𝕸𝖚𝖑𝖍𝖊𝖗 𝖉𝖊 𝖚𝖒𝖆 𝕸𝖆𝖑𝖉𝖎𝖈𝖆𝖔 (𝑺𝒖𝒌𝒖𝒏𝒂 € 𝒀𝒖𝒖𝒋𝒊 & 𝑺𝑵)

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• Autor POV

Havia se passado semanas, se não meses e a garota ainda estava desaparecida. Gojo passava dias sem dormir, Yuji parecia não fazer nada além de treinar seu corpo até desmaiar. Fushiguro ainda se culpava por tudo que havia acontecido no dia que a garota havia desaparecido, ele pensava não ter sido útil a ela. Tudo estava o mais puro caos que alguém poderia imaginar, nada parecia andar como desejado. Era desesperador a sensação de impotência que os rapazes sentiam no momento.

Sentado em uma cadeira pensativo, Satoru suspirava com sua xícara de café em mãos, o gramado já não era tão verde como antes, o sol não iluminava tanto quanto antigamente, a brisa gelada já não refrescava naqueles dias quentes. Gojo ajeitava seu óculos enquanto dava pequenos goles em seu café quente, pensativo tentava ligar os pontos sobre onde poderia estar a menina.

Ele ficava noites em claro, obviamente escondia o que sentia dos seus alunos, não queria chamar a atenção para si, muito menos envolver Megumi e Yuji em suas caçadas noturnas, poderia ser um problema se ocorresse. Encarando o jornal Jujutsu que segurava em uma de suas mãos leu o enredo, nele dizia que alguns sumiços por Tokyo estavam saindo do controle dos policiais, algo anormal já que os policiais não achavam o suspeito de forma alguma.

-- Que estranho, isso nunca saiu do controle de ninguém. -- Resmungou. -- Acho que vou precisar resolver, de qualquer forma vai me ser útil, talvez esse sequestrador possa ser uma maldição.

Se levantando Gojo deixava o jornal em sua cadeira, a xícara vazia segurava o papel macio para não voar ao vento. Com isso o dia do homem terminava com um preguiçoso descanso, ou melhor treino, com vários filmes e um urso dorminhoco em seu colo.

Horas e mais horas vagabundas corriam para Satoru, com a queda da noite ele se arrumava para sua investigação noturna. Cabelos molhados, uma venda branca bem colocada, uniforme jujutsu bem cheiroso e passado completava seu outift impecável de sempre.

-- Vamos retirar algumas informações desse cara.

Se teleportando para o lugar Satoru andava por becos a procura de pistas, sentir energia amaldiçoada não o ajudaria nesse momento já que ele poderia estar longe de onde se encontrava. Suspirando entendiado voltava a caminhar em passos longos, suas grandes pernas malhadas o ajudava se locomover entre os becos em questão de minutos.

Gojo se perguntava o porque de estar tão irritado ultimamente, não era do feitio dele ser de tal modo mas estava.

Seus passos ficaram mais rápidos quando um grito feminino quebrou o silêncio matador da rua. Inquieto e angustiado correu para ajudar a mulher que de encontrava na próxima quadra da rua.

-- Miserável! -- Rosnou.

Ele continuou até poder ver a mulher desesperada caída no chão, o estranho era sim uma maldição de energia fraca, era um bicho que andava em bandos, era carnívoro mas fraco. Gojo suspirou em desistência enquanto ajudava a mulher se levantar.

-- Toma, vai pra casa, ficar tarde da noite na rua não ajuda. -- Pegava a bolsa da mulher que estava caída no chão e a entregava.

Batia no vestido antes de correr o mais longe que conseguia do local. Gojo estalava os dedos antes de matar um por um das pequenas maldições em formato de peixe gato.

-- Não era quem eu procurava... Que saco! -- Resmungava irritado.

Depois dessa noite ficou dia a pós dia procurando maldições, todas nível baixo, nenhuma lhe entregava o que precisava, apenas lhe trazia mais frustração. O homem já estava desistente.

Na parede do quarto, Satoru havia feito um quadro com mapa do país e vários pontos ligados, fotos espalhadas, algumas marcações indicando lugares já visitados e não visitados. Ele estava ficando louco e cansado, se questionava se era o feiticeiro mais poderoso, também se perguntava o que seu amigo faria em seu lugar.

-- Merda! Suguru, o que você faria nessa situação merda? Porra!

Seu rosto que geralmente era iluminado estava afundado em olheiras fundas, seus sedosos cabelos estavam bagunçados e seu ego grande ferido e despedaçado.

Com um pijama vestido o homem se jogava na sua enorme cama de bruços, seu belo rosto afundado no travesseiro. Ele desejava nada menos que um bom descanso, mas isso lhe foi tirado com seu celular tocando loucamente.

-- O que foi dessa vez?

Atendia o telefone, logo a voz masculina lhe respondia, Gojo franziu o canto dos olhos assim que o homem terminou de falar. E com seu grande interesse ele desligou a chamada.

-- A essa hora? Que grande dia Satoru.

Esbravejou se levantando da cama, novamente vestia seu uniforme e saia a caminho do lugar que havia sido chamado.

Todo trajeto foi um tremendo motivo para irritar o homem, des do dia que havia saído por conta própria atrás do "sequestrador" sua vida havia sido um verdadeiro tédio irritante, sempre indo atrás de mais e se frustando.

-- Cheguei! -- Anunciava.

Passando além das fitas amarelas e pretas Gojo era recebido por Yaga que incrivelmente estava lá para o receber. Estalando os dedos e assoviando se aproximava do diretor.

-- Sem brincadeiras Satoru, isso é um assunto sério. Ouve um assassinato e uma vítima bem machucada. -- Repreendeu rudemente.

-- Assassinato?

-- Sim, um executivo foi morto brutalmente, teve os órgãos internos explodidos e a cabeça estourada, não sabemos quem foi o responsável mas temos a informação de ter sido uma maldição.

Gojo colocava a mão no queixo, seus olhos viajando pelo cenário, era o exterior de um prédio abandonado, suas paredes cinzas demonstrava os anos que havia ficado inativo, a movimentação era grande já que alguns feiticeiros estavam limpando a área. Yaga lançava olhares frios para Gojo, isso indicava que ele precisava que o mais novo agisse naquele momento.

Um suspiro foi lançado por Satoru e por fim uma resposta.

-- Certo, não vai ser difícil lidar com isso.

Jogava os braços atrás da cabeça enquanto entrava no lugar totalmente restringindo com fitas e tábuas, uma barreira foi levantada assim que pisou dentro do lugar, um odor forte de energia amaldiçoada emanava dos fundos do prédio, o terror espantaria qualquer um mas é de Gojo que estamos falando no momento.

-- Puta merda cara!

Dizia olhando para frente surpreso, seus olhos arregalados e sua boca meio aberta. Gojo estava horrorizado com a cena.