Capitulo 2 - Matt
Eu sentia falta de todas as segundas ir a praia com o Andy e apenas me deitar em seu colo e apreciar a maresia movimentar seu belos cabelos negros, sentia falta de todos os cafés que eu tomava toda quarta feira numa cafeteria perto de minha escola, sentia falta de matar as aulas de química embaixo das árvores atras da escola, sinto falta do cheiro de nicotina que impregnava sempre em minhas roupas. Mas o que eu mais sentia falta era de minha liberdade. Desde meus 16 anos estou preso naquela merda de manicômio, eu não sei por que estou aqui não sou maluco, ou sou? Não sou como Lian ou Quinn que vem coisas e conversam com talheres, eu sou apenas um adolescente normal, não deveria estar nessa merda de manicômio em New Jersey.- Matt seja bonzinho hoje e tome seus remédios, ou prefere que eu chame o Tonny?
Ótimo la veio aquela enfermeira dos infernos com essas porras de remédios, ahh uns três meses atrás eu decidi que não tomaria os remédios, não fazem efeito mesmo, eu não sou louco, lembra? Então sempre que Cassie vem com os remédios eu os pego coloca na lateral esquerda de minha boca e finjo que os engoli, depois os cuspo e boto no bolso das minhas calças; já deveria ter juntado uns setenta comprimidos, todo dia tenho que tomar dois desses comprimidos idiotas.
- Vamos pessoal hoje tem futvôlei, quem será que vai ganhar dessa vez?
Era incrível como eles tratavam a gente como crianças idiotas, não somos crianças.
- Você vem Matt?
Neguei com a cabeça, porque de fato ficar sentado num banco num dia frio observando os outros jogarem como idiotas aquela merda de jogo não parecia ser a coisa mais interessante a se fazer. Fui para o meu quarto como de costume, me deite na cama; se é que aquilo pode ser chamado de cama. Eu só conseguia pensar em me ver livre da li, poder sentir o cheiro de liberdade, poder ver meus amigos, poder tomar um belo copo de café; ahhhhh que saudades que eu tenho do gosto da cafeína. Que saudades de Lindsey, não ela não era minha namorada ou coisa do tipo, eu nem ao menos gostava dela, eu apenas gostava de poder beijar seus lábios adocicados. Ela era uma menina que por muitos homens é considerada bonita, cabelos curtos e escuros, olhos pretos, lábios bem delicados. Lindsey sempre dizia que me amava, mas eu não podia dizer o mesmo, afinal amor não existe, é apenas a porra de um sentimento que os humanos mais carentes inventaram para preencher o seu próprio vazio. Afinal eu não era capaz de amar minha própria mãe, como amaria a porra de uma menina que eu apenas fodia dia sim dia não? Relacionamentos são apenas uma perda de tempo.
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Dystopia
RomanceSerá que se pudéssemos descobrir nosso futuro, nos mudaríamos algo que tenhamos feito? Será que se Cherry soubesse que a partir do momento que ela olhasse naquelas orbes verdes oliva o seu futuro mudaria, ela teria de fato entrado por aquela porta...