ミ★ 𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻 ★彡

★|| C h u v a ||★

Recomendo ouvir com a música "Home"
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Eu estava sentada no parapeito da janela, meu rosto apoiado em meus joelhos enquanto eu observava as gotas de chuva que atingia o vidro da janela. Meu corpo, coberto apenas com uma camiseta larga. Era fim de tarde e o céu nublado começava a escurecer.

O quarto estava levemente escuro, sendo iluminado apenas com a luz vinda da janela.

Ao contrário dos momentos que eu estava sempre sorrindo por qualquer coisa e enérgica, agora eu apenas estava quieta.

Ouço um som lençóis se enroscando e quando me endireito e desvio meu olhar para a cama no meio do quarto, vejo Tom sem camisa sentando enquanto coçava os olhos, despertando do sono. Seu corpo estava coberto por um lençol branco da cintura pra baixo, e seus dreads estavam presos meio que em um coque, porém bagunçado.

Continuo o observando até que ele afasta a mão do rosto e me encara, os olhos inchados e sonolentos. Tão lindo que dói.

- O que está fazendo aí? - ele pergunta com a voz um tanto rouca.

- Nada... eu só tava olhando a chuva - digo ainda sentada na janela.

- Aconteceu alguma coisa?

Abano com a cabeça.

- Não.

Volto meu olhar a janela e respiro fundo.

Kaulitz tira o lençol de si se levantando da cama sem que eu o veja, e então se aproxima da janela apenas com uma cueca box.

Apenas noto ele quando sua mão toca minha coxa e a outra leva uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

- O que aconteceu? - o mais velho pergunta acariciando minha bochecha.

Respiro fundo, sua simples pergunta trazendo lágrimas que chegam a brilhar em meu olhos, mas que eu seguro para não derrama-las.

Ele percebe e franze o cenho enquanto eu apenas fungo apertando meus olhos e desviando o olhar.

- Não é nada... não se preocupe - digo mantendo meu olhar longe dele.

Sua mão segura meu queixo me fazendo olha-lo.

As lagrimas que se acumularam escorrendo no canto de meus olhos quando olho para ele.

Tom seca elas com carinho e volta a olhar em meus olhos.

- Porque está triste?

As gotas de chuva batiam contra a janela, agora não era eu que assistia a chuva, era ela que assistia as lágrimas derramadas de meus olhos.

Suspiro com o lábio trêmulo abaixando meu olhar.

- É só que... tenho medo de isso não durar. De nós dois terminarmos.

Ele franze levemente o cenho segurando uma de minhas mãos e beijando meus dedos, acariciando logo em seguida.

- Porque isso agora?

Olho para seu gesto sorrindo com tristeza e dando de ombros.

- De repente me lembrei que nada é pra sempre.

Olho em seus olhos.

- E esse sentimento me tomou por inteira - respiro fundo - Mas dói bem aqui, sabe...?

Levo minha mão livre até meu peito.

- Acho que conseguimos suportar essa coisa da fama. Mas não sei se nosso relacionamento consegue.

Ele toma meu rosto com as mãos, acariciando minhas bochechas úmidas de lágrimas.

- Foram eles de novo não é?

Desvio meu olhar para meu celular no móvel ao lado da cabeceira da cama.

Assinto com a cabeça.

Ele suspira e eu olho de volta para seus olhos. Que me olham com tristeza e um pouco de raiva.

Me agarro ao seus ombros o puxando para um abraço, Kaulitz me abraça de volta com força e me puxa da janela me pegando no colo.

Ele acaricia minhas costas enquanto escondo meu rosto em seu pescoço.

Então me deita na cama com cuidado e se deita ao meu lado. Meu corpo é puxado para seu peito e ele nos cobre com o cobertor.

Além do som da chuva através da janela, um silêncio permaneceu entre nós, um silêncio bom e companheiro. O silêncio que preencheu minha mente e meu coração aquecido enquanto encarava a janela e Tom penteava meu cabelo com a mão.

- Você me ama? - ele pergunta normalmente quebrando o silêncio.

Sua pergunta me pega de surpresa e inclino meu rosto para cima para olha-lo. Seus olhos encontram os meus.

Eu assinto.

- Eu te amo...

Ele sorri e meu coração se aquece, ele acaricia minha bochecha.

- Eu te amo - ele diz - E eu não nos vejo terminando.

Mordo meu lábio inferior meus olhos marejando.

- Se algo acontecer, será por nós dois. E não pelo público e a mídia. Seremos eternos até que um de nós dois decida o contrário.

Ele diz e eu assinto.

Escondo meu rosto em seu peito o abraçando com força. Ele retribui, acariciando minhas costas. O som da chuva ali, ainda ali. O meu olhar e o dela se encontrando. Ela nos observava enquanto eu retribuía seu olhar, minhas lágrimas agora secas, mas as suas ainda se derramando na janela. O som, a pouca luz, o calor, o ambiente, ele.

Adormeci encolhida e aninhada em seus braços. Onde eu sentia transbordar ds dentro do meu peito que era minha casa. O futuro sempre é incerto, mas nosso amor não.
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Um capítulo depressivozinho porque sim❤️