Eu te quero

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Dessa vez, eu te quero.
E não vou te deixar escapar de mim, nunca mais.

*Russel

Tenho que admitir, eu nunca mais quero amar novamente.

Carmem me traiu, com um garoto mais novo. Ela disse que se cansou, de eu estar sempre ocupado com as corridas. Ela também disse que eu só penso na corrida, que eu não passo muito tempo com ela, que eu não dou muita atenção pra ela.
Quando ela aceitou meu pedido de namoro, sabia que eu corria, sabia que eu não ia ter muito tempo, mas mesmo assim aceitou.

Agora eu estou aqui, deitado olhando pro teto, sem saber o que fazer.

Mas rapidamente meus pensamentos foram longe, quando meu celular começou a tocar. Alex.

-Oi Russel!- a voz animada do outro lado da linha falou assim que atendi

-Oi Alex. O que você precisa?

-Nossa senhora Russel, quem morreu cara?

-O que? Como assim Alex?- falei meio intrigado.

-Você tá pra baixo.- ele disse soltando um risinho- eu liguei pra saber se você queria sair, ou sei lá. Mas pelo jeito você...

-Posso sair sim- cortei

-Ah, então ok!- ele disse animado- A Carmem não vai achar ruim?

-Não....estamos mais juntos, Alex.

-Ou, sinto muito cara.- ele ficou quieto- Bom, pelo jeito, sair vai ser bom pra você.

-É. Você passa aqui, ou eu vou aí?

-Eu te busco, vamos comer fora.- ele falou mais animado ainda- passo aí em meia hora.

-Beleza Alex, até- desliguei.

Me levantei da cama e fui tomar um banho rápido.

Sai e fui pegar uma roupa. Uma camisa branca, um shorts jeans, meus tênis branco e um óculos de sol.
Desci até a sala pra esperar o Alex.

Faz um bom tempo que não saímos juntos. E vai ser muito bom sair hoje, Alex sempre me alegra, ou sempre da um jeito pra fazer isso.

Escutei a buzina dele e sai de casa.
Entrei no carro, sendo recebido por um abraço de Alex.

-Bom, onde vamos Alex?- falei passando o cinto.

-Ainda não decidi, tem algum lugar que você goste?- ele perguntou com um sorriso.

-Um restaurante. O que acha?

-Pode ser então.

Ele deu partida e começamos a ir até um restaurante.
De vez em quando ele puxava um assunto, ou falava sobre as corridas.
De repente, ele colocou a mão na minha coxa e apertou levemente, dando um sorriso e voltando a falar sobre algumas coisas variadas.

Confesso que isso me deixou meio mexido, não sei....eu nunca me senti assim, não sei o que isso significa.
De uma forma ou de outra, eu sempre me sinto assim perto dele. De um jeito diferente, mas bom.
Esse sentimento me faz observar cada detalhe dele, o cabelo que sempre estava de uma cor diferente, os olhos castanhos, o sorriso de criança atentada, e o incrível físico dele, que céus, me deixava sem ar.

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