Missão (Finale)

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Obs: História narrada no ponto de vista de Giovanna.

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- Giovanna vision point -

- Já vamos indo, Elisa! - Christopher avisava, enquanto alguém desconhecido por mim carregava as malas até o carro.

Hoje era para ser um dia especial para os Collins. Pelo menos, era 'pra ser. Estavam completando 5 anos de casamento. Mas, pela guerra judicial que Chris está passando, não poderiam comemorar a sós, contando com minha humilde presença. Às vezes, eu me pergunto... Por quê aceitei o convite? Lembrei, foi uma ordem proposta pela rainha. Não havia formas suficientes de recusar esse terrível convite.

- Giovanna? - Maya chamou em minhas costas, com aquele tom aveludado que só ela sabia fazer.

- Oi, Sra. Collins! - Respondi ao seu chamado, ainda virada de costas. Até ela aparecer em minha frente, e manter contato direto com meus olhos.

- Temos que ir. - Avisou com veemência. - No que estava pensando? - Finge estar interessada, sem querer demonstrar sua verdadeira intenção.

- Nada. - Respondi direta. Até notar uma das alas que restava em sua mão. - Quer que eu leve? - Me aproximei, já fazendo um gesto para pegá-la.

- Não precisa, não está pesada. - Fez questão de puxar a mala para si, fazendo com que sem querer, me inclinasse mais.

- Maya, apresse-se. Vamos chegar lá atrasados. - Christopher gritou já do lado de fora, apenas com sua sagrada maleta de trabalho.

- Já estamos indo, Sr. Collins. - Respondi antes que Maya pudesse fazer mais alguma coisa.

- Elisa, cuide bem das coisas enquanto estamos fora. - A morena andava porta à fora, sem se preocupar em olhar para sua assistente. - Não quero absolutamente NADA fora do lugar, ouviu?! - Deu ênfase a sua preocupação da casa estar totalmente arrumada em sua volta.

- Não se preocupe, Sra. Collins. Tudo será mantido em perfeito estado. - A pobre de Elisa, ainda se deu por responder. Enquanto Maya já estava dentro do carro, em um assento ao lado do meu, sem ao menos lhe dar ouvidos. O que diabos essa senhora fez a ela?

- Amor, sente-se aqui na frente comigo. - Christopher pediu, ao ver a esposa no banco de trás.

- Não, obrigada. Estou melhor aqui. - Não atendeu ao seu pedido.

- Não vou aumentar meu tom. Venha aqui para frente. - Insistiu com raiva.

- Acho que não entendeu o que eu disse, mas vou repetir só mais uma vez. Não quero ir para o banco dá frente. - Falou a última frase mais pausadamente. E ainda se atreveu a continuar. - Estou confortável aqui atrás, já basta.

Eu fico impressionada, Maya consegue se manter estável até mesmo em momentos como esse. Será isso tamanha sua frieza? Ou apenas um pouco de coragem? Queria poder dizer que me inspiro nela, em muitas partes, isso seria verdade. Ela é capaz de coisas que jamais conseguiria por conta própria. 'Pra mim, nada mais é que uma força da natureza. Algo quase que imparável. Comparados a ela, algumas pessoas parecem fúteis na suas formas de agir, falar, interagir e até mesmo caminhar. Por si só, ela chama a atenção de onde estiver. E isso me faz pensar, como alguém assim pode ter momentos de fraqueza?

- Corte de tempo -

Tudo estava seguindo normalmente, até às 3h de viagem. Fizemos uma pequena pausa para comprar alguns suprimentos, afinal, ainda faltava mais que a metade do trajeto. Nossa pausa não duraria mais que 15 minutos, se não fosse pela briga inesperada entre Christopher e Maya pela segunda vez no dia.

- Não me interessa, Christopher. Giovanna vai ficar conosco até o fim da viagem, e pronto. - Maya proferiu em seu tom autoritário.

