Imbatíveis -𝔉𝔦𝔩𝔦𝔭𝔢 ℜ𝔢𝔱

42°

Curtam!!!!

Anna

Emilly: Meu Deus que nervoso!! -Ela diz descendo do Uber.

Anna: Calma mulher!

Laura: Porque o VH não veio?

Emilly: Não conseguiu, parece que hoje tá rolando reunião na boca -Pega uns documentos dela na bolsa e entramos na clínica.

Anna: Eu acho que é uma menininha!

Laura: Pra não concordar eu vou de menino! -Faz careta pra mim.

Emilly: O que vier vai ser muito amado! -Nos olha e concordamos.

(...)

VH: Eai, é o que? -Entra na casa da Laura todo desesperado.

Laura: Oxi, oxi, virou casa da mãe Joana é? Entra quem quiser sem bater -Coloca a mão na cintura.

VH: Eai Laurinha, tá geral curioso aqui véi

Laura: Como assim geral? -Pergunta e os meninos tudo entram na casa dela - Ah pronto, querem o cu e querem raspado ainda -Ela nega com a cabeça e se senta.

Emilly: Preparado?? -Pergunta sorrindo e VH concorda. - É uma menininha! -Ela diz.

TH: Vai pagar todos os seus pegados! -Zoa o VH.

VH: Nossa menininha! -Abraça Emilly.

Aí que fofos.

(...)

Estávamos na praça, os meninos zoavam com as crianças que passavam e a gente só ria.

Laura: Esse final de semana vai ser corrido, várias encomendas! -Diz mexendo no celular.

LH: Se quiser uma ajuda, tô aqui Loirinha -Se senta ao lado dela e ela faz careta.

Laura: Vou lembrar disso! -Sorri de canto.

Ret: Psiu -Escuto Ret me chamar e me viro. - Tá gata hoje hein -Me elogia e eu levanto uma sobrancelha.

Anna: O que você quer? -Cruzo os braços.

Ret: Um beijo minha Estrella!

Anna: Na frente de todo mundo? -Do uma risadinha.

Ret: Tô foda-se pra todo mundo, o bagulho é eu e tu, se ligo? -Se aproxima e me puxa me dando um selinho.

TH: O que nois perdeu? -Coloca a mão na cintura olhando pra gente.

VH: E a velhota?? -Encara TH.

TH: Oh mano, nem me lembra daquela véia não mano -Nega com a cabeça.

L7: Não superou o chifre ainda não é? -Da risada.

TH: Até pensei em raspar o cabelo dela, mas a coitada já nem tem mais -Fala e rimos.

Até que escutamos barulho de fogos.

Puta que pariu.

Eu e as meninas logo nos levantamos rapidamente.

Olho direto para o Ret que já puxou a arma dele e o radinho, ele me olhou e puxou minha mão.

Ret: TH e VH, pro início do morro e leva as mina com vocês  -Ele fala e os meninos correm pra la com as meninas.- L7 tu fica ligeiro aqui no centro.

L7: Pode deixar patrão e tu? -Olha pro Ret.

Ret: Vou proteger a Anna -Ele pega na minha mão e corre até uma casa de madeira bem no fundo de um beco que eu nem sabia que tinha por cá.

Anna: Que lugar é esse?? -Pergunto e ele nem me responde.

Deve estar concentrado demais pra me responder coisas bestas.

Ret: Coloca isso -Me entrega um colete a prova de balas.

Anna: Pra que isso Ret?

Ret: O que tu acha mina?? -Me olha como se fosse óbvio.

Anna: Foi mal, tô nervosa -Suspiro colocando o colete e logo ele me entrega uma pistola - Ah não, aí já é demais -Nego.

Ret: Pega essa buceta -Coloca na minha mão e eu sinto meu coração acelerar.

Nunca nem peguei uma arma na minha vida, sei nem como usa, como atira, como mira.

Anna: Ret, capaz de eu confundir o lado e acabar me matando com isso daqui! -Digo desesperada.

Ret: Fica suave -Ele se aproxima de mim e segura minha cabeça direcionando o meu olhar no dele. - Vai dar tudo certo, tô aqui contigo Estrella. -Ele me beija.

Escuto vários tiros próximos.

Ret: Abaixa, abaixa!

Fico agachada dentro da casinha de madeira, escuto várias vozes de homens e a correria.

Xxx: Ele deve estar por cá chefe! Tenho certeza!

Xxx2: Só quero que o encontrem, sem enrolação!!! Bora, bora!!

Xxx3: E a tal mina?

Xxx2: Tu por acaso sabe quem é ela? -Escuto ele perguntar e um silêncio- Não porra, então pronto, a mina deixa quieto, eu quero o Ret, de preferência vivo, mas se não tiver jeito, mete bala nesse filho da puta!!

As vozes foram ficando cada vez mais longes e eu só sentia lágrimas descer pelo meu rosto.

Meu Deus, aonde eu fui me meter, porque aceitei vim no pagode, porque comecei a conviver aqui, porque conheci o Ret, porque meu Deus.

Ret: Anna, para de chorar! -Ele sussurra pra mim e eu nego.

Já sinto minha ansiedade começar a tomar conta de mim, coloco minha mão por cima do colete e suspiro devagar.

Ret: Meu amor -Me chama e eu o encaro. - Calma porra, não me deixa nervoso Estrella! Fica aqui, tu fica aqui que eu vou dar um jeito nesses cu azul! -Ele ameaça sair e eu seguro fortemente no seu braço.

Anna: Não me deixa aqui sozinha -Peço e ele me beija.

Ret: Só fica aqui, vou dar um fim nisso agora! -Ele acaricia o meu rosto e sai logo em seguida.

Me sento no canto da casa de madeira e fico lá, encolhida com medo de alguém entrar e meter bala na minha cabeça.

Os barulhos eram insuportáveis, pareciam não ter fim, gritos, gente correndo, conseguia ver sangue pelos buracos que essa casa tinha nas paredes.

Um pesadelo.

Só queria que tudo isso não passasse de um sonho.

Mas minha cabeça só tinha tempo para um alguém.

Meu Ret.

(...)