Chamas na Neve

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Os dias passavam lentamente, e Natália tentava se manter ocupada, mas a sensação de isolamento só aumentava. Um dia, ao caminhar pela cidade coberta de neve, ela decidiu entrar em uma loja de artigos brasileiros. Lá, encontrou algumas lembranças de casa, pequenas coisas que traziam um pouco de calor ao seu coração.

Ao chegar em casa, preparou um jantar especial, algo que sabia que Carol amava. Quando Carol finalmente chegou, Natália estava determinada a reacender a chama entre elas.

— Eu preparei algo especial para nós hoje — disse Natália, sorrindo para Carol.

Carol olhou surpresa, mas feliz. — Obrigada, amor. Eu precisava de algo assim.

Durante o jantar, conversaram mais do que haviam feito em semanas. Riram, lembraram de momentos felizes no Brasil e, por um breve momento, a distância parecia diminuir. Após o jantar, Carol puxou Natália para um abraço e beijou-a suavemente.

— Eu sinto tanto a sua falta, Natália — sussurrou Carol, enquanto seus lábios encontravam os de Natália novamente, desta vez com mais intensidade.

Natália respondeu ao beijo com a mesma paixão, sentindo o calor crescer entre elas. As mãos de Carol deslizaram pelo corpo de Natália, tirando a roupa com cuidado, como se cada toque fosse um pedido de desculpas.

Aquela noite foi diferente. Elas se entregaram uma à outra com uma intensidade que há muito tempo não sentiam. Natália sentiu o calor do corpo de Carol contra o seu, o ritmo de seus corações batendo em uníssono. Cada movimento era uma tentativa desesperada de se reconectar, de curar as feridas que a distância havia causado.

No calor daquele momento, esqueceram o frio lá fora e a tristeza que permeava seus dias. As carícias de Carol eram ao mesmo tempo suaves e urgentes, como se estivesse tentando memorizar cada centímetro do corpo de Natália. Elas se amaram profundamente, e por um breve instante, tudo parecia estar bem.


Sob o Frio Canadense, o Calor do Amor - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora