Trinta.

474 27 27
                                    

(...)
- Que porra foi aquela na aula do Snape?- Pergunto irritada com o garoto. Se Snape tivesse visto era expulsão na hora.
- Calma, estressadinha. - Vejo o garoto sorrir.
- É muita falta do que fazer mesmo, seu idiota. - Depositei um murro no ombro do maior que sorriu.
- Tá fraco, minha vida. Tenta de novo. - O encarei quando ele disse "minha vida".
- Idiota. - Reviro os olhos ignorando totalmente a existência do garoto, eu estava dando pulinhos por dentro. Ele acabou de me chamar de "minha vida".
- Relaxa, ele não viu e se tivesse visto, não iria fazer nada. Sou Draco Malfoy, tenho o que quero, quando quero. - Diz convencido.

Estávamos no quarto vermelho onde transamos pela primeira vez, é aqui o nosso local de encontro agora. Eu achei legal, Draco todo dia faz uma decoração nova e ele mesmo decora, hoje está de rosa. Uma coisa muito linda, os chicotes e algemas não estão mais penduradas na parede, na cama também não há correntes. Draco disse que posso vir aqui sempre que eu quiser ler, estou começando a me apaixonar por esse garoto e isso tá me dando um pouco de medo. Não quero que ele me machuque.

- Sabe de uma coisa? Você é muito chata! Adrenalina não faz parte do seu dia a dia? - Ele me pergunta enquanto se joga na cama.
- Não sou chata e aquilo não foi adrenalina, foi idiotice total! - Falo revirando os olhos.
- Ah, para. Vai dizer que não foi bom? - Me perguntou o loiro enquanto me analisava. Eu estava sentada em uma cadeira perto de uma escrivaninha com alguns livros.
- Não sei. - Dou uma risada não querendo admitir que foi maravilhoso.
- Eu sei que foi bom, pilantrinha. - Draco sorriu ao perceber que minha risada foi de aprovação.

Ficamos no quartinho o resto da tarde. Não nos importamos com o tempo, se estavam nos procurando, aulas, horários. Aquele momento era nosso. Draco tem se demostrando muito prestativo comigo essa semana. Sempre me faz agrados, chocolates, doces, roupas e tudo que digo que quero ou preciso, um príncipe que saiu do conto de fadas. Mas, ao mesmo tempo ele parece preocupado com algo, diz que não deveria ter se aproximado de mim e sempre que pergunto o porquê ele nunca responde, inventa um mentira qualquer ou diz que está pensando alto. Isso tá me deixando tão chateada.

- Chega de bla bla bla! Agora me conta, o que aconteceu com você a dois anos atrás aqui na escola? - Pergunta o loiro me observando. Eu não esperava que ele fosse me perguntar isso.
- Está se referindo ao meu incidente? - Desvio meu olhar do de Draco, não sei se devo contar, estamos conversando a tão pouco tempo.
- Incidente? Não! Estou me referindo ao seu espancamento. - Malfoy se levantou e foi até mim, me puxando para a cama. Draco se encostou na cabeceira da cama e me colocou em seu colo. ( posição de mamãe e bebê )
- Não foi espancamento. - Minto.
- S/N eu conheço marcas de machucados sem querer e de machucados feitos por chutes, murros e socos! - Draco acariciou meus cabelos, seus movimentos eram suaves e me faziam me sentir confortável.
- Eu não sei se deveria-
- Não venha com essa de não sabe se deveria me contar. De qualquer forma eu vou descobrir quem fez isso com você, e tanto você quanto as pessoas que te machucaram vão ficar muito encrencados. - Ameaça. Esse garoto tá ficando louco? Me ameaçando na cara de pau.
- Ok, está bem, mas não vale reclamar se eu chorar. - Digo suspirando e finalmente abro a boca para contar. - Na noite da festa...

Flashback on

Depois que deixei Harry, Hermione e Ron no castelo, fui em direção a minha vassoura que eu havia deixado perto da entrada do castelo. Fui surpreendida por Pansy e mais dois garotos. Pansy sempre que tinha a oportunidade me fazia raiva me trancando no armário de vassouras e naquele momento eu percebi que não ia ser diferente.

