Capítulo 217 Tequila e guaraná

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Meredith chegou em casa com um semblante sombrio. Ver aquela criança (muito parecida com Andrew, só para constar) nos braços do pai, a paralisou completamente e a deixou em pânico. Então, para se livrar desses sentimentos desagradáveis, ela foi às compras. Ela estava tão fora de fase que procurou por um produto, mas continuou vagando pelas prateleiras e corredores do supermercado sem encontrá-lo. Irritada, perguntou a um atendente onde estava o produto que procurava e ele, vendo-a um pouco perdida, acompanhou-a até o lugar certo e entregou-lhe o produto diretamente. 

Envergonhada, ela agradeceu ao atendente e continuou sua ronda, eliminando cada item de sua lista, um de cada vez. Ela definitivamente precisava beber tequila.

Naquela noite, no jantar, estariam apenas elas, Maggie Amelia e, de fato, Meredith. Maggie, em particular, levaria seu assado já pronto para ser aquecido, enquanto Amelia havia comprado uma sobremesa, um parfait de chocolate em forma de bolo. As únicas coisas que Meredith fez, foram arrumar a mesa e preparar uma salada. Automaticamente, ela pegou óleo, sal e vinagre balsâmico, exatamente como Andrew havia lhe ensinado. Ao pegar o vinagre balsâmico, ela percebeu o que estava fazendo, hesitou por um momento, mas depois acrescentou o último molho e misturou bem a salada.

A primeira a chegar foi Amelia e, cinco minutos depois, Maggie, que imediatamente monopolizaram a conversa com sua loquacidade, às vezes excessiva. Meredith não estava de bom humor e ficou ouvindo, dando sorrisos falsos e ocasionalmente acenando com a cabeça para as declarações delas. Depois que a mesa foi limpa, as três se sentaram no sofá para assistir à TV.

-Alguém quer tequila? - perguntou ela, esquecendo-se de que Amelia não podia beber.

-Não - responderam as outras duas juntas depois de se olharem.

-Como eu gostaria que Alex e Cristina estivessem aqui agora, sem ofensa. Eles não me deixariam beber sozinha- disse ela antes de tomar a primeira dose do drinque.

-Meredith, o que está acontecendo? - perguntou Maggie.

-Há algo errado?- Amelia perguntou.

Ela bebeu a segunda dose de um só gole. Ela gostaria de se agarrar à garrafa como de costume, mas dessa forma estaria mais bem ajustada à quantidade que estava bebendo.

-Andrew tem um filho - disse ela, olhando para o vazio.

-O que você quer dizer com isso? - perguntou Maggie

-Como? - acrescentou Amelia

-No sentido de que ele tem um filho. Como?Bem... certamente não fui eu...

-Espere, explique-se melhor- perguntou Maggie tentando racionalizar.

-Quando ele estava em Anchorage, conheceu uma garota chamada Sarah, que engravidou dele. O avô do bebê, pai da menina, veio procurá-lo aqui porque a mãe do bebê morreu há quatro meses e ele tem câncer de fígado inoperável, de acordo com os médicos que o examinaram em Ohio.

-Espera, então aquela criança que eu vi na creche com Andrew é seu filho?- disse Amelia

-Sim

-Suponho que ele já tenha feito o teste, se você está nos contando - disse Maggie

-Sim.

-Por que ele não está aqui esta noite? - perguntou Maggie novamente

-Eu disse a ele para ir dormir na casa de Carina porque o filho dele está lá.

-Mas esta é a casa dele agora, Meredith- respondeu Maggie com pesar.

-Isso não é um pouco exagerado? - perguntou Amélia.

DeLuca's Anatomy PARTE 3Onde histórias criam vida. Descubra agora