pensei que não lembraria de nada,
mas lembrei de quando matei aula
para ficar com você naquela tarde
quente de setembro
o sol ardia no céu e na minha pele
testemunha silenciosa do nosso atrevimento,
enquanto nos escondíamos dos olhos do mundo,
mergulhando em um segredo só nosso
aquela casa vazia era nosso refúgio (sintosaudade)
um palco para nossos desejos proibidos
cada riso, cada toque,
desafiando meus princípios e regras
que jamais pensei quebra-las tão facilmente com você
me atrevi a amar na clandestinidade.o vento sussurrava promessas ao nosso redor,
e o tempo parecia parar, o que não parava era o nosso desejo intenso e o rádio do vizinho que eu sempre reclamava do barulho daquelas músicas antigas que tocavam, e você ria e voltava a me beijar, você lembra?
os livros esquecidos,
as responsabilidades deixadas de lado,
nada importava além de nós, pelo menos para mim
imersos na intensidade do agora, temendo o depois
seus olhos, era um universo de mistérios,
se encontravam com os meus,
e, por um instante, tudo fazia sentido
o calor do dia se mesclava com a febre do nosso toque,
cada beijo com a sensação que poderia ser o último,
cada abraço seu um afago de aconchego para mim,
o seu será sempre o meu favorito, espero que saiba.naquelas tarde, fomos além do permitido,
vivendo uma história que ninguém podia saber,
um sentimento que queimava como o sol de setembro
e ainda que tudo isso agora esteja no passado,
assim como eu e você, essas lembranças ousadas permanecerão para sempre comigo,
na minha mente e em meu corpo.- um sussurro eterno das nossas tardes de setembro.
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Um Movimento Poético: Eu, A Lua & Mais Estrelas
PoesíaAlguns sentimentos morrem gritando.