Em busca do para sempre

Uma vida

Eu me chamo Mellyne Ford Camps, vivo em Paris com minha mãe e minha irmã, Susy — comecei a contar, sentindo a necessidade de compartilhar mais sobre mim. — Tenho 20 anos e nossa vida tem sido... complicada desde o acidente de avião que levou meu pai.


Richard me olhava com atenção, seu olhar transmitindo empatia e compreensão.

— Meu pai, Francis, era um cantor talentoso. Ele viajava o mundo todo, encantando as pessoas com sua voz. Foi em uma dessas viagens que ele conheceu minha mãe, Zoé, uma dançarina. Eles se apaixonaram perdidamente e se casaram pouco tempo depois.



Parei por um momento, lembrando-me das histórias que minha mãe me contava sobre aqueles dias de felicidade.



— Mas tudo mudou há alguns anos, quando o avião em que meu pai estava caiu. Ele não sobreviveu. Minha mãe ficou devastada. Zoé, que sempre dançava com tanta paixão, simplesmente parou. Ela não conseguia mais encontrar alegria na dança sem ele.

Richard assentiu, seus olhos demonstrando tristeza.

— Deve ter sido muito difícil para vocês — ele disse suavemente.

— Foi — admiti. — Minha mãe tentou ser forte por mim e por Susy, mas nada foi igual. A dança era a vida dela, e sem meu pai, parecia que a luz em seus olhos tinha se apagado.


— E quanto a você? — Richard perguntou. — Como você lidou com tudo isso?

— Eu tinha que ser forte também. Tinha apenas 16 anos na época, e Susy era ainda menor. Nos mudamos para um apartamento pequeno em Paris, e a vida se tornou um desafio constante. O espaço apertado, a falta de privacidade... era difícil se concentrar nos estudos e na vida com tantas preocupações.

— Como vocês conseguiram se adaptar?


— Com muito esforço e sacrifício. Minha mãe conseguiu um emprego modesto, mas o dinheiro era sempre curto. Eu ajudava como podia, fazendo trabalhos de meio período enquanto estudava. E Susy... bem, ela ainda era jovem demais para entender completamente, mas sentia a ausência do pai e a tristeza da mãe.

— Deve ser complicado viver em um espaço tão pequeno, especialmente em uma cidade como Paris — comentou Richard, sua voz cheia de compaixão.

É verdade. Nossa casa é pequena e velha, com paredes finas que deixam passar todos os ruídos da rua. Não é fácil, mas aprendemos a valorizar cada momento juntas. Minha mãe às vezes tenta dançar de novo, mas é difícil para ela. Susy e eu fazemos o nosso melhor para apoiá-la.


— Você é muito forte, Mellyne — disse Richard, admirado. — E é incrível ver como você consegue manter essa esperança e determinação.


Senti uma onda de emoção ao ouvir suas palavras. Richard tinha um jeito de fazer com que eu me sentisse compreendida e valorizada.


— Obrigada, Richard — respondi, tocada pela sua gentileza. — Acho que, apesar de tudo, aprendi a encontrar força na adversidade. E estar aqui, falando com você, faz com que eu sinta que talvez haja um pouco de magia e esperança no mundo ainda.



Ele sorriu, um sorriso que aquecia meu coração e fazia a biblioteca parecer um pouco mais brilhante.


— Eu acredito que há magia por toda parte, Mellyne. E você é uma prova disso.

valorizar cada momento juntas. Minha mãe às vezes tenta dançar de novo, mas é difícil para ela. Susy e eu fazemos o nosso melhor para apoiá-la.



— Você é muito forte, Mellyne — disse Richard, admirado. — E é incrível ver como você consegue manter essa esperança e determinação.



Senti uma onda de emoção ao ouvir suas palavras. Richard tinha um jeito de fazer com que eu me sentisse compreendida e valorizada.

— Obrigada, Richard — respondi, tocada pela sua gentileza. — Acho que, apesar de tudo, aprendi a encontrar força na adversidade. E estar aqui, falando com você, faz com que eu sinta que talvez haja um pouco de magia e esperança no mundo ainda.



Ele sorriu, um sorriso que aquecia meu coração e fazia a biblioteca parecer um pouco mais brilhante.


Estava escurecendo, e eu tinha que voltar...


— Até algum dia — disse, pegando minhas coisas que estavam ali diante de nós. Ele conseguiu me fazer abrir meu coração, algo quase impossível, mas senti que com ele eu poderia...



— Até um dia, Mellyne.

Sorri para Richard uma última vez antes de sair, sentindo uma nova esperança florescer dentro de mim enquanto caminhava de volta para casa.