- Pansy, de novo isso? - Pergunto enquanto vejo a garota sorrir de meu desespero.
- " Pansy de novo isso? ". - A garota afina a voz para me imitar e logo após solta uma risada. - Cala a boquinha, desgraçada.

Sou agarrada pelos dois garotos e arrastada pelos corredores dos castelos, minha boca estava tampado por um dos garotos, o que me impedia de gritar ou pedir ajuda. Pansy já não estava conosco, provavelmente voltou para a festa. Quando faltava virar um corredor para chegar no armário de vassouras, um garoto que eu pouco conhecia apareceu. Seus olhos verdes, cabelos pretos pouco grandes, pele branca e capa da Sonserina. Louis! Assim que me viu sendo arrastada pelos dois garotos, ordenou que me soltassem. De primeira não obedeceram, porém, depois que Louis pegou sua varinha e apontou para ambos, eles o obedeceram. Louis era estranho, quase não víamos ele com alguém que não fossem os professores. Sempre estava usando o capuz da capa e escrevendo em um caderno verde que tinha uma esmeralda na capa. Nunca entendi o motivo, mas nunca procurei saber.

Eu estava jogada no chão em completo silêncio encarando o piso do castelo, estava gelado e novamente me senti humilhada. Eu tinha Draco Malfoy, Blaise Zabini, Matheo e Tom Riddles e por último Theodore Nott nas palmas das minhas mãos e sobre o meu controle e continuava sendo exposta a tamanha humilhação. Louis se aproximou de mim me estendendo a mão e me ajudou a levantar.

- Obrigada. - Falei enquanto limpava meu vestido cor de rosa.
- De nada. - Ele me respondeu seco. - Venha. - O tom de voz que ele usou para falar comigo era de total ordenança.
- Para onde? - Pergunto exitante. Mal conhecia o garoto e ele já se achava no direito de mandar em mim?
- Venha! - Ordenou novamente.

Percebendo que eu não obedeceria o garoto me jogou em seus ombros e me levou para o um quarto contra a minha vontade. Aquilo me assustava. Eu esperniava e esmurrava as costas do garoto para que ele me soltasse, em vão. Assim que entramos no quarto, ele me jogou no chão e lá começou a sessão de tortura. Louis me esmurrou, chutou, bateu, cortou e abusou de mim sem ao menos que eu tivesse feito algo com ele, contra ele ou para ele. Nunca nem se quer me aproximei do garoto para que ele me fizesse tão mal quanto naquele dia. ( não irei detalhar pois possa ser que alguém que esteja lendo tenha gatilho )

Flashback off.

No momento em que terminei de contar o que havia acontecido no dia da festa para Draco, percebi que o cafuné em minha cabeça havia parado, sua respiração estava pesada e descontrolada, seus punhos fechados e seu coração acelerado com os batimentos fortes, eu conseguia perfeitamente ouvir as batidas de seu coração. Meus olhos que estavam cheios de lágrimas e inchados pelo motivo se eu ter chorado contando o que realmente havia acontecido comigo, agora estavam fechados, e novamente a dor em meu peito votou. Eu odiava sentir essa dor. Uma dor que nem se quer a morte de meus pais conseguiram ser mais fortes.

Draco olhava pra um ponto fixo qualquer do quarto como se não acreditasse no que ouviu. Já era de segurança esperar, sempre acreditam no estrupador, nunca no estuprado. Não iria me surpreender se ele realmente não acreditasse.

- Ei, minha princesa - Draco delicadamente ergueu meu queixo para que eu o encarasse - Você não está mais sozinha, você tem a mim e eu vou te ajudar a superar isso. - Pela primeira vez na vida, eu vi verdade nos olhos de Draco, é... Eu realmente me apaixonei por um Malfoy!

&___________________

Demorou mais saaiuuuuuuu!!!!!
Eu tô dodói, por isso demorei ❤️
E tb tô escrevendo outra fic, então se acalmem.

É Assim Que Acaba. ( Draco Malfoy. )Onde histórias criam vida. Descubra agora