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Capítulo com gatilhos, abuso e outras coisas, não leia se for sensível.

As horas corriam de forma tortuosa e dolorosa. A todo momento estava sentada no chão frio em uma sala escura e que cheirava mofo, não era possível saber onde estava e nem como havia chegado ali, me sentia inútil por não ter conseguido me defender e nem conseguir salvar Fushiguro, só Deus sabia como ele estava.

A luz escura da sala me impedia de ver qualquer coisa na minha frente o que me dava medo fazendo meu desespero aumentar. Lágrimas amargas escorriam por todo meu rosto, meus gritos de desespero sempre sendo abafados pela maldita mordaça fria que cobria minha boca.

Me debatia tentando me soltar das amarras que prendiam meu corpo porém nada dava certo, continuava presa no lugar sem poder correr.

-- Ela ainda está viva? -- Escutei uma voz vinda do outro lado da enorme e pesada porta de metal a minha frente.

-- Está viva e bem cuidada, aliás Geto, como vamos por o plano dela em prática? Aquela mulher é difícil de lidar, não quero lidar com ela sem nenhuma informação de novo.

Explicou uma voz familiar para o outro homem. Suspirei escutando aquilo, achei que não duraria muito, esperava que eles nem ao menos viessem para onde eu estava, mas nem tudo era como eu desejava.

-- Vamos achar uma forma de lidar com isso. Por agora vamos apenas tentar obter informações da garota, ela deve saber o que a escola Jujutsu pretende fazer para nós encontrar, eles devem saber de nós.

-- Tudo bem então! -- Disse em um tom brincalhão.

Escutei a chave girando e então duas sombras grandes refletidas no chão, ergui meu olhar tendo um vislumbre de dois homens antes de voltar a encarar o chão novamente.

-- Essa é a garota amaldiçoada? Ela é tão... -- se aproximou de mim segurando meu rosto. -- ... Pequena, certeza que é essa que consegue suportar aquela mulher infernal? Patético, deve ser uma piada de mal gosto.

Olhei para seus olhos vendo que era realmente Suguru Geto, um feiticeiro que deveria ter morrido a anos atrás mas estava aqui vivo. Ele largou meu rosto antes de se afastar novamente limpando as mãos no seu kimono.

-- Então garota, o que tem a oferecer por sua vida? -- Perguntou fazendo um sinal para Mahito soltar minha mordaça.

Mahito com uma pequena risada sarcástica agarrou o metal daquilo que impedia minha voz de sair, e com um simples movimento a mordaça caiu do meu rosto, o ar ficou mais limpo, mais brando, pude finalmente respirar fundo buscando aquele ar que tanto ansiava.

-- Agora vamos ao que interessa. -- Disse se abaixando na minha frente. -- Me fala, o que Satoru Gojo planeja, o que ele pretende fazer para vir atrás de nós?

Gojo nunca me disse nada de plano contra as maldição, não que posso me lembrar, apenas sei que ele pretendia sim ir atrás das maldições mas como eu não faço ideia.

-- Não sei do que estão falando! -- Respondi rapidamente.

-- Olha só Geto, ela não sabe de nada. -- Disse Mahito rindo de forma sádica.

-- Estou falando a verdade!

-- Se é o que você diz. -- Suguro se vira de costas para sair. -- Ela é toda sua Mahito. Se divirta.

Por um segundo me senti aliviada por ele acreditar em mim, pelo menos era o que eu acreditava, mas logo que ele fechou a porta da sala me senti amedrontada, a falta de luz se fez presente no lugar, não estava sozinha, mas sim com Mahito ali dentro no escuro. Preferia está só do que estar com aquela maldita maldição perversa.

-- Está assustada garota? -- Perguntou com sua mão subindo pelas minhas coxas quentes e tremulas.

Meu coração disparava de medo, toda minha aflição e angústia me torturava aos pouco, queria gritar mas nem isso conseguia pois a voz prendia na garganta se negando a sair. Minha língua parecia estar em um nó único. O gosto de ferro invadia minha boca e o medo era surreal. A pior parte era ficar presa a correntes e nem ao menos conseguir afastar seu corpo de perto do meu, malditas algemas que me deixavam incapacitada.

