"Sentimentos de demônio" [2]

72 5 0
                                    

"A rosa desabrochou."
Capítulo 7 [2] •  "Sentimentos de demônio"

  Todos já estavam sendo curados, Muichiro havia levado cortes fundos, e Nezuko forá queimada pelo sol. Hashibira deslocou uma perna, Zenitsu teve que enfrentar um demônio, e acabou por ser ferido com seu veneno. Mesmo assim, todos ali se mantiam bem.
  Shinobu estava recuperada, mas ainda assim, não totalmente. Então teve que tomar o mínimo de cuidado com aquilo.
  Kanao lhe ajudou com algumas coisas.

  Tanjiro abriu seus olhos e respirou fundo:
- Finalmente acordou!
Olhou para o lado e viu Tomioka de braços cruzados ao seu lado, abrindo um sorriso:
- Sr... Gyuu.
- Faz quase um mês que você está em coma. - Se sentou- Muichiro está muito preocupado,  ele não descansa um minuto -sorriu ao observar o rosto do aluno avermelhado-, ele gosta muito de você.
- Sr. Gyuu! - Cruzou os braços e bufou- Não diga isso!
- É a verdade.
A porta foi aberta por Sanemi que estava junto a Genya e Muichiro. O hashira da névoa foi correndo ver Tanjiro que o abraçou:
- Muichiro!
- Tanjirina!
- Essa é boa, Tanjirina. -Sanemi riu, e Tomioka negou com a cabeça- E aí? Tá de boa?
- H-ha! Sim... Obrigado.
  E então ficaram conversando.

  Shinobu passava pelo quarto, e observou todos ali, mas seus olhos fitaram Tomioka, que fitava Shinazugawa. Suas mãos entrelaçadas, tanto que Genya ficou com certo ciúmes daquele momento. A hashira suspirou e caminhou para outro cômodo.
  Por mais que nem Kocho aceitasse, ela gostava de Gyuu Tomioka. Era algo tão difícil para a mesma que não aceitava absolutamente nada.
  Ao passar, viu Mitsuri cuidando de Nezuko e decidiu conversar com a mesma:
- Olá, Mitsuri.
Sorriu e fechou a porta adentrando logo antes. A hashira do amor sorriu ao vê-la:
- Boa tarde, Kocho.
Ainda triste pela morte de seu antigo professor, mas feliz por saber que todos estavam bem, após enfrentar luas superiores. Shinobu tocou na face da oni que se aproximou:
- Tudo bem, Nezuko?
- Hum! - Olhou para Shinobu pedindo para a mesma carrega-la- Hum...
A hashira fez, e olhou para a de cabelos rosados:
- Como vai com Obanai?
- Há! Ele está muito feliz! - Sorriu- Não parou de treinar, e Sanemi está treinando bastante também. Os dois sempre estão juntos.
- Mas... O Tomioka-san, não vai junto?
- Hum? Não... Mas eu sempre vejo ele treinando sozinho. Ou com Sanemi, os dois também estão próximos, tanto que eu sempre vejo voltarem juntos para a casa.
A mulher sorriu gentilmente e olhou para Nezuko acariciando suas tranças feitas por Kanroji.:
- Você acha... Que eles tem um relacionamento?
A hashira do amor, encarou emburrada e se aproximou soltando os cabelos de Kocho da presilha, e logo começou a fazer tranças também:
- Vamos mudar de assunto! Tomioka não te merece, Kocho!
A mesma sorriu e afirmou fechando os olhos.
  O carinho que Kanroji dava, era parecido com o de sua irmã falecida. Sempre tão delicada, e calma.
  Era indescritível, mas de certa forma, bom.

...

  Os três superiores estavam juntos novamente, Akaza e Douma cansados, mas Kokushibo aparentava estar calmo.
  Mesmo assim, aquilo não mudou nada entre eles:
- Mais que... Há! Aquele muleke era forte...
Estavam no quarto de Douma discutindo. Por algum motivo, os três juntos.
  Kokushibo se sentou no chão e colocou sua espada ao seu lado, olhou para os dois e suspirou:
- Chega de briga.
Akaza se sentou de frente a Douma sem opção alguma. Estava desapontado consigo mesmo.:
- Como você conseguiu matar Rengoku? Mas não um hashira inferior ao mesmo?
- Eu não sei! Não sei! Só sei que fiquei forte, e aproveitei aquilo.
A lua superior abaixou a cabeça pensativo e olhou para ambos:
- Olha, eu vou pensar em algo. Vocês dois, se resolvam.
Saiu do quarto, deixando os dois ali.

  Akaza rosnou e se abraçou querendo ficar longe de Douma, que se aproximou.:
- Akaza... Deixa de ser assim! Vamos, resolva seu problema comigo.
Se agachou para ficar na altura do outro que apanhou o dedo:
- Eu te odeio, não tem o que fazer. Só morre de vez.
Douma sorriu e aproximou o rosto do pescoço do outro, no qual estava cortado, pois Muichiro havia quase conseguido lhe decapitar, e mesmo assim, Akaza não conseguiu se regenerar. O ruivo empurrou o loiro, que prendeu seus pulsos na parede:
- Akaza, não seja assim...
Sussurrou no ouvido do mais baixo que estava trêmulo, seu coração palpitava fortemente, e seus olhos nunca admiraram tanto a tonalidade dos olhos do "colega" era um inferno para Akaza, admitir que Douma no fim das contas, era belo:
- Mais de cem anos... Não pode ao menos me aceitar?
- Não! Agora me solta!
Douma suspirou e se aproximou do pescoço de Akaza, o mordendo com tal força. O ruivo olhou estranho, mas aquele ato, o fez gemer baixo, tanto que Douma adorou ouvir aquele som satisfatório. Após terminar de deixar uma bela marca no pescoço de seu amigo encarou o outro que estava rubro:
- Hum? Meu Akaza, ficou sem jeito?
Sorriu e colou seus corpos novamente, fazendo o oni revirar os olhos. Akaza inverteu as posições, e olhou para Douma, mas sem demonstrar ódio:
- Eu te odeio, tanto, que se eu pudesse nunca teria visto sua cara.
Se levantou, indo até a porta, e a fechou após sair.

  Douma sorriu ao ver aqueles olhos brilharem para si, pela primeira vez, Akaza, não demonstrou nada negativo, mas também seria cedo para dizer que estava considerando o oni como um amigo.
  Enfim, talvez Akaza só consiga dar valor, quando perceber que perdeu.
  Demônios escondem sentimentos, mas talvez não seja por opção.

Um Sol na escuridão [Muitan]Onde histórias criam vida. Descubra agora