praia.

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𝒃𝒓𝒂𝒔𝒊𝒍,2024 𝒑𝒐𝒘𝒆𝒓 𝒐𝒏𝒆.

Yvy e Luiza caminhavam lado a lado pela trilha que levava até a praia. O som das ondas quebrando ao longe misturava-se com o farfalhar das folhas sob seus pés. A noite estava serena, e a lua cheia iluminava o caminho com uma luz prateada.

As duas conversavam em voz baixa, compartilhando sonhos e memórias, rindo de histórias antigas. O ar noturno estava fresco, e a brisa do mar trazia um leve cheiro de sal. Yvy parou por um momento para observar as estrelas, maravilhada com o céu límpido. Luiza, percebendo o encanto da "amiga", sorriu e pegou sua mão, puxando-a gentilmente para continuarem.

Finalmente, chegaram à praia. O mar estendia-se à frente delas como uma imensa manta escura pontilhada de reflexos prateados da lua. As ondas iam e vinham, deixando um rastro de espuma na areia. Yvy e Luiza tiraram os sapatos, sentindo a areia fria sob seus pés descalços. Caminharam até a beira da água e sentaram-se, observando o mar infinito.

Enquanto conversavam, o tempo parecia suspenso. A noite avançava, mas para elas, era como se o mundo estivesse em pausa, esperando por suas histórias e risadas. Aos poucos, a conversa diminuiu, dando lugar a um silêncio confortável. A maré subia devagar, e a água tocava seus pés, refrescante e suave.

O céu começou a clarear lentamente, anunciando a chegada do amanhecer. As estrelas desapareceram uma a uma, dando lugar a um azul suave. A linha do horizonte começou a tingir-se de laranja e rosa, e o sol surgiu majestosamente, espalhando raios dourados sobre o mar. Yvy e Luiza assistiram ao espetáculo em silêncio, sentindo-se parte de algo maior e mais belo.

Quando o sol já estava alto no céu, Yvy se virou para Luiza e sorriu. "Foi uma noite perfeita", disse ela. Luiza concordou com um aceno, segurando a mão de Yvy com carinho. As duas se levantaram, sacudiram a areia das roupas e começaram a caminhar de volta, sabendo que aquela noite seria uma memória especial para sempre.

À medida que Yvy e Luiza caminhavam de volta pela praia, o sol aquecia suas peles, dissipando o frescor da madrugada. A areia estava macia sob seus pés descalços, e ocasionalmente elas olhavam para trás, para o mar ainda brilhando sob a luz matinal.

Elas não tinham pressa. Cada passo era um momento de contemplação silenciosa, absorvendo a tranquilidade da praia despertando para um novo dia. Yvy comentou sobre como o nascer do sol era sempre um lembrete de novas oportunidades, uma renovação de esperanças e sonhos. Luiza concordou, lembrando-se de como, na infância, costumava vir àquela mesma praia com sua família.

Conforme caminhavam, encontraram conchas e pequenas pedras polidas pelas ondas, cada uma delas uma pequena lembrança daquele momento especial. Decidiram colecionar algumas como recordação, guardando dentro de um pequeno saco que Luiza sempre carregava na bolsa.

Ao alcançarem o final da trilha que levava de volta à cidade, o sol já estava alto no céu. Elas se viraram mais uma vez para olhar a praia, sentindo uma gratidão profunda por terem compartilhado aquele momento juntas. Yvy abraçou Luiza com carinho, agradecendo por terem feito aquela caminhada.

De mãos dadas, seguiram o caminho de volta à civilização, levando consigo não apenas as conchas e pedras, mas também a memória vívida de uma noite que se transformou em um amanhecer mágico.

À medida que Yvy e Luiza voltavam para casa, o calor do sol aumentava gradualmente, contrastando com a frescura da praia ao amanhecer. O caminho de volta levava-as por uma trilha cercada por árvores altas, cujas folhas balançavam suavemente com a brisa matinal. Os pássaros cantavam animadamente, saudando o novo dia que se desdobrava diante delas.

Enquanto caminhavam, Yvy começou a falar sobre seus planos para o futuro, inspirada pelo renascimento simbólico que o nascer do sol lhes trouxera. Ela expressou seu desejo de viajar mais, explorar novos lugares e aprender sobre diferentes culturas. Luiza ouvia atentamente, admirando a determinação e o entusiasmo de sua "amiga".

Luiza, por sua vez, compartilhou seus próprios sonhos, revelando um desejo antigo de se dedicar mais à pintura, uma paixão que havia ficado um pouco de lado nos últimos tempos. Ela falou sobre como a tranquilidade da praia e a beleza do amanhecer a inspiravam artisticamente, despertando um desejo renovado de criar.

Enquanto conversavam, perceberam que aquela noite e manhã na praia não eram apenas um evento isolado, mas um ponto de inflexão em suas vidas. Ambas sentiram uma conexão mais profunda não apenas uma com a outra, mas também com seus próprios sonhos e aspirações. Era como se o amanhecer tivesse trazido clareza e determinação para seguir em frente.

Chegando ao final da trilha, Yvy e Luiza se despediram com um abraço caloroso, prometendo manter viva a lembrança daquela experiência especial. Cada uma seguiu seu caminho, levando consigo não apenas as conchas e pedras coletadas, mas também a certeza de que aquele amanhecer na praia seria um marco em suas vidas, lembrando-as sempre da beleza e da serenidade que encontraram naquela noite mágica.

a filha do neto.(felipe e brunaOnde histórias criam vida. Descubra agora