CAPÍTULO 5: VULNERÁVEL COMO ANTES

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Eu estava parada na frente do castelo decidindo se eu entrava ou não. As lembranças deste lugar vieram na minha mente e todos os momentos bons e ruins que vivi aqui. Era estranho rever Daniela, Cassandra e a própria Alcina. Bela não seria nenhuma surpresa porque eu a vi no vilarejo semana passada e ela sugeriu que eu fosse na sua casa algum dia e eu sugeri que nos encontrássemos hoje para ajudá-la com alguns problemas que ela vinha enfrentando depois que fui embora da última vez.

Depois de muito tempo criando coragem para entrar, finalmente dou um passo a frente e estava prestes a abrir a porta quando sinto algo arranhar minhas costas e depois sou jogada para trás, caindo de costas no chão. Com um pouco de dificuldade me viro para o lado gemendo de dor e mal conseguindo respirar. A sensação era como se alguém estivesse me atingido com uma arma de choque de alta voltagem, o suficiente para deixar alguém tremendo de agonia.

Você ainda é fraca e não vai se controlar quando ela te pedir.

Vejo alguém de pé do meu lado me olhando com satisfação nos olhos em volta de uma névoa.

— Quem é você? — eu pergunto enquanto tento me levantar mas sou forçada a ficar no chão.

Um dia você verá quem eu sou. Até lá, me considere como seu pior pesadelo Lilith.

— O que você quer de mim? Porque está me torturando tanto?

Você não passa de uma vadia que acredita que aquela mulher te ama. Você quer tanto o sangue dela quanto o sangue do seu amigo humano. Eu sinto isso em você.

— Eu não quero o sangue de ninguém! — rosnei.

É o que vamos ver.

A névoa se desfez com o soprar do vento. Eu fiquei alguns minutos ali no chão, tentando arrumar forças para levantar e entrar no castelo. Não vai ser uma tarefa fácil quanto pensei que fosse.


++++


— Eu não entendi. Isso é mais complicado do que a minha briga com a Cassandra por ter destruido a minha cômoda. — Bela reclama olhando para os papéis em cima da cama. 

— Você não acha que está se estressado demais com isso? — eu pergunto enquanto analiso os papéis. Bela tinha um pequeno problema em escrever qualquer coisa envolvendo romance, principalmente cantadas e poemas. — Você gastou quase todo o seu estoque de papel.

— Fica difícil escrever quando a sua cabeça não para. Você sabe disso, você era assim. — ela me olha e abre um sorriso. Eu olhei para ela e senti algo dentro de mim mudar como se tivesse uma voz na minha cabeça dizendo para me aproximar e beijá-la, mas eu não faria isso com Donna. Eu não ia ferrar com outro relacionamento.

— Sobre quem é essa pessoa que você tanto escreve nos seus poemas? — eu pergunto tentando fugir da situação.

— Eu a conheci alguns dias depois do nosso último encontro. O nome dela é Rose.

Mordi a língua.

Bela tinha encontrado alguém e parece que essa garota, Rose, a fazia feliz... Exatamente como eu fazia. Senti uma pontada de dor no meu peito como se alguém estivesse esmagando o meu coração com as duas mãos sem piedade. 

— Ei, Lilith? Você está bem? — ela pergunta tocando no meu ombro.

— Er... Sim, sim eu estou bem. — respondi. Neguei com a cabeça os pensamentos que rondavam a minha mente e tentei focar nos poemas da loira. — Hum... Eu acho que posso escrever um poema melhor e mais romântico do que esse último que você escreveu. Tudo bem?

DIMITRESCU FAMILY: ENTRE O BEM E O MAL (SEANSON 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora