C3 - Esquisito

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Sandor On
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Eu estava quieto em um bar qualquer da cidade, cuidando da minha própria vida e enchendo a cara, no meio do dia? Sim, mas quem se importa? Apesar desse lugar me irritar por causa das pessoas aqui, é melhor do que aturar o merdinha do Joffrey falando merda o tempo todo. Se eu pudesse arrancaria a cabeça dele sem mais nem menos, mas infelizmente eu tenho que seguir uma merda de juramento.

Estava tudo ótimo até eu ver ela entrando no bar e vindo em minha direção. A olhei de baixo pra cima, que merda, eu tinha que admitir: ela era bonita, mesmo de armadura.

- O Rei nos quer na sala do trono, Joffrey, Sansa e Arya arrumaram problemas. - Ela disse, como sempre, olhando para qualquer lugar menos pra mim, algo que ainda me irrita.

Resmunguei, virando em minha boca o resto da cerveja, e me levantando, saindo do local acompanhado da Targaryen que vinha logo atrás.

Chegamos na sala do trono, já ouvindo a discussão entre as 3 crianças. Pelo o que entendi, o fraco do Joffrey perdeu pra uma garota e ainda levou mordida de um lobo.. E esse moleque ainda vai ser Rei um dia?

Depois dessa tortura, mandaram que eu matasse o filho do açougueiro, outro envolvido na história.
O garoto implorou por perdão, implorou que eu não o matasse. Até mesmo tentou correr, mas não demorei muito para alcança-lo e mata-lo. Enfiei minha espada em suas costas, logo a removi e limpei em suas roupas, embanhei a espada novamente e carreguei o corpo do garoto até meu cavalo.
Após já ter me livrado do cadáver, a caminho de guardar meu cavalo, passei pela garota de cabelos loiro-platinados, esta parou e olhou para o cavalo, com sua sela coberta de sangue.

- Matou o filho do açougueiro? - Senti o desgosto em suas palavras. Parei e me virei em sua direção.

- Mandaram que eu o fizesse.

- Era uma criança. - Senti a raiva em sua voz, pela primeira vez em anos ela me olhou diretamente nos olhos, como se lesse todos os meus pecados. Devo admitir que era uma lista imensa.

- Ele correu. - Olhei-a de baixo para cima e de cima para baixo - Não muito rapido.

- Meu irmão não tentou correr, e você o matou mesmo assim. - Então era isso que a incomodara por todos esses anos? Seus olhos violetas ainda me fitavam - O Joffrey deve te dar saborosos petiscos para servi-lo com tanta lealdade.

Me virei e continuei andando, já me irritando com essa conversa, não vou perder meu tempo com essa garota.

Após ficar até tarde aturando Joffrey, finalmente estava sozinho, sem muito para me preocupar. Estava em direção a saída da Fortaleza Vermelha, quando reparei que alguem passara ali agora, vi apenas o vulto de alguém saindo. Imaginei quem fosse, afinal, quem mais em Porto Real teria cabelos brancos?
Sai e a vi andando na minha frente mas em uma boa distância, nem reparara na minha presença.

A primeira coisa que notei fora seus cabelos soltos, nunca havia a visto sem que eles estivessem amarrados num coque ou rabo de cavalo. Estava sem armadura, sem sua espada, do jeito que ela é sonsa não duvido que está sem nada para se defender. Vestia um vestido leve e simples, eu nem imaginava que ela tivesse vestidos.

 Vestia um vestido leve e simples, eu nem imaginava que ela tivesse vestidos

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