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Curtam!!!!!

Anna:

Letícia: Parece que você tá sendo a única coitadinha agora! -Ela ri entrando na minha "Cela".

Anna: Letícia, eu não tô no clima de brigar, sério mesmo, tô cansada -Me encosto na parede.

Eu nem me reconheço mais, tô toda acabada, suja, machucada.

Estou péssima.

Letícia: Meu Retzinho está demorando pra vim me buscar -Bufa.

Anna: Você acha mesmo que seu Retzinho vai querer algo contigo depois de descobrir que você está transando com outro? -Debocho dela.

Letícia: Olha aqui garota, você não se mete nos meus esquemas, se não acabou contigo -Cospe em mim e sai da cela.

Limpo o cuspe dela em mim, abaixo a minha cabeça e começo a chorar.

Não imaginei nunca passar por isso.

Fiquei lá quietinha até escutar vários homens correndo, gritando.

Me assusto com alguém entrando com tudo na cela.

Anna: Tá fazendo o que aqui? Flávio? -Me levanto com dificuldade.

Flávio: Cala a boca, tu é muito idiota memo né não? -Gruda no meu braço e me puxa pra fora da cela.

Como eu estava a 4 dias sem me alimentar direito, sem dormir, toda machucada, estava com muita dificuldade de andar e então eu toda hora tropeçava e ele me arrastava pelo chão.

Flávia: Levanta cadela, anda -Me chuta.

Não acredito que esse tempo todo era o Flávio, meus Deus.

Anna: Eu tô fraca -Digo quase em um sussurro por conta da dor do chute.

Flávio: Imprestável -Puxa meus cabelos e me coloca em uma sala agora, tinha tudo aqui.

Sofá, geladeira, fogão, era meio que uma mini casa.

Flávio: Me da isso daqui -Tenta puxar o meu colar e eu me afasto.

Anna: Não encosta no meu colar -Protego com a mão e ele me dá um tapa na cara me fazendo cair no chão.

Flávio: Fica quietinha vadia -Se aproxima de mim e me vira, eu começo a me debater e ele arranca o colar do meu pescoço.

Ele sai de cima de mim e eu me afasto, vejo ele abrir o meu colar.

O que? Eu nem sabia que isso era possível.

Flávio: Era isso que eu queria -Sorri e me encara- Tu fica aqui -Aponta pra mim e sai da sala me trancando lá.

Coloco a mão no meu pescoço, aonde foi arrancado o meu colar.

Ret

Já chegamo lá metendo bala em geral.

Arrombamo a porta principal e já entramos metendo bala, os mano não tiveram tempo nem de sacar a arma, estavam despreparados.

Assim que eu gosto.

Eu comandava a principal e o Perigo o fundão.

Pra esses arrombados não terem tempo de fugir, cercamo tudo.

L7: Patrão, o CV não tá por aqui não.

Aonde esse filho da puta foi??

Ret: Foca aqui que eu cuido dele -Falo.

L7: Mas Ret, esse não é o plano -Diz sério.

Ret: Eu faço o plano e agora eu decidi que vai ser assim porra, foca no teu -Saio de lá e corro para os corredores.

Alguns homens vem em minha direção e eu só meto bala, essas horas o CV já deve saber que estamos aqui.

Entro em um corredor que só tinha cela, olho uma por uma com pressa mas com cuidado, vejo uma cela meio aberta e entro.

Olho para o chão e vejo o casaco da Estrella, quer dizer, meu.

Mas que ela gostava de usar.

Pego o casaco e cheiro, o cheiro dela, suspiro me concentrando pra não chorar.

Que merda, tenho que achar ela, já sei que ela passou por aqui.

Saio de lá e continuo a andar.

Letícia: Retzinho? -Escuto a voz e me viro.

Ret: Letícia? Tu tá fazendo o que aqui porra? -Vou até ela.

Olho pra ela de cima a baixo e ela parecia estar bem, sendo ela mesma.

Letícia: Eu também fui sequestrada -Começa a chorar- Mas eu sabia que você iria vim me buscar -Me abraça.

Ret: Calmo, calmo, da licença -Me afasto dela- Cadê a Anna? -Pergunto e ela me faz careta.

Letícia: Anna? que Anna?

Ret: Letícia porra, facilita pra mim aí

Letícia: Eu tô falando sério, ele só trouxe eu, não trouxe Anna nenhuma Retzinho! Agora me leva embora por favor, tô com medo! -Tenta me abraçar de novo e eu a empurro e pego no pescoço dela.

Ret: Tenho cara de otario porra? Isso tá me cheirando mal Letícia, me mostra aonde a minha mulher tá caralho

Letícia: Sua mulher Filipe?? Vai se fuder porra, eu que sou a sua mulher, eu que estive sempre ao seu lado quando tudo estava ruim -Tenta me empurrar.

Ret: Tá chapando?? Tu só servia pra ser comida porra, se liga Letícia, tu não é minha mulher e nunca vai ser -Me afasto dela- Minha mulher é a Anna e eu vou matar por ela e se for preciso vou morrer por ela -Aponto meu dedo na cara dela- Se tu tiver envolvida nisso, tu tá fudida, tá me ouvindo? Fudida

Peço para um vapor meu ficar com a Letícia, volto a andar pelos corredores.

Me deparo com uma porta no fundo do corredor, bem escondida, estava meio escuro e com um armário velho praticamente escondendo a porta.

Ali eu senti que a Anna estava lá.

Sem pensar duas vezes, peguei impulso e arrombei a porta, olhei em volta.

Merda

(...)

Imbatíveis -𝔉𝔦𝔩𝔦𝔭𝔢 ℜ𝔢𝔱Onde histórias criam vida. Descubra agora