𝐂𝐚𝐩 2 - É realmente amor?

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P.O.V João Romania:

Já é noite, e estou deitado na minha cama, com as janelas abertas sentindo o clima fresco que estava lá fora enquanto rolo os vídeos do tiktok

Eu e Helena combinamos de sair daqui a mais ou menos uma hora, e como já separei uma roupa, já tomei banho e meu cabelo é raspado, não tem muito o que fazer a não ser esperar

Como já disse antes, eu e Helena não temos nada sério. Ficamos amigos depois de uma vez que ficamos como dupla pra um assalto, e como acharam que nós formamos uma boa dupla de ataque, as missões juntos ficaram frequentes

Ela era legal ( no começo era bem mais que agora) e era engraçada, nós dávamos altas gargalhadas juntos. E com o tempo, criamos intimidade e ela começou a flertar comigo, e sendo sincero, ela sempre foi muito linda e atraente em meu ponto de vista, então, flertei de volta

Isso rendeu alguns beijos, ficadas e um romance leve, mas nunca tivemos nada além disso, e tudo ficava apenas entre nós ( mas eu contava pra Malu)

Parece que com o tempo ela perdeu o jeito dela e virou uma mimada louca por atenção, ou eu que me irritei com sua presença por muito tempo, só que parece que eu ainda gosto dela. É esquisito

Mas mudando de assunto, estive pensando nessa tal missão, nesse "feito incrível" desde que saí pela porta daquela cafeteria de fachada

Invadir aquela festa e tentar roubar ou fazer qualquer outra coisa é uma missão suicida

E eu sou obrigado a participar

Na verdade, ir ou não ir levaria ao mesmo destino, mas prefiro morrer fazendo meu trabalho

E por mais que eu até goste do meu trabalho, o mundo do crime nunca foi uma ideia que esteve presente na minha cabeça

Meus pais me matariam se estivessem aqui pra ver o que eu me tornei...

A, eu acho que não contei minha história ainda. Não é? Bom, vamos lá

Minha família era eu, minha mãe (Catarina), meu pai (Carlos) e minha irmã (Isabela)

Nós tínhamos boas condições e levávamos uma boa vida.

Mas um dia, quando estávamos voltando de um passeio no zoológico, um acidente ocorreu e destruiu nossas vidas.

Um caminhão totalmente desenfreado veio em nossa direção e nós batemos de frente com ele.
A única coisa que eu lembro depois disso é dos faróis, eu era muito novo pra ter quaisquer lembrança mais clara

Meus pais foram a óbito, mas eu e Bela continuamos vivos e fomos levados a um orfanato, já que nenhum familiar nos queria e as famílias eram muito brigadas

O orfanato era um lugar sujo, os funcionários tratavam todas as crianças muito mal, e as crianças implicavam comigo e com a Bela. Era horrível. Ficamos lá até ficarmos um pouco mais velhos, e planejamos uma fuga

Era madrugada, mais ou menos 2:00 da manhã, abrimos a janela, pulamos e saímos correndo o mais rápido possível. Não pensamos em lugar pra ficar, não pensamos em sequestradores, em bandidos e nem consequências, só pensávamos em sair de lá

Ninguém daquele lugar ligava pra nenhuma criança, nem tentaram ir atrás de nós depois do sumiço

Depois de sairmos de lá, não tínhamos nada nem ninguém, e precisávamos sobreviver. E pra isso, eu comecei a roubar comida e dinheiro pra comprarmos água

Eu fui roubando por um bom tempo sem ser pego, mas toda noite, quando Bela dormia, eu chorava, envergonhado de mim mesmo e do que eu estava fazendo

Eu nunca quis isso! Meus pais sempre me ensinaram o certo e o errado, e eu estava fazendo tudo ao contrário

𝐂 𝐎 𝐑 𝐈 𝐍 𝐆 𝐀 - pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora