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Anna

Três e meia da madrugada e eu andando pela casa parecendo uma zumbi.

A insônia tá maltratando demais, não sei porque mas esses Dias a minha ansiedade decidiu vim com força.

Bebo um copo de água bem gelada, coloco o copo na pia, olho para a janela da cozinha.

Puta que pariu, que merda é aquela

Tinha um homem ali, quer dizer, eu acho que tinha um homem ali.

Pisquei e ele sumiu

Mas que merda era aquela, não conseguia nem mexer as minhas pernas de tanto nervoso, eu não sei se estava sonhando ou se era real o que eu tinha visto.

Corro para o quarto da minha mãe e entro com tudo.

Anna: Mãe -Pulo na cama dela.

Terezinha: Mas o que é isso Anna Estrela?? -Acorda assustada.

Anna: Mãe, eu juro que eu vi um homem mãe -Digo desesperada e chorando.

Terezinha: Como assim minha filha? -Acende o abajur dela e me olha preocupada.

Anna: Eu fui beber água na cozinha, olhei pra janela de lá e vi um homem mãe, ele estava nem muito próximo e nem muito longe me observando, só que eu pisquei e ele sumiu, não sei se foi alucinação ou não -Choro ainda mais e ela me abraça.

Terezinha: Calma Anna, como esse homem era?

Anna: Alto, bem alto, tinha o cabelo jogado para o lado grisalho e só isso que eu vi, porque foi muito rápido, ele estava todo de preto e tinha algo na mão, mas eu não vi o que era

Terezinha: Vou ligar para o seu pai -Ela se levanta e pega o celular.

Anna: O que, porque?

Terezinha: Tá de brincadeira? Você acabou de ver um homem no nosso quintal, se ele entra aqui e faz alguma coisa? Só tem eu e você aqui minha filha, não vou arriscar! -Diz como se parecesse óbvio.

Anna: Tá bom -Me encolhi de baixo das cobertas dela.

(...)

Anna: Só foi isso que eu vi Perigo, não vi mais nada -Digo sentada no sofá enquanto ele andava para todos os lados.

Além de vim ele, veio o Daleste e mais 6 meninos, estavam todos olhando o nosso quintal.

Perigo: Vocês não podem ficar aqui sozinhas -Olha pra gente- Vou deixar os mlks aqui.

Terezinha: Calmo, também não quero um monte de homem em volta da minha casa, eu e Anna gostamos da privacidade -Minha mãe diz.

Anna: Mas não foi a senhora mesmo que disse que só somos nós duas aqui mãe, não podemos confiar -Uso as palavras dela contra ela e ela me olha torto.

Perigo: Resolvido, os mlks ficam! -Ele gruza os braços - Eles ficam até eu vim pra cá -Olha pra minha mãe.

Meio estranho eu ver o clima de dois velhos, não tô curtindo isso

Terezinha: Vamos ver se merece -Ela levanta uma sobrancelha - Por enquanto você lá e eu cá!

Perigo: Cê puxou ela -Olha pra mim e aponta com a cabeça pra minha mãe.

Dei um sorrisinho.

Daleste: Já passaram da idade pra ficar de joguinhos -Volta da cozinha comendo uma maçã.,

Terezinha: Deixei?

Daleste: Ih qual foi, Perigo me tirou do meu sono de príncipe pra vim até aqui olhar pra cara de vocês duas, café da manhã vocês tem que me garantir né -Reclama.

Minha mãe revira os olhos e suspira.

Terezinha: Bom, como já foi tudo resolvido, grata por vocês terem vindo, mas podem sair, daqui duas horinhas já tenho que ir trabalhar e Anna - Me olha e eu olho pra ela - Bom, Anna vai fazer alguma coisa amanhã. - Tchau pra vocês!

Perigo: Qualquer coisa vocês me ligam viu -Se aproxima de mim e beija minha testa - Você tem meu número filha, o que precisar manda mensagens falo?

Anna: Tá bom Perigo, obrigada! -Sorrio e me levanto do sofá.

Daleste: Os mlks vão ficar aí essa noite, cada dia reveza, até a gente descobrir quem é o cara - Fala - Boa noite pra vocês aí! Fé.

Minha mãe acompanha eles até a porta, mas ela e o Perigo param para conversar, decido deixar eles e subo para o quarto da minha mãe, até parece que hoje vou dormir sozinha.

Vou nada.

(...)

Imbatíveis -𝔉𝔦𝔩𝔦𝔭𝔢 ℜ𝔢𝔱Onde histórias criam vida. Descubra agora