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 Capítulo 1: O Encontro

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Capítulo 1: O Encontro

O sol ainda nem havia surgido no horizonte quando Riley Andersen já estava de pé, amarrando seus cadarços e preparando-se para o treino matinal de hóquei. A quadra estava fria e úmida, mas isso nunca a incomodou. Ela adorava a sensação da adrenalina correndo pelas suas veias, a sensação de liberdade que o esporte lhe proporcionava. Ela era a estrela do time, admirada por todos os colegas e temida pelos adversários. Seu mundo parecia perfeito aos olhos dos outros, mas ninguém sabia das pressões que enfrentava diariamente para manter essa imagem. Sua treinadora de hóquei, tinha expectativas altíssimas, e em estar no time, teria que estar sempre envolvida nas atividades da escola, esperava que ela mantivesse as aparências impecáveis.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Marianne San-Cheng tentava reunir coragem para enfrentar mais um dia de escola, desde que entrou, era uma tortura a cada dia, não sabia como enfrentar seus medos, e sempre fugia. Porém, ela amava desenhar e escrever, e seu caderno era seu refúgio. Cada página preenchida com suas ilustrações e histórias era uma fuga dos constantes insultos e provocações que sofria. Ser desastrada e distraída não ajudava em nada, mas ela tentava manter a cabeça erguida e se concentrar em seus sonhos de se tornar uma designer. Marianne era invisível para a maioria dos colegas, exceto quando alguém decidia tornar a vida dela ainda mais difícil com piadas cruéis e empurrões nos corredores.

A escola estava começando a se encher quando Marianne chegou, tentando evitar o grupo de garotas populares que sempre a provocava. As risadas e cochichos eram parte de sua rotina diária, mas naquele dia ela sentia-se especialmente vulnerável. Queria chegar mais cedo para terminar um esboço antes da aula começar, aproveitando a tranquilidade do início do dia. Com o caderno abraçado ao peito, ela caminhava pelos corredores vazios, perdida em pensamentos. Até que seu momento de paz fora tirado, e percebeu que as garotas cruéis notaram sua presença e começaram a persegui-la.

Naquela manhã, Riley estava mais focada do que nunca durante o treino. Seu time tinha um jogo importante naquela semana, e ela sabia que precisava estar no seu melhor. Após um treino intenso, dirigiu-se ao vestiário feminino. Ela precisava de um banho rápido antes das aulas começarem. Suas pernas estavam cansadas, mas havia uma sensação de realização que a impulsionava. Ao abrir a porta do vestiário, seus pensamentos ainda estavam no jogo quando, de repente, colidiu com alguém que estava saindo apressadamente.

Marianne, tentando escapar do grupo de garotas que sempre a provocava, correu para o vestiário na esperança de encontrar um lugar seguro. Mas, em sua pressa e distração, não percebeu Riley chegando. O impacto foi forte, e ambas caíram no chão, livros e equipamentos espalhados por toda parte.

— Ai! — Marianne exclamou, sentindo uma dor aguda no cotovelo. Ela olhou para cima e viu Riley, a famosa jogadora de hóquei, esfregando a cabeça. — Me desculpe, eu... eu não te vi.

Riley levantou-se rapidamente, estendendo a mão para ajudar Marianne. — Tudo bem, eu também não estava prestando atenção. Você está bem?

Marianne, surpresa com a gentileza de Riley, aceitou a ajuda e se levantou, tentando esconder seu embaraço. — Sim, eu estou bem. Só um pouco desajeitada, como sempre.

Riley sorriu, um sorriso que era raro fora das quadras e que nunca soltou para ninguém por alí, nem mesmo para suas amigas. — Eu também tenho meus momentos desajeitados, acredite ou não. — Ela olhou em volta, notando os cadernos e desenhos espalhados pelo chão. — Esses são seus?

Marianne assentiu, apressando-se para recolher suas coisas. Riley pegou um dos desenhos que havia caído perto de seus pés e ficou surpresa com o talento evidente nas linhas e sombras.

— Uau, você desenha muito bem! — Riley exclamou, genuinamente impressionada. — Você deveria mostrar isso para mais pessoas.

Marianne corou, não acostumada a receber elogios. — Obrigada... Eu gosto de desenhar. É o meu jeito de fugir de... — ela hesitou, sem querer expor suas vulnerabilidades.

De repente, o som de vozes se aproximando ecoou pelo corredor. Marianne olhou alarmada para a porta.

— Marianne! Onde você está, sua esquisita? — a voz de Kiara, a líder do grupo, soou alta e clara.

Marianne começou a tremer, a ansiedade tomando conta dela e seu pânico faltando seu ar e seu raciocínio, gostaria de passar um dia em paz. — Por favor, me ajude. Eu não posso deixar que elas me encontrem.

Riley, percebendo a seriedade da situação, assentiu rapidamente e indicou um armário vazio no canto do vestiário. — Entre ali, rápido.

Marianne correu para o armário e se escondeu, fechando a porta atrás de si. Riley, tentando parecer casual, se virou para a entrada do vestiário enquanto Kiara, seguida por Diana e Star, entravam.

— Oi, Riley — disse Kiara, forçando um sorriso falso entre os lábios com gloss exagerado — Você viu a Marianne por aí? A gente só queria... conversar com ela — percebendo o semblante de Riley, mudou a voz. — Ela esqueceu o caderno de química comigo, hoje temos um exercício importante, gostaria que ela pegasse... não quero que ela fique na pior.

Riley cruzou os braços, tentando parecer despreocupada. — Não, não vi ninguém aqui além de mim. E, sinceramente, se vocês estão procurando confusão, este não é o lugar. Até porque, esse papo de caderno de química, não rolou, Kiara.

Kiara levantou uma sobrancelha, desconfiada. — Tem certeza?

— Absoluta — respondeu Riley firmemente. — Agora, se me dão licença, eu tenho que me preparar para as aulas.

Diana e Star trocaram olhares, mas Kiara finalmente deu de ombros. — Tudo bem, vamos procurar em outro lugar. Vamos, meninas.

As três saíram, e o vestiário ficou em silêncio. Riley esperou até ter certeza de que elas estavam longe antes de se aproximar do armário onde Marianne estava escondida.

— Pode sair, elas já foram.

Marianne abriu a porta lentamente, seus olhos ainda cheios de medo. — Obrigada, Riley. Eu não sei o que teria feito sem sua ajuda.

Riley deu um sorriso encorajador e bobo, pela a garota já conhecer seu nome, e claro para não ficar com clima de uma sabe e a outra não, ela dispensou as apresentações — Não precisa agradecer, Marianne. Ninguém merece passar por isso.

Marianne, ainda envergonhada, começou a recolher suas coisas rapidamente. — Eu... preciso ir. Obrigada novamente.

Antes que Riley pudesse dizer mais alguma coisa, Marianne saiu apressadamente, deixando para trás um desenho que havia caído de seu caderno. Riley pegou o desenho e ficou surpresa ao ver que era uma ilustração detalhada do refeitório da escola, com várias figuras sentadas nas mesas. Uma das figuras, desenhada com um cuidado especial, era claramente ela mesma, com seu uniforme de hóquei.

Riley olhou para o desenho por um longo momento, sentindo uma mistura de admiração e pena. Aquele encontro inesperado a havia tocado de uma maneira que ela não esperava. Ela guardou o desenho cuidadosamente, decidida a devolvê-lo a Marianne quando tivesse a oportunidade, mesmo que tenha se apegado ao desenho da garota.

Espero que você tenhamm gostado do capítulo!!!!!

Rosa é a cor do amor - Riley AndersenOnde histórias criam vida. Descubra agora