Eu estava nervosa e ansiosa com meus pensamentos agitados desde a vez que Heisenberg me disse para olhar no porão da casa da Donna que ficava na biblioteca dela. Minha curiosidade era grande, mas o meu medo de descobrir o que eu ia ler naquele diário era maior ainda. Eu decido sair pra caçar um pouco pra me distrair.
Eu caminho pela floresta tranquilamente e vejo um animal ao longe, perto do rio. Eu podia sentir o cheiro do sangue dele e me aproximo devagar. Conseguindo ter uma visão melhor do animal, eu percebo que ele está ferido e a beira da morte e isso me dói o coração. Não sei o motivo, mas sinto pena dele. Eu me aproximo devagar e começo a falar com o animal com a voz suave e calma, para ele não fugir. Me sento perto dele e acaricio sua cabeça enquanto luto contra os meus instintos.
— Eu não queria fazer isso, mas você está sofrendo. — eu digo à ele. O pobre animal faz um som de dor e choro ao mesmo tempo como se estivesse me implorando pra fazer isso e acabar com seu sofrimento. Eu engulo o choro e me aproximo do pescoço dele e o mordo.
Segundos depois, o animal está morto, e eu, me sinto culpada. Eu nunca me senti assim antes e provavelmente devia ser pela sensibilidade que eu vinha sentindo nos últimos dias. Eu começo a comer a carne do animal e me livro do corpo depois de comer. Eu fico sentada na grama, olhando pro rio por algumas horas. Meus pensamentos estão estranhos, mas, calmos. Eu fico olhando pro céu e pensando em tudo o que aconteceu durante todo esses anos.
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+++++++++++Voltando pra casa, meus pensamentos são invadidos pela voz do Heisenberg. Aquela maldita agonia de descobrir o que a Donna tinha guardado no porão, estava me matando. Eu estou determinada em descobrir o que tinha naquele porão. Chegando em casa, percebo que está tudo silencioso e nenhuma das bonecas parecia ativas nos cômodos da mansão. Então, eu vou sorrateiramente até o porão, com o coração batendo forte. Desço as escadas, caminho um pouco até uma porta com um símbolo estranho e hesito em abrir a maçaneta. Desvio o olhar para a esquerda e vejo outra passagem mais rápida. Tudo parece se mover e câmera lenta como se eu estivesse sob o efeito de alucinações. Como se eu estivesse chapada e tomado LSD.
Eu sinto a minha pele suando frio. Então, eu desço as pequenas escadas e entro no portão.
A sensação é pesada e a energia que existe ali, é horrível. Meu coração acelera um pouco e minha pressão cai um pouco, mas eu continuo olhando o porão. Eu caminho mais um pouco e vejo um painel cheio de anotações.
Eu analiso algumas anotações, confusa com a caligrafia nos papéis. A maioria das anotações naqueles post-its e folhetos na parede, são sobre mim.
Por que sobre mim?
Minha cabeça fica cheia de perguntas. Eu não sabia lidar bem com isso, então eu desvio a minha atenção para outra coisa e encontro um diário em cima da mesa. Ele é preto, com um pentagrama no centro. O mesmo pentagrama de bruxaria.
Eu engulo em seco e o pego em minhas mãos. Sua textura é mais e lisa, mas suas folhas parecia que tinham sido queimadas nas bordas.
Eu folheio as páginas, até que encontro uma página escrita "Ritual" e foco minha atenção nessa página com palavras estranhas, mas, compreendidas. A folha parecia mais cuidada dos que as outras.
No entanto... A folha seguinte, não estava igual a folha principal e o desenho na folha parecia semelhante pra mim.
Vampiro...
Essa é a palavra que eu sempre odiei e sempre me pergunto o motivo de eu ter me tornado esse monstro que eu sou hoje.
Espera... Por que meu nome e as minhas características estão nesta anotação?
Eu continuo lendo até que uma frase em específico, me corta o coração.
Norme: Lilith Kardama
Nascimento: 23/06/2001Altura: 1,53 cm
Peso: 48.9 kgExames ( Audição, Visão, Tato, Teste de Reflexo): Bons resultados em todos os exames. Cobaia saudável.
Outras Observações:
A Cobaia desenvolverá habilidades e caso vá a óbito, se tornará uma vampira.– Porão, Resistência Beneviento.
Eu fico sem reação quando leio isso. Eu não consigo acreditar que a Donna fez isso comigo e, durante todos esses anos que eu fiquei com ela, ela nunca me disse nada sobre isso.
— Eu não passei de um mero experimento. — eu sussurro.
Enquanto eu sou torturada pelos meus próprios pensamentos, lembranças daquela tarde que eu entrei no território da Donna sem saber, junto com o meu amigo, Brandon, e depois deu toda aquela confusão. Eu me lembro de ficar presa em uma armadilha de lobo e meu amigo fugir, me deixando lá pra morrer de frio e sangrando. Eu rosno, agoniada, e pego o diário e saio do porão.
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DIMITRESCU FAMILY: ENTRE O BEM E O MAL (SEANSON 2)
FanfictionFamília é uma palavra forte ao meu ver. Todos nós temos uma, uns amam e outros odeiam, essa era a minha opinião em relação a minha. Dimitrescu, V e Griffon e Beneviento são as únicas que eu considero como família. Tirando os conflitos e pequenos des...