C11 - Mestre dos Dragões

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Narrador On
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Maelys fora levada a um julgamento, já que supostamente utilizou bruxaria para se manter intacta em meio as chamas, para Joffrey isso foi uma traição, já que ele a condenou a morte e ela "passou por cima desta ordem".
Foi um longo debate, mas no fim, Baelish e Varys encontraram bons argumentos contra Meistre Pycelle e o Alto Septão, convencendo o Baratheon-Lannister que a mulher seria útil com os dragões.
"Talvez eles até pensem que ela seja a mãe deles", foi um dos argumentos de Petyr, o que talvez não estivesse muito errado.

No fim, contra a própria vontade, Joffrey deixou toda a responsabilidade dos animais sobre Maelys. Esta deveria treina-los e alimenta-los, embora algumas coisas ainda fossem decididas somente pelo rei, como onde os dragões viveriam. Ela também deveria continuar seguindo seu juramento da Guarda Real.
A Targaryen aceitou, já que não tinha muitas opções.

- Cão, a acompanhe até seus aposentos. - Ordenou o loiro.

O homem apenas assentiu e se retirou do local, indo em direção à Torre da Espada Branca acompanhado da outra.
A mulher havia sido levada ao "julgamento" do jeito que estava quando foi encontrada na pira, apenas levaram os dragões para onde seria o lar deles, então esta ainda tinha apenas o manto de Sandor a cobrindo.

Mantiveram-se em silêncio no caminho, havia um clima tenso entre eles, nada fora do comum.
Quando entraram na torre, enquanto subiam as escadas, Maelys tentou puxar uma conversa.

- Ainda acha que eu sou louca? - A pergunta fez o homem a olhar de canto de olho.

- Acho. Nenhuma pessoa normal faria o que fez.

- Eu disse que sabia o que estava fazendo.

- A questão é que eu não sabia.

- Não confia em mim? - Não houve resposta. - Eu entendo que você estava com medo, Sandor.

- Eu não estava com medo!

- E o que sentiu quando teve a certeza de que eu entraria no meio das chamas?

- Não é da sua conta. - Ficaram em silêncio por um minuto. - Que merda você fez? - Parou e a olhou. Já estavam na porta do quarto.

- Na verdade eu não fiz nada, eu só fiz o que senti ser meu dever. - Olhava-o nos olhos, sua expressão calma e olhar suave. Poderia facilmente o hipnotizar se a olhasse demais.

Ele a analisou de cima a baixo, seu coração acelerou um pouco. Sentia um misto de sentimentos contraditórios. Estava com raiva por ela ter feito algo tão arriscado assim, mas estava aliviado e feliz que tivesse sobrevivido, ainda sentia o medo de não tê-la ao seu lado, mesmo que esta estivesse logo ali.

- Da próxima vez que fizer algo assim, eu te mato.

A mulher riu e se aproximou do homem, levando a mão à sua nuca e o puxando levemente, este não hesitou em abaixar-se para ficar próximo da Targaryen.
Selaram seus lábios, iniciando um beijo lento, mas que expressava muito de seus sentimentos. Este fora mais curto do que de outras vezes.

A platinada sorriu e entrou em seus aposentos.

- Obrigada por me acompanhar, Sandor. - Acenou levemente e logo fechou a porta.

O Clegane deu um leve sorriso e se retirou do local logo depois.

...
Narrador On // Maelys POV
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Mais tarde, a mulher visitara os dragões.
Joffrey os deixou nas ruínas do Fosso dos Dragões, mandou que os acorrentassem sem os prender em um local fechado. Isto até que era inteligente, não duvidara que Meistre Pycelle tivesse lembrado o jovem rei de que, se aprisionasse os dragões, eles não cresceriam corretamente, provavelmente não seriam maiores que um gato.
As correntes eram compridas, talvez tivessem quase um quilômetro de comprimento, para que os dragões pudessem voar se desejassem, mas sem se afastarem demais. Maelys achou desnecessário, sabendo que os dragões não costumavam ser nômades, então não iriam muito longe de Porto Real, ou ao menos não sairiam de Westeros, mas não disse nada sobre isso.

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⏰ Última atualização: Aug 11 ⏰

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