-- Sabe a melhor parte de ter você nas minhas mãos? -- Disse. -- É que eu posso estragar aquilo que Yuji mais gosta. O bem mais precioso de alguém está nas minhas mãos e eu vou poder torturar lentamente até não sobrar nada.

Brincou diabólicamente com seus dedos entrando sob o fino pano da minha calcinha, brincava com o tecido enquanto me debatia tentando me soltar de algo que era impossível quebrar. Suas risadas sádica tinham um péssimo contraste com meu choro desesperado que ressoava por todo cômodo vazio.
Era agoniante o sentimento de imponência, seus toques amargos em minha pele causava queimação pelos locais explorados. O que era doce para ele se tornava aterrorizante para mim.

Suas mãos ásperas se agarravam as minhas roupas as rasgando para fora de meu corpo, logo as mesmas mãos se prenderam em meu cabelo me puxando para frente, seu sádico e orgulhoso olhar sobre mim era nojento ao ponto de me fazer chorar cada vez mais e mais desesperadamente.

-- Por que tá chorando? Você poderá se sentir melhor depois. -- Zombou enquanto se deleitava na minha agonia.

Não conseguia entender o porque tudo aquilo acontecia comigo, dia após dia, sem cessar, a maldição que Mahito era poderia ser o pior lado humano, um dos piores que poderia acontecer.

-- Cala boca, você chora muito. -- Gritava enquanto apertava firmemente meu cabelo.

Seus movimentos foram rápidos me fazendo engolir todo seu membro dentro de minha boca, meus movimentos sempre sendo controlados por sua mão que agarrava meu cabelo forçando a me movimentar como queria. Suspiros sempre eram acompanhados de xingamentos e até mesmo palavras porcas.

-- Vagabunda, por que apenas não faz o que eu mando? Meu trabalho poderia ser facilitado se fizesse o que eu mando! -- Resmungava enquanto empurrava minha cabeça para frente e para trás me obrigando a engolir seu membro até o fundo de minha garganta.

Assim que o mesmo estava prestes a gozar ele puxou meus cabelos me impedindo de continuar, me jogou no chão com violência assim se colocando ao meio de minhas pernas, meu rosto já estava molhado de lágrimas, murmúrios de dor escapavam da minha boca enquanto apenas implorava lara que ele parasse.

-- Cala a porra da boca sua vagabunda! -- Um forte tapa foi em meu rosto.

Logo senti que estava sendo penetrada de forma violenta.

Tudo durou até que o mesmo cansasse de fazer aquilo, mesmo que durasse por dia após dia tudo não passava de uma tortura imposta por ele em busca de diversão. Geto apenas não se importava, só queria respostas para suas perguntas iniciais então não iria se intrometer nas escolhas de Mahito.

-- Conseguiu minhas respostas? -- perguntou Geto assim que Mahito se afastava do meu corpo com cheiro de esperma e suor.

-- Não, ela não fez nada além de chorar e resmungar.

-- Patético. -- Amaldiçoou. -- Você está fazendo isso com ela a quanto tempo? -- Mandou seu olhar para mim sobre os ombros do rapaz.

-- Não sei, a alguns dias eu acho. -- Deu de ombros.

-- Seguidos? -- Perguntou levantando uma sombrancelha.

-- Se fosse, ela estaria morta, bom estou indo atrás de outra coisa pra fazer, vou deixar o resto com você, Geto.

Suguro apenas o olhou se afastar antes de voltar a olhar para mim, ele ficou parado enquanto resmungava com nojo do meu corpo sujo que ali estava jogado. Por dentro apenas não sentia nada, meus sentidos falhos e minha mente quebrada não conseguia me deixar sentir nada, apenas existia ali dentro.

𝕸𝖚𝖑𝖍𝖊𝖗 𝖉𝖊 𝖚𝖒𝖆 𝕸𝖆𝖑𝖉𝖎𝖈𝖆𝖔 (𝑺𝒖𝒌𝒖𝒏𝒂 € 𝒀𝒖𝒖𝒋𝒊 & 𝑺𝑵)Onde histórias criam vida. Descubra agora