Bem, para ser o mais sincero possível, definitivamente não esperava que passar tempo com a pessoa que odiou por quase mais de um ano fosse bom, mas estava errado. Por onde andava ouvia uma série de elogios dirigidos ao garoto. Amigável, atraente, agradável, ambicioso e até atencioso. Muitos adjetivos com A, e Bradley odiava, odiava muito que o tal garoto era ninguém menos do que Max. Diferente dele, Bradley não se encaixava em nenhun adjetivo com a letra A, talvez com I; insensível, irresponsável, iguinorante, impaciente, injusto e o que menos gostava, inseguro. Uma parte dos xingamentos foram dados por garotas que gostavam dele, a outra parte vindos de seu pai e o último vindo de si mesmo.
Costumava ser super confiante e ter uma autoestima nas alturas, mas ela começou a despencar. Quando um certo garoto em que Bradley estava mais interessado do que deveria se recusou a entrar em seu grupo, pensou que não tivesse sorrido o suficiente, já que todos caiam aos seus pés ao vê-lo. As coisas não melhoraram muito para Bradley quando viu que o mesmo garoto estudava na sua faculdade. Tentou roubar as garotas que ele gostava, até fazer seu pai se virar contra o garoto para fazê-lo perder uma estúpida corrida de skate e ainda sim não conseguiu tirar o sorriso da cara do outro. Bradley estava vendo Max receber o troféu que, em seu ponto de vista, deveria ser seu. Tinha um leve pesar por ter trapaceado, mas queria ganhar. Engoliu o orgulho e estendeu sua mão para seu não mais concorrente, que ainda sim deu um sorriso. Um turbilhão de pensamentos invadiram a cabeça de Bradley, tinha trapaceado e provavelmente feito a vida dele um inferno, e mesmo assim Max sorria para si. Por um momento aterrorizante, sentiu seu coração pular uma batida.Era um novo dia, que poderia ter sido ótimo se não tivesse sido expulso de casa por seu pai por uma acusação horrível. Seu pai disse que ele gostava de...garotos? Da onde seu pai tinha tirado isso? Lágrimas saiam de seus olhos enquanto pedia desculpas e implorava para ficar na casa em que cresceu, mas não adiantou. Pelo menos deu a Bradley tempo para pegar suas coisas, e assim foi até os dormitórios da faculdade, o único lugar que poderia ficar. Rezou para que seu colega de quarto não fosse um bagunceiro sem noção, mas suas preces não foram atendidas já que encontrou seu novo lar parecendo um chiqueiro. Tudo piorava cada vez mais e sentia vontade de chorar, e aí que seu colega de quarto entrou e Bradley quase se matou ali mesmo. Tinha que ser o famoso Max, óbvio.
O único adjetivo com I que se encaixava em Max era "insistente"
Mesmo Bradley deixando claro que não queria amizade, Max insistia em chamar o outro para fazer coisas bestas, como andar de skate. Ao longo do tempo, esses momentos que passavam juntos começaram a ser sua fonte de energia para o resto do dia, estava feliz e se distraindoTinham acabado de voltar da pista de skate quando começaram uma mini conversa
"Mas estou disposto a tentar" essas palavras pareciam ter saído em câmera lenta da boca de Max. Bradley não estava acustumado com gente gentil assim, tanto que ficou desconfortavel, quase desesperado para dair dali, mas mesmo assim não deixou de dizer algumas outras palavraa para o outro
"Até mais, idiota"
