A solução para Bradley esquecer o que tinha acontecido era encher a cara com tudo que via pela frente. Seus batimentos ficaram acelerados e ter chegado perto assim de alguém não era normal e isso estava o assustando. Quando Max saiu, na hora entrou de volta na festa, pegou uma garrafa e quando percebeu, pessoas o cercavam para o ver virar a garrafa toda. Uma, duas, três garrafas e não foi o suficiente para esquecer o que estava acontecendo. Passou mais uns 30 minutos e a vontade de ir embora voltou
Max bebeu um pouco mais depois de voltar a festa, mas nada exagerado. Roxanne tinha o puxado para longe e não hesitou em xingá-la mentalmente, se perdendo propositalmente da menina. Tinha tanta gente que era impossível andar sem ninguém esbarrar em você, mas ainda sim conseguiu ver uma rodinha pequena de gente e no centre, Bradley, que virava uma garrafa feito louco. Tentou chegar até Bradley, mas ele foi em direção à porta do lugar, essa que foi barrada por mais uma montanha de gente, mas comseguiu chegar lá e sair da casa, encontrando Bradley, que andava lentamente em direção na rua
"Brad?!!" Max tentou chamá-lo, mas o outro pareceu não escutar, então andou com o passo apressado até ele e segurou seu braço
"Me larga!" Bradley fez um movimento brusco ao mexer o braço que fez Max se assustar
"Calma, cara. Sou eu" tentou o acalmar, coisa que não deu certo já que Bradley apertou o passo "Espera aí!"
Max coltou a "correr" atrás de Brad, esse quase se arrastando de tão bêbado que estava
"Bradley, o que aconteceu?!"
"Me deixa em paz! Sai daqui, porra!" Dessa vez, Bradley virou o rosto com tudo e Max deu um passo para trás em surpresa ao ver seu rosto abatido. Algo definitivamente tinha acontecido na festa
"Me deixe pelo menos te levar de carro" Max ofereceu ainda atordoado e o outro pareceu assentir em silêncio. Depois de muito esforço, conseguiu colocar Bradley no banco da frente e se sentou junto para dirigir, não tinha bebido muito assim então até que conseguia dirigir
Max acordou com a cabeça levemente latejante. Se sentou na cama olhando para os lados como se tentasse saber onde estava, então lembrou do tratamento nada amigável que recebera de seu colega de quarto na noite anterior. Ele me deve uma, pensou Max. Se virou para Bradley, que estava obviamente acordado e resmungando coisas sobre dor de cabeça. Pegou um remédio para ressaca em suas coisas e hesitou antes de jogar uma cartela do remédio na cama do outro. Bradley se sentou na cama e tentou entender o que tinha o atingido, depois mexeu a boca falando algo que Max acreditou ser um "obrigado". Max teria ficado bravo pelo jeito que foi tratado no dia anterior, mas ao ver o estado de Bradley com olhos vermelhos quase fechados e olheiras profundas demais, ficou meio estático
"Se algo tiver acontecido na festa e precisar conversar, estou aqui" Max tentou ser compreensível. Bradley abriu a boca para falar algo, mas saiu apenas um "hm". Desistindo, Max colocou uma regata branca que sempre usava e saiu do quarto
Bradley acordou com uma dor de cabeça imensa quando sentiu algo o atingir ainda deitado. Era um remédio dado por Max. Tiveram uma conversa de menos de 30 segundos e Max saiu. Depois de muita luta contra a dor da ressaca, conseguiu se levantar e colocar uma roupa apresentável, agora pronto procurar uma certa pessoa. Saiu pelos corredores, depois foi até a cafeteria onde achou Mocha junto de seu namorado. Bradley suspirou pesadamente, se sentou numa mesa e começou a encarar a amiga com um olhar mortal. Depois de um tempo a garota que estava rindo logo percebeu Bradley e percebeu que o mesmo queria falar com ela. Inventou uma desculpa convincente para PJ, que pareceu triste, e saiu do lugar logo sendo seguida por Bradley
"Obrigada por estragar meu encontro" ironizou Mocha antes de sentar num banco próximo e dar uma olhada no amigo "Jesus! Você parece um zombie!"
"Uau, obrigado" Bradley suspirou e fez uma longa pausa "Ultimamente eu tenho me sentido...estranho" começou ele mexenso nervosamente nos dedos
"...Estranho como?" Mocha estava visivelmente confusa
"Estranho em relação à uma pessoa. Eu me sinto...nervoso eu acho, muito. E é horrível quando vejo ela com outras pessoas"
"Meu. Deus. Bradley, você está apaixonado!" Mocha exclamou depois de ligar os pontos
"Não estou não!" Bradleu elevou o tom de voz
"Negue o quanto quiser, mas quem é a azarada?" Insistiu Mocha vendo Bradley cobrir o rosto com as mão
"Não é uma menina" Bradley murmurou e a amiga ficou sem palavras
"Bem, tá aí uma coisa que eu nunca esperaria! Bradley Uppercrust gostando de um menino! Hahahahahah..."
Mocha percebeu tarde demais que estava deixando a situação muito mais tensa para Bradley. Colocou uma das mãos em cima do ombro do amigo, tentando o reconfortarMax estava no quarto sozinho quando ouviu a porta abrir anunciando a chegada do seu colega de quarto grosseiro
"Oi..." para surpresa de Max, Bradley falou primeiro
"Oi." Max respondeu
"Sabe, na festa ontem, eu tava tão bêbado que provavelmente falei muita merda, então..." Bradley falava de costas mexendo em coisas aleatórias na mesa de cabeceira
"Isso por acaso é um pedido de desculpas, Bradley?" O humor de Max pareceu melhorar
"...Talvez"
"Talvez, hã. Entendi. Mas estou mooorto de fome, não tenho energia pra desculpar ninguém agora, talvez se alguém me levasse na cafeteria..." Max se segurou para não rir da cara do outro
"Ugh, não acredito. Vamos logo então" Bradley se deu por vencido, vendo o sorriso que aparecera no rosto de Max que ia até a porta
Porra, Bradley pensou. Eu realmente estou me apaixonando
Mano se vc achava q eu ia fazer aquelas falas esquisita da Mocha errou, eu n sou poeta n porra