,asas e todo o resto do banheiro. Durante sua atividade super divertida,a porta é aberta de forma bruta.
–Ok Lúcifer se vc tiv--.....– Alastor abre a porta,se deparando com a cena mais caótica que já havia visto hj. Lúcifer prontamente se assusta com a entrada de Alastor,se cobrindo com suas asas com forma de se defender de qualquer coisa que "acidentalmente" voasse em direção a sua cabeça. –Oq caralhos aconteceu aqui?– O radialista dizia em um tom sério,olhando pra Lúcifer bastante irritado com a situação.
–eu...eu tava desenhando patos...–O pequeno anjo responde com um sorriso frouxo no rosto. Antes que pudesse pensar em qualquer ideia pra se safar,Alastor vai em direção a Lúcifer,o segurando pelo braço e o jogando pra dentro da banheira e batendo a porta do Box com força. Lúcifer prontamente se encolhe com suas asas,observando como Alastor limpava a sujeira.
Após algumas horas de (muito) trabalho,Alastor havia de alguma forma não explicada a nenhum ser da natureza arrumar todos o banheiro e limpar Lúcifer,agora havia apenas um único desafio: deixar as vestimentas de Lúcifer limpas novamente. O pequeno anjo vestia um roupão de banho enquanto observava como Alastor pegava a roupa no balde com um pouco de cloro e o levava até o tanque de roupas.
–Pq não podemos mante-las sujas? Eu não via problema nessa! – Lúcifer questiona em um tom de indignação,observando como Alastor esfregava a manta na tentativa de tirar as manchas vermelhas.
–Funciona como sangue. Se vc deixar secar elas não vão sair.– O moreno responde,esfregando a peça de roupa com precisão e se irritando um pouco ao ver que a mancha simplesmente não saia.
Alastor então vai até abaixo do pequeno tanque,pegando um pequeno pote de bicarbonato de sódio e mais algumas coisas,criando uma espécie de mistura espumante que é despejada na manta.
–Isso vai ficar assim por um tempo.– O maior diz deixando a manta dentro de uma bacia com a mistura anterior. – Não se preocupe em mexer,eu tô de saida,mas vou voltar a tempo de tirar isso dai.
–Onde vai?– Questiona Lúcifer.
–A rua, não destrua a casa e nem faça nada idiota enquanto eu não retornar.– Alastor responde indo em direção ao cabideiro próximo a porta,pegando seu casaco e um gorro. Lúcifer observava Alastor se preparando pra sair,se aproximando do mesmo ainda vestido um roupão de banho.
–Eu posso ir com vc?– Ele pergunta novamente em um tom esperançoso,porém seu sorriso desaparece ao receber o mais seco não do maior,que apenas sai e tranca a porta. O pequeno anjo se desanima,se cobrindo com suas asas,porém uma pequena lâmpada acende em sua cabeça. Ele era seu anjo da guarda,seu trabalho era o manter seguro e longe de confusão, então logicamente não seria tão ruim se ele o seguisse até seu destino, apenas pra ter certeza de que estaria tudo certo, né?
Dito e feito,Lúcifer usa de suas habilidades de disfarce,se transformando em um pequeno pardal albino e voando em direção a janela.
Alastor se encontrava em frente a uma boate. Fazia tempo que não entrava em lugares assim,pensando seriamente em pq escolhia tanto lugares nesse estilo. O moreno adentra o local,pagando por sua comanda e reclamando do quão caro era a mesma.
A música alta junto de luzes fortes o trazia certa nostalgia,oq era irônico julgando que não era tão velho assim,ainda estava na casa dos vinte,mas por algum motivo agia como se tivesse no mínimo uns 40 anos. Um fator que acabará por intrigar Alastor é o fato de que uma pequena abelha o rodeava com bastante frequência,o fazendo questionar se era comum que houvessem tantos insetos no local. Ignorando essa pequena incógnita, Alastor decide se sentar em um dos bancos do bar,avistando um conhecido e mudando pra um banco próximo do mesmo.
–Husker! Ainda por aqui?– Alastor dizia animadamente,repousando sua cabeça sob as mãos enquanto sorria debochadamente pro rapaz a sua frente. O mesmo era um homem moreno de cabelos curtos e crespos,seu olhar parecia cansado e uma característica intrigante eram as manchas mais claras espalhadas por seu corpo. O rapaz se vira intrigado,olhando pra Alastor levemente surpreso inicialmente.– Vc trabalha aqui a décadas! Achei que já tinha arrumado um trabalho de verdade!
–Haha,muito engraçado, aproveita e vai se fuder. Eu não vou ficar te ensinando meu nome toda vez que vem aqui.– "Husker" dizia se virando pra Alastor,o mesmo permanecia sorrindo enquanto encarava o bartender. –Se não for pedir nada mete o pé e não atrapalha o movimento.
–Nossa,vc já foi mais simpático sabia? Seu chefe não vai gostar de saber que é assim que trata a clientela.– O moreno retruca de forma sarcástica,aproximando sua mão do outro,dando leves batidas em sua cabeça.– Eu vou querer uma vodka então "Henry".
O bartender revira os olhos,logo pegando a garrafa da bebida desejada e servido-a pra Alastor,que prontamente pega a bebida e começa a observar o local.
–Oq te trás aqui dnv? Faz um tempo que tá sumido.– Henry comenta enquanto servia algumas outras bebidas.
–Hmmm, eu diria que algo me interessou por aqui.– Alastor mexia o líquido de seu copo,ainda prestando atenção no que estava ao seu redor. O radialista continua a observar atentamente,até cravar seu olhar em um pequeno grupinho que conversava e bebia próximo a uma mesa. –E parece que acabei de achar.
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Desculpa pela demora no prazo,tive alguns probleminhas e quando finalmente tive tempo pra escreve me distrai kkkk
Espero que tenha ficado bom,vou tentar terminar o mais rápido possível.
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Alastor e tu pequeno Anjo da guarda
FanfictionUm cenário onde um Serafim foi acidentalmente enviado como anjo de guarda para um jovem no auge de seus 20 e poucos anos,porém,com um detalhe adicional.