- Consegue ouvir o que está falando? Caralho, Manuela! Esse é o nosso aniversário de casamento. - Christopher rebatia exaltado.

- Se não estivesse tão ocupado reclamando. Poderia ter percebido que boa parte dos nossos aniversários, passei sozinha. Convenhamos, nós dois queríamos estar em casa. - A morena também rebatia com todas as forças.

- Você sabe que a muito tempo a empresa vem passando por momentos difíceis.

- Nosso casamento também vem passando por momentos difíceis. Mas, é tão obcecado pela porra do trabalho, que nem se dá ao desserviço de perceber.

- Esse é o meu negócio, Maya. 'Cê 'tá entendendo? É a única forma de bancar essa sua vidinha luxuosa. - O Sr. Collins estava cada vez mais estressado, ao ponto de achar, que nunca o vi assim antes.

- Essa é a única coisa que pode culpar pela falha do casamento, admita. Você não consegue aceitar, que nem mesmo com seu dinheiro conseguiu me manter por perto. Posso não ser a esposa troféu que sempre almejou, mas eu admito minhas falhas. Isso não está certo a muito tempo.

- Como é? - Segurou com força na mandíbula da esposa, antes que terminasse seu humilhante discurso. - É isso que acha? - Perguntava enfurecido, seus olhos chegavam a flamejar tamanho o ódio que sentia.

- TU NÃO É O FODÃO? TU NÃO É O PICA? ENTÃO, VAI LÁ E FAZ VOCÊ! - Sra. Collins atingiu um tapa estralado em cheio no rosto de seu marido sem exitar. Pela primeira vez, pensei em intervir.

- Sra. Collins, se acalme! - Tentei puxar Manuela para longe com delicadeza. - Vamos nos sentar. - Chamei sua atenção mais uma vez, mas parecia não notar minha presença ou estava simplesmente ignorando ela. Parecia numa espécie de "transe", totalmente paralisada. Puxei com mais força seu braço esquerdo, fazendo vir com tudo para cima mim. Nem com todo um impacto, Manoela parecia consciente. - Maya?

- Humn...? - Resmungou atordoada.

- Vamos para o carro, precisa se acalmar. - Apoiei seu braço em meus ombros, para apenas uma breve discussão, ela parecia tão abatida. Levei ela até o carro, apoiei suas costas no banco traseiro e perguntei: - Está bem? - Óbvio que não estava bem, seu rosto estava branco e não chegou a proferir uma palavra nos últimos minutos.

- Uhum... - Balançou a cabeça em afirmação.

- Quer voltar para casa? Podemos falar com o motorista. Ainda falta tempo para chegarmos lá mesmo, vai acabar sendo a mesma coisa, 'tá? Já amarrou seu cinto? Me desculpe, senhora! Acho que fiquei um pouco nervosa. - Eu suava frio, enquanto ela me acompanhava com um olhar cansado. O que me deixava ainda mais nervosa, ter aqueles olhos me fuzilando e toda aquela situação caótico. Tudo deixava o clima pesado mas, mesmo assim, ela fez um sinal para que erguesse meu rosto. Dando de cara com ela, que olhava fixamente para meus lábios.

- Me beije. - Pediu sem exitar.

- Maya, seu marido está aqui e seu motorista tam... - Ela colocou os dedos em minha boca.

- Não ouse descumprir. Me beije. - Assim fiz. Repousei meus lábios sobre os seus devagar, até sentir ela pedir contato. Sua língua cravava uma guerra com a minha, as duas tentavam tomar os espaços. Nos deixando cada vez mais excitadas. Intervimos o beijo pela falta de ar, mas quando estávamos prestes a iniciar outro...




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Vai ficando por aqui, galera! Esperava bem mais de mim para o último capítulo. Mas daqui a pouco, eu volto. E prometo voltar com algo interessante a oferecer. Estou me despedindo dessa, mas outras virão. Tchau, gente! 💋💐🌈
(⁠ ⁠˘⁠ ⁠³⁠˘⁠)⁠♥

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