14. Não, ele é gay

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Logo os dois chegaram ao parque e Namjoom estacionou o veículo, descendo em seguida para pegar a cesta no banco de trás. Amélia saiu do outro lado e correu para a calçada, parando enfrente o homem. O sorriso dela era adorável, ele nunca havia a visto tão feliz.

— Eu amei esse carro! Por favor, você tem que me carregar nele de novo antes de eu voltar pro Brasil. — fez um biquinho e ele riu.

— Vamos combinar assim: o dia que você for eu te levo até o aeroporto nesse carro, pode ser?

— Sim! Sim! — sorriu dando pulinhos, mas logo ele a segurou delicadamente pelo ombro.

— Seu pé, mocinha. Vai piorar se continuar pulando igual uma pipoquinha.

— Odeio quando me chamam de mocinha, me faz sentir como se eu fosse só uma menina. — revirou os olhos e Namjoom riu apertando o botão no controle para subir a capota do carro.

— Mas você é uma menina.

— Sou nada, eu já sou quase uma mulher. — jogou os cabelos pra trás e sorriu, começando a andar. — Nossa, esse lugar é tão vazio.

— Ah, ele costuma ficar cheio, mas tem um parque de diversões na cidade, então vão todos pra lá. Pelo menos as pessoas dessa área. — explicou caminhando ao lado de Amélia.

— Eu não gosto de parques de diversões. Eu só fui uma vez quando tinha quinze anos e foi traumatizante. Se eu fosse seria só pela comida e os jogos, os brinquedos são horríveis. Tipo.. quem gosta de montanha russa?! É quase um brinquedo suicida, e se aquilo desmonta? Me arrepio só de pensar.

— Eu também não sou muito fã. Quando eu era mais novo eu fui na roda gigante só porque queria um minuto sozinho com a Yoo-na. Eu pretendia roubar um beijo dela. — riu se lembrando.

— E conseguiu? — Amélia o olhou.

— Consegui. Mas cinco minutos depois eu fiquei enjoado e vomitei no pé dela. Ela dizia que eu estava marcando território. — riu colocando a cesta em cima da mesa de piquenique e se sentou, Amélia logo ao seu lado.

— Eca! Eu ficaria puta se beijasse alguém e essa pessoa vomitasse em mim.

— Ah, eu estava nervoso e tinha comido muita pipoca. Acho que hoje em dia se eu tivesse de beijar alguém em um encontro eu não ficaria tão nervoso.

— Até porque já se acostumou, não é, velinho? — sorriu tirando as coisas da cesta.

— Tinha que ficar uma semana sem implicar, lembra?

— Droga! Me esqueci disso. Vai ser uma tortura. — riu pegando um sanduíche e mordendo. — Hum, porra! Isso ficou uma delícia.

— Você tem a boca bem sujinha, não é?

— Às vezes. — concordou. — Agora come, grandão, não quero perder o filme.

— Mandona. — resmungou, mas pegou um sanduíche e uma latinha de refrigerante. Amélia apenas sorriu satisfeita o olhando.

(...)

Meia hora havia se passado, e os dois não aguentavam mais comer uma migalha de pão. A cesta havia sido guardada no carro e agora eles caminhavam pelo parque praticamente vazio enquanto conversavam sobre seus gostos e desgostos.

— Vai, sua vez. Qual seu cantor favorito? — Amélia perguntou lambendo o sorvete que havia comprado. Estava cheia, mas sempre haveria espaço pra um sorvete.

— Hum.. não sei, não tenho escutado nada ultimamente.

— Como você sobrevive sem música?! Eu tenho que ouvir todos os dias sem falta, senão surto.

Sr. KimOnde histórias criam vida. Descubra agora