O alívio que eu senti quando aqueles olhos encontraram os meus, é indescritível. Por debaixo da mesa, eu assisti o homem de cabelos grisalhos, massacrar aqueles homens que mataram os meus pais sem esforço algum. Ele parecia insano, matou cada um deles das mais variadas formas, e com o que ele via pela frente.
— Onde ela está!?- Ele perguntou, de forma ameaçadora bem próximo do rosto de um deles. Ele está procurando por mim? Permaneço em completo silêncio, imóvel.
— Eu não sei, ela se escondeu!- O homem respondeu, parecia apavorado. Ele matou aquele cara com um simples tiro na cabeça, e o jogou longe. Fechei os olhos, apesar de estar aliviada por ele ter matado todos aqueles homens, não sei quem ele é.
— Péssimo lugar para se esconder, é o primeiro lugar onde iriam procurar.- Minha canela foi agarrada, e meu corpo foi arrastado pelo chão da sala.
— Sério? eles nem suspeitaram…- Me afastei do homem imediatamente.- Quem é você? É algum amigo dos meus pais? Não me lembro de você.- Ele me analisou de cima a baixo, sem expressão alguma em seu rosto, ele me deixava nervosa com aquela calmaria e silêncio todo.
— Quando eu te vi pela primeira vez, nem dentes você tinha.- Fiz uma careta, o homem permaneceu ali, parado me encarando.
— Qual é o seu nome?- Perguntei, eu ainda estava com um pé atrás, qualquer movimento suspeito e eu vou explodir a cabeça dele com a arma que peguei do chão enquanto ele me arrastava.
— Duncan…- Minha boca se abriu em um perfeito, “O” esse é o tal Duncan, ele é muito mais assustador do que eu imaginei.
— ah sim, o meu é…- Ele virou as costas, me ignorando completamente, fui atrás dele, agora que sei quem ele é, sei que vai me proteger. Minha mãe e meu pai me contaram quase tudo sobre ele, não o que eu queria saber, só a parte sangrenta e a personalidade estranha.- Eu estou falando com você…
— Lilith, eu sei o seu nome.- A voz dele era mais bonita do que minha mãe descreveu, era gostosa de se ouvir.- Me dá isso!- Ele se virou de frente para mim, com aquele rosto inexpressivo, parecia que ele estava sempre sofrendo.
— Te dar o que?- Me afastei alguns passos dele, ele apertou os olhos minimamente, o que não passou despercebido por mim, é engraçado, é como se ele lutasse contra as próprias expressões do rosto dele.
— O que vai fazer com isso? Sabe atirar?- Ele não estava debochando de mim, parecia só querer saber, então encarei a arma, chequei se ainda tinha munição, e apontei a mesma para a cabeça dele. O velho ficou levemente surpreso, notei quando suas sobrancelhas se ergueram levemente.- Agora aperte o gatilho.- Apertei, