Um amor jovem

4 0 0
                                    

Em uma comunidade pequena de Santa Rosa com moradores rodeados de pobreza, vivia Calton Chapman, mais conhecido como Cal ou Chap. Um adolescente que já havia vivenciado muitas coisas, e a maioria o fez amadurecer rápido demais. O jovem se encontrava sentado na calçada, vestindo suas roupas largas, seu boné de baseball e suas pequenas correntes. Cal cresceu em uma casa fria e cheia de briga, desde novo nunca recebeu muito afeto e aprendeu a se virar sozinho em uma comunidade onde não tinha oportunidade de viver uma vida boa, a pressão social era grande, o jovem já estava se perdendo dentro do crime e achando companheirismo de seus parceiros por lá. Caminhando de manhã cedo para o trabalho, ele ganha uma carona repentina.

- Chap! Já tava indo pra oficina agora, cê acredita? Sobe aí na motinha, te dou uma carona! - Um jovem aparentemente careca, com vários acessórios pesados e roupas largas, oferecia carona para Calton, o jovem negro. Eles chegaram rápido em uma oficina, onde havia vários carros fazendo manutenção, quando eles adentram a garagem.

- Cal! Cal! - Uma menina de cor de pele parda, olhos castanhos e cabelos ondulados e cheios, falava animada indo de encontro com o jovem, que abria um sorriso no rosto.

- Quanto tempo! Como você tem passado? - A morena não desviava o olhar do jovem. - Melhor agora que te vi, Maya. E você?

- Sempre ocupada com o trabalho no centro comunitário. Mas é gratificante poder ajudar as pessoas.

- O que está fazendo aqui? Digo, na oficina. - Os olhos de Cal brilhavam, ele olha para o redor da oficina por segundos, e volta a olhar para a garota a sua frente, sem tirar o sorriso do rosto.

- Vim entregar a marmita pro meu irmão, saiu apressado de casa e nem deixou a mamãe acabar de montar a marmita. Louco pra chegar no trabalho na hora certa. - A jovem morena sorria e olhava para o seu irmão, sujo de graxa e comendo a comida que tinha acabado de receber.

- Eu não sabia que o James era o seu irmão, que legal! - Cal alterna o olhar para os dois, que não tinham nada a ver um com o outro, James era branco, magrelo e barbudo, os traços dele eram finos, totalmente ao contrário de Maya.

- Sim! Mas e aí? Ta afim de dar uma volta? Sabe, colocar o papo em dia! - Maya encostava sua mão no ombro de Calton, que olhava para James com cara de pidão para ele o liberar.

- Vão! Mas por favor, Maya! Juízo! E Cal, não demora, você tem trabalho pra fazer! - James revirou os olhos e bufou.

A conexão entre Maya e Calton foi instantânea, como se eles nunca tivessem se afastado. Enquanto caminhavam pelas ruas familiarizadas, Calton sentia um calor familiar se espalhar por seu coração, algo que ele nunca pensou que voltaria a sentir. Maya cresceu nas mesmas ruas difíceis que ele. No entanto, ao contrário de Calton, Maya encontrou uma maneira de manter sua bondade e esperança apesar das circunstâncias adversas. A garota era conhecida por sua dedicação em ajudar os outros na comunidade. Ela trabalhava como voluntária em um centro comunitário local, onde oferecia apoio emocional e recursos para aqueles que mais precisam. Enquanto Maya continuava a trabalhar incansavelmente para ajudar os outros, cada vez mais Calton se envolvia no crime, e encontrava o afeto que faltou de sua família na gangue. Mesmo sabendo que os dois eram apaixonados um no outro, o jovem sabia que sua vida do crime podia colocar Maya em perigo, mas ele não conseguia se afastar dela, nem mesmo por um momento. Calton via em Maya tudo que ele aspirava ser: gentil, compassivo e esperançoso, mas ele continuava se vendo preso em um ciclo de violência e desespero.

- Eu pensei muito em você ultimamente, Maya. Eu ia no centro comunitário vê se conseguia ajudar um pouco e conseguir ver você. Mas você sabe, minha vida ta longe da tranquilidade.

- Cal.., você ainda consegue mudar isso, sei que aonde você está não é nada do que você sonhava. Mas eu to aqui com você, você sabe bem disso.

- Obrigado, Maya. Gosto muito de você. - Os dois jovens se viram um pro outro, com um pequeno sorriso no rosto, e se abraçam. Um abraço caloroso e de muitos sentimentos, sentimentos reprimidos por medo de ambas as partes, mas que era impossível não demonstrar. Se afastando do abraço, Maya o encarou com um sorriso fraco no rosto.

Unlawful Onde histórias criam vida. Descubra agora