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ALICIA

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ALICIA

Era estranho estar em outro país. O ar era diferente, a cultura, as pessoas.

Eu sabia que ser a garota nova seria difícil, mas agora imagina ser a novata e argentina. Agradeço aos céus se eu não sofrer bullying.

Meu celular tocou com o som do despertador, mas não adiantava. Estava a muito tempo acordada, não consegui dormir pensando na ansiedade do primeiro dia. Apertei o botão de desligar e desconectei o celular da tomada, procurando por mensagens novas.

Consegui ler uma ou duas, de antigas amigas, antes do meu celular desligar. Tentei ligar de novo, pensando ser defeito, mas a mensagem de "sem bateria" piscou na tela.

— Não, não, não. Mierda. Maldición. — levantei, vendo que meu carregador tava comido perto da caixinha. Droga de gato. — ¡CHAPOLIN! HIJO DE PUTA, VOY A HACER UNA BARBACOA CONTIGO.

— ¡ALICIA! DEJA DE MALDECIR A TU GATO.

— PERDÓN, MAMA. — porra de gato dos infernos. Filhinho de uma puta.

Deixei o celular de lado, decidindo me arrumar pro primeiro dia. Peguei a toalha correndo pro banheiro antes que Andre entre.

Tomei um banho rápido, passando hidratante e desodorante no banheiro mesmo e saindo, vendo o idiota na porta, a toalha jogada no ombro.

— Si se quedara un poco más, se quedaría sin agua en el mundo.

— Muy gracioso, tienes el payaso metido en el culo? — ele me mostrou o dedo do meio antes de entrar no banheiro. Passei pro meu quarto, fechando a porta com o pé e abrindo a maior mala que tinha no quarto: eram as minhas melhores roupas.

Peguei uma calça jeans larga preta e uma azul. Acho que a preta ficaria melhor. Virei o zíper para a outra seção da mala e vim vários croppeds. Decidi pelo básico e peguei uma regata branca que ficava pouco acima do meu umbigo. 

Abri uma outra mala, essa era a de sapatos. Comecei a tirar até ver algum que combinasse com a minha vibe de hoje. Vi um Tesla e decidi que seria ele.

Pensei no cabelo, não tô muito afim de tranças ou de rabo, talvez um coque ou prender com uma piranha. Soltei ele e comecei a pentear. Peguei dois elásticos e separei o cabelo ao meio, molhei um pouco e fiz dois mini coques, deixando a ponta espetada. Bem melhor.

Passei perfume, coloquei brincos de argola, um colar prata e um anel simples. A pulseira de pano já servia bem pro pulso.

Antes de sair peguei uma camisa social para o caso de sentir frio e sai do quarto, apagando a luz e pegando as chaves na porta. Desci as escadas, encontrando meus pais na cozinha. Papai tava sentado na ponta da mesa, os cabelos penteados pro lado, o jornal da mão e o copo de café a sua frente. Mamãe colocava mais um pedaço de bolo o prato de Andre, onde já tinham mais dois pedaços.

ONE THING || m. mitchellOnde histórias criam vida. Descubra agora