Noah Godoy parece apenas um jovem padre da pacata cidade de Tremência. O que a população atormentada por criaturas da noite não sabe, é que além de ouvir as confissões dos fiéis durante o dia, Noah é um caçador de vampiros e demônios durante a noite...
Boa noite, nenéns. Não vou abrir um cap só pra avisos, então vou deixar eles aqui. Por favor, atentem-se antes de começar a leitura. ⚠️ Essa é uma obra original, não tratem como fanfic. Obrigada. ⚠️ Os capítulos serão curtos e as atualizações um pouco mais rápidas também. ⚠️ A obra é uma fantasia e não tem a intenção de ofender qualquer crença, ou religião. Também não ofendam nos comentários. ⚠️ Contém cenas de violência e conteúdo sexual.
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Na frente da pequena igreja da cidade de Tremência, à meia-noite, o Padre Noah perfurava as vísceras de um demônio.
A luz da lua filtrava-se pelas vitrais, pintando o chão de azul e vermelho. O ar estava impregnado com o cheiro de incenso e velas derretidas. Enquanto o cabelo escuro se ondulava ainda mais com o vento, os olhos cinzas se atentavam à adaga forjada de um metal raro, que ele segurava.
Noah não era um padre comum. Seus pais, devotos e tradicionais, sonhavam que ele seguisse os passos do clero desde a infância. No entanto, seu coração pulsava com uma paixão diferente. Ele ansiava por algo mais, algo que não podia ser encontrado nos sermões ou nas vestes sagradas.
Na infância, já sentia uma conexão com o sobrenatural. Sonhos vívidos o assombravam, visões de criaturas sombrias e olhos flamejantes. Não conseguia ignorar esse chamado. Enquanto seus colegas de seminário estudavam teologia, ele mergulhava nos antigos textos sobre exorcismo e caça aos demônios.
Desde que escondeu sua primeira adaga sob a batina, e enfrentou um dos seres obscuros que via, não conseguiu mais parar. A adrenalina pulsava em suas veias, e a ansiedade se misturava com a determinação.
Os primeiros encontros foram brutais. Demônios retorcidos emergiam das trevas, mostrando suas garras afiadas e olhos famintos. Noah não se importava com o cansaço, ou o perigo. A igreja era apenas um ponto de partida. Sua verdadeira missão estava nas ruas escuras, onde o mal se escondia.
Enquanto a lua o observava em silêncio, mais alguém também o fazia. Lucian, um vampiro de olhos vermelhos, como brasas ardentes, acompanhava cada movimento do jovem padre. Escondia-se nas sombras das escadas de pedra que o levavam ao alto dos sinos da igreja, atraído pela coragem incomum do padre. Via que sua fé era diferente, e a sua devoção singular. Ele não rezava pelos pecadores; ele os enfrentava cara a cara.
O sorriso de Lucian era um misto de escárnio e fascinação. O padre, com sua batina preta e adaga prateada, era uma figura intrigante. O vampiro não se importava com a fé, ou os dogmas; buscava algo mais visceral. A coragem de Noah o excitava tanto que lhe dava água na boca, e o perigo que o mortal enfrentava era irresistível.
Os músculos de Lucian se retesavam enquanto ele se inclinava sobre o parapeito. Seus dedos pálidos agarravam a pedra fria, e ele sentia a pulsação acelerada de suas veias imortais. O vento bagunçava seus cabelos loiros, e ele fechou os olhos por um momento, absorvendo a energia da noite junto com o cheiro do corpo suado do padre, por baixo do tecido.
