O chefe

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Subi mais um lance de escadas silenciosamente.

Mais uma porta preta me esperava, não sabia quanto tempo eu teria agora já que as garotas no andar de baixo poderiam chamar alguém.

Antes de passar pela porta peguei a arma que estava presa em minha perna, teria que ser rápida naquele andar se não eu não conseguiria sair.

Respirei fundo e marquei cinco minutos no relógio.

A fumaça do cigarro me alcançou quando eu abri a porta e rapidamente vi que ali eram apenas trabalhadores, aqueles que saiam de manhã.

Diversas mesas com máquinas que contavam dinheiro trabalhavam, as pessoas nem sequer olharam em minha direção quando entrei.

Ali era o cofre ? Que burrice, uma explosão e tudo ia pelos ares.

- Ei você, não pode estrar aqui.

Olhei pro lado e um homem gigante todo de preto vinha em minha direção, olhei sua mão e ele fazia parte dos portugueses, a rosa marcada em seu dorso me dava passe livre pra atirar.

Atirei em sua cabeça sem dó me sujando um pouco de sangue, fui atirada na parede por outro par de mãos grandes, que subiam em cima de mim lançando minha arma pra debaixo da mesa de pessoas que não paravam seus serviços.

Ele agarrou meu pescoço pra me enforcar mas rapidamente me virei no chão passando uma das pernas por suas costas o prendendo em um golpe que quebrei seu pescoço com as mãos.

Tiros vieram em minha direção no chão e só consegui rolar pra debaixo da mesa, peguei minha arma e esperei e engatinhei entre os pés das pessoas e das mesas interligadas vendo que os tiros estavam mais próximos.

Levantei do outro lado da sala e atirei no homem que recarregava a arma.

Tomei uma pancada nas costas que me fez cabalear pra frente e me apoiar na cadeira da moça que apenas me olhou de canto de olho.

Peguei a máquina de ferro que contava dinheiro e me virei batendo na cabeça do cara que tinha me acertado com um taco de madeira. Ele ficou zonzo mas não o suficiente pra cair.

- Caceta, o que deram pra esses caras ? - Murmurei enquanto desviava de uma sequência de socos do mesmo que tinha a testa sangrando.

Ele me acertou duas vezes mas não teve muita chance depois que devolvi os golpes e o esfaqueei na jugular.

Peguei minha arma no chão e segui agora pra um elevador que se abriu atrás do homem que sangrava no chão.

Entrei no elevador que parecia estar em um hotel chique, tinha corrimão em dourado e pinturas bonitas nas laterais e uma música ambiente que deixava tudo mais cômico conforme subia para o último andar.

Tinha dois botões, um me levava pra cima e o outro certamente eu descobriria depois.

Tinha gastado meus cinco minutos e agora só faltava o último andar.

Posicionei a arma e a adaga em outra mão esperando as portas abrirem.

Pelo visto já tinham sido avisados da minha chegada pois no corredor a frente já me esperavam com armas apontadas pra minha cabeça.

- Largue a arma. - Um dos homens com a rosa na mão gritou e por seu tom imaginei que estava com um pouco de medo da minha aparência ensanguentada.

- Vou colocar no chão. - Abaixei lentamente olhando para os dois homens que acompanhavam meu movimento com a ponta da arma.

- Não tente nada. - O outro falou mais calmo, ele não estava com tanto medo e provavelmente já era experiente.

- Claro. - Joguei as armas longe com o pé e levantei dando um passo pra frente.

Herdeira PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora