Noah Godoy parece apenas um jovem padre da pacata cidade de Tremência. O que a população atormentada por criaturas da noite não sabe, é que além de ouvir as confissões dos fiéis durante o dia, Noah é um caçador de vampiros e demônios durante a noite...
Boa noite, nenéns. Cheguei com mais um capítulo e, dentro de instantes, a versão do SCRIV tbm estará postada.
Mesmo quem for ler lá depois, comente aqui tbm 🥹 Tem a pkaylist de Encontro Noturno no Spotify, pra quem quiser ouvir. Boa leitura!
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Noah afundou nas profundezas do sono, as pálpebras pesadas como pedras. O mundo real desvaneceu, e ele se viu em um lugar entre a vigília e o sonho. Era um lugar onde as regras da realidade se dissolviam, onde os desejos mais obscuros ganhavam vida.
E lá estava Lucian.
O vampiro estava de pé, imóvel como uma estátua, os cabelos loiros voavam conforme o vento queria, e os olhos eram como poços sem fundo, sugando Noah para dentro. Ele usava roupas escuras, uma mistura de elegância e decadência. As presas afiadas brilhavam à luz fraca, e Noah sentiu o coração acelerar.
Lucian se aproximou, movendo-se com uma graça sobrenatural, não pisava no chão; flutuava. Seus dedos tocaram o rosto de Noah, e o padre sentiu o frio da pele, a eletricidade da conexão.
"Seu corpo clama por mim, Noah" sussurrou, com a voz convidativa.
Noah queria negar, queria lutar contra o tesão, mas seu corpo estava em chamas, cada célula ansiando pelo toque do vampiro. Ele viu imagens: beijos roubados, corpos entrelaçados, o gosto do pecado.
ㅡ Não... ㅡ sussurrou ele, mas a palavra se perdeu no ar.
Lucian se ajoelhou junto à cama, e afundou o rosto entre suas pernas. Ele cheirava a terra úmida, e noites sem fim.
O padre tentou se afastar, mas suas pernas não obedeciam. Sentiu o calor do corpo de Lucian, a pressão dos lábios nos seus. O vampiro lhe beijou, e o mundo explodiu em sensações. Era como se estivessem caindo em um abismo. Noah não queria parar.
Todavia, como se o próprio sonho se rebelasse, o padre acordou em meio a um vendaval de sensações. O quarto estava escuro, apenas a luz da lua filtrava pelas cortinas. Noah sentou-se na cama, o suor escorria por sua testa, e ele ofegava como se durante o sonho inteiro não tivesse respirado.
E lá estava Lucian, sentado de pernas cruzadas na poltrona de frente para a cama, os olhos de sangue encarando o peitoral suado do padre. O vampiro não parecia surpreso ou ameaçador, na verdade, parecia até um pouco sem fôlego também, mesmo disfarçando.
ㅡ Então prefere que eu te chame de Noah, assim como no sonho? ㅡ sussurrou, quase gentil.
O padre passou a mão pelo rosto, como se pudesse exorcizar as imagens que o atormentavam. Não sabia se estava sonhando ou acordado. O toque de Lucian ainda queimava em sua pele, e o tesão o prendia como uma corrente de toneladas. Quando percebeu que seu corpo reagiu cruelmente ao sonho, pegou um travesseiro, desesperadamente, e cobriu a região da virilha.
ㅡ Não se envergonhe, você acordou, mas o desejo permanece. ㅡ Lucian deslizou a língua nos lábios, de forma lenta.
ㅡ A culpa é sua, você me induziu ㅡ acusou, sentindo a garganta seca.
