𝐀𝐥𝐢𝐛𝐢 - Capitão Nascimento; 🍁

"🟣" - I N T R O D U Ç Ã O.

— P E R S O N A G E M principal;

Larissa era o que os vagabundos chamavam de "princesa" e os civis cobiçavam a chamando de "lindeza". Foi foda ter visto ela naquele baile no morro da Babilônia, a droga comia solto e a mulherzinha de bandido que só tinha 19 anos descia a solto em cima 'duma mesa ao som de uma poluição sonora fodida alta que irritava os civis que moravam na proximidade e tinham que acordar cedo para trabalhar depois.

Larissa era a irmã adotiva de Rosane, minha mulher — a Almeida mais nova era uma pirralha fodida que nunca havia apanhado na vida, ela vivia em bailes; bebendo, pegando vagabundo e se metendo em encrenca. De dias em dias a polícia militar pegava ela traficando pra playboy e de dias em dias eu vou lá na delegacia livrar a bunda gorda dela de ser presa, 'cê acha que os PM iriam ter a marra de aguentar um esporro de um Capitão da BOPE? Claro que não, eles tinham medo.
O certo era Larissa ser presa, pagar por ser uma pirralha que tem a porra toda em casa e ainda almeja por mais na rua, mas infelizmente não era assim, Larissa era esperta e sabia como usar os PM.

Mas em casa, ela não ficava impune.

— CARALHO LARISSA, 'DE NOVO ESSA MERDA? — grito com a garota de cabelos bagunçados, ela estava com as pupilas dilatadas por ter usado alguma merda que ofereceram a ela. — TU TÁ SE TORNANDO ESSES VAGABUNDOS QUE FICAM NA RUA TRAFICANDO, OS VAGABUNDOS QUE EU MATO NO MEU TRABALHO!

Larissa apenas sorriu, seus dentes que estavam quase podres e amarelados por uso das drogas era nojento de se ver, Larissa estava se deixando levar pelas drogas, e eu sabia que tinha que intervir:

— Se você usar mais uma poeira de pó, traficar ou fazer qualquer merda do tipo, eu te tiro dessa porra desse apartamento, entendeu? — Nascimento fala, ele agarra a garota pelas bochechas com seus olhos contendo nada além da mais pura raiva.

Larissa ainda tinha um sorriso em seu rosto, mas então, seu sorriso sumiu num piscar de olhos e uma confusão tomou conta de meu corpo. Puta merda, aquela garota havia enlouquecido de vez? Larissa se solta do meu aperto e se levanta do sofá, ela olha para mim e eu vejo algo horrível em seus olhos, era um sentimento desconhecido para mim. Eu ainda estava com a farda do BOPE, a roupa preta que indicava o que acontecia quando eu entrava na favela para acabar com homens como a Larissa, mas ela não parecia se importar e eu sabia o motivo:

— Beto... Beto... Cê sabe o que 'ta acontecendo, Beto — Larissa fala enquanto olha no fundo dos meus olhos, de repente ela começa a tirar suas roupas, me deixando em estado de choque.

— Não pense que vou cair na sua como os favelados que você se relaciona, VESTE A PORRA DESSA ROUPA AGORA LARISSA! — eu falo, mas parecem que minhas palavras entraram pelo lado do ouvido dela e saíram pelo outro.

Quando Larissa ficou nua, eu descobri na certa o que estava acontecendo.