Chapter Seven|07

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                       Beatriz Silva
         Não olha por onde anda?|07

                                           Beatriz Silva          Não olha por onde anda?|07

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  Quarta-Madrid

— Mais que merda, também não olha por onde anda ― digo assim que sinto um peso sobre o meu ombro e minhas coisas no chão.

Eu já estava um pouco atrasada, ainda vem uma peste esbarra em mim e faz todas as minhas coisas caírem no chão, isso não é possível.

Mais que saco, parece que não tem olhos para ver o caminho que tá andando — falo em português me abaixando para pegar as minhas coisas no chão.

Ô moça, eu ainda não sei andar com esse bagulho aqui — diz se referindo às muletas — Eu não vi você, já pedi desculpa também.

Para aí, ele me respondeu em português, pera, PORTUGUÊS. Meu Deus, eu mal comecei aqui e isso já acontece, o que eu fiz para merecer isso, meu Deus.

Termino de pegar minhas coisas no chão e ele continua me olhando, acho que esperando eu falar mais alguma coisa.

De qualquer forma, você sabendo ou não sabendo andar com as muletas, tem que prestar atenção onde você tá andando, e só olhar para frente não é uma tarefa difícil — digo já sendo grossa.

Tá bom, tá bom, já que você quer andar correndo, trate de arrumar um corredor só para você, até porque esse daqui não é seu para você ditar as regras — ele diz já virando para continuar a andar pelo corredor — Tenho mais coisas a fazer do que ficar falando com você aqui.

Depois que ele fala isso, vai andando pelo corredor. Mais que homem... mais sem educação, bem bonito, mas chato e sem educação.

Continuo a andar até o final desse corredor onde tem uma grande sala com o consultório médico do CT. É bem grande e bem bonito. Assim que passo pela sala do consultório, vejo uma mulher na recepção. Crio coragem e vou perguntar sobre Elisa.

— Oi, bom dia, eu queria saber se Elisa está — falo com a recepcionista.

— Bom dia, irei ver se ela está ocupada, pode sentar nesse banco, só um minuto — ela diz se levantando da cadeira e entrando em uma porta ali.

Enquanto espero Elisa, fico observando o local. É calmo e tranquilo, não é uma coisa tão agitada, não tem muita movimentação ao lado de fora. É tranquilo, até que acho que não vai ser tão ruim trabalhar aqui, tirando em conta as pessoas chatas.

— Olá, bom dia — escuto uma voz e logo me viro para porta — Você deve ser Beatriz, eu sou Elisa, Ruth me falou de você.

— Oi, doutora, é um prazer conhecê-la — digo estendendo a mão e a cumprimentando.

— O prazer é meu, querida. Agora venha que vou te mostrar onde você pode colocar suas coisas — diz me chamando — Aqui geralmente é assim, bem calmo, sem muita movimentação. É um ótimo lugar para você fazer estágio — ela diz enquanto continuamos a andar pelo corredor.

Amor e Ódio, rodrygo goes Onde histórias criam vida. Descubra agora