Realidade Gelada

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Na manhã seguinte, a realidade voltou a se impor. Carol saiu cedo para o laboratório, deixando Natália sozinha mais uma vez. O vazio na cama parecia mais frio do que nunca. Natália sentia que, apesar da noite apaixonada, nada realmente havia mudado.

Os dias que se seguiram foram um misto de esperança e desespero. Elas continuavam a tentar se reconectar, mas o peso da situação parecia maior a cada dia. Natália sabia que Carol estava fazendo o seu melhor, mas o sentimento de isolamento era esmagador.

Em uma tarde solitária, Natália decidiu escrever uma carta para Carol. Precisava expressar tudo o que sentia, de uma maneira que as palavras ditas não conseguiam. Sentou-se à mesa e começou a escrever, cada palavra carregando o peso de sua tristeza e amor.

"Querida Carol,

Eu te amo mais do que posso expressar em palavras, mas esse lugar está me sufocando. Não consigo mais fingir que estou bem. A distância entre nós está me matando, e sinto que estou me perdendo a cada dia.

Sei que sua pesquisa é importante, e estou orgulhosa de tudo o que você conquistou. Mas eu preciso de você, preciso que estejamos juntas de verdade, não apenas fisicamente.

Com amor, Natália."

Quando Carol chegou em casa naquela noite, encontrou a carta sobre a mesa. Sentiu um aperto no coração enquanto lia, percebendo a profundidade da dor de Natália. Sentou-se ao lado dela e a abraçou.

— Eu li sua carta, Natália. E eu entendo. Não quero que você sofra mais. Vamos encontrar uma solução juntas.


Sob o Frio Canadense, o Calor do Amor - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora