In the Crow's Beak - Benjicot Blackwood Fanfic

Incomensurável desprazer

Ao chegar a costa da pedra do Dragão os homens desceram de seus barcos e começaram a montar seus acampamentos, o líder, filho do Lorde das terras livres que estava sobre a responsabilidade do exército se encarregou de conhecer a minha mãe para assegurar seus soldados de que estava tudo bem ficarem aqui e de que todas as promessas seriam cumpridas. Deixei que os monges cuidassem ( com muita dificuldade) de meu dragão e o guiei até o salão principal, Daemon já havia retornado e os rumores no castelo sobre a batalha com os Blackwoods contra os Braken corriam depressa então me mantive de olhos bem abertos e ouvidos apurados para com os servos da fortaleza de pedra. Ao chegar no salão Rhaenyra se virou para mim e tudo o que pude ver foi fúria em seus olhos, Rhaenys que sobrevoa a goela deve ter-lhe trazido a notícia antes mesmo de chegarmos em terra firme então me coloquei ao papo do príncipe e me curvei a minha mãe o incentivando a fazer o mesmo.

- Pode me explicar o que isso significa? - Perguntou ela visivelmente irritada.- Você sai por dias sem me dar notícias e volta com um exército de vikings das terras livres? Eu pensei que poderia ter acontecido algo, Aemma, você não pode imitar as ações de Daemon, ele já me traz problemas demais.

- Perdoe-me, vossa graça. Eu voei para as terras livres dos tempos em que batalharam com Rei consorte para conseguir soldados para a batalha, são os melhores guerreiros que se poderia ter em seu exército, majestade.- Eu me virei para o príncipe.- Esse é o Lorde Price, das terras livres, filho de Ravia, lorde de bronze. - Ela o olhou de cima a baixo.

- Agradeço a confiança que depositou em minha filha, ouvi falar sobre seu pai... Ao leste de Essos, Certo? Sejam bem vindos.- Ela deu as boas vindas reconhecendo meu sacrifício e o bom guerreiro ali presente.

- O prazer é todo meu, Majestade!- Ele se ajoelhou para se curvar de forma exagerada, mas me agradou saber que ele teme a coroa.- Sua filha, princesa Aemma, foi até as terras de meu pai e fez uma proposta de boa fé. Em troca de guerreiros para a batalha nos daria a oportunidade de aumentar nosso comércio, expandir terras para a plantação e boas ferramentas para trabalharmos além de uma boa quantidade em ouro. - Rhaenyra me olhou pensando em como chamaria a minha atenção mais tarde, com toda a certeza receber uma xicotada séria melhor do que ve-la decepcionada comigo.

- Sim... A oferta feita em meu nome será mantida, seus homens estão livres para plantar e caçar em nossas terras, temos abundância e irão todos satisfeitos e de barriga cheia para a batalha. - Ele sorriu satisfeito e pediu licença para sair se curvando novamente, ao ficar a sós com minha mãe eu apenas aceitei que o sermão viria, mas ela me abraçou... Me abraçou e deixou um beijo no topo de minha testa.

- Mãe...- Ela parecia estranha, diferente... Determinada.

- Que bom que está...- Nós ouvimos o som da porta se abrindo e nos afastamos para que pudéssemos receber as boas (ou  más) novas, um guarda do castelo estendeu a mão entregando um pergaminho enrolado e provavelmente enviado por um corvo, ao abrir minha mãe o depositou sobre a mesa me dando a oportunidade de ler... Ela sabe que sou de confiança.

"Venho por meio desta pedir uma última chance de negociação, nossa conversa foi breve, mas me fez pensar sobre coisas que não haviam passado pela minha cabeça. Rhaenyra, por favor considere minhas palavras... Vamos nos encontrar no monte azul,  próxima a macieira da qual ficávamos para fofocar quando jovens. Não irei acompanhada de nenhum dragão, irei desarmada então por favor faça o mesmo.

~Alicent Hightower "

-Como assim; "Nossa conversa não foi breve?" Respondeu as mensagens daquela vaca, verde? - Ela me olhou e assentiu que sim.

- Sei que foi arriscado e eu poderia ter morrido no processo, mas ninguém me viu e certamente não me fizeram nada ou eu não estaria aqui. Ela poderia ter dizido sobre mim, poderia ter gritado, chamado os guardas... Mas não fez.- Eu franzi o cenho sem conseguir esconder o quando puta da vida eu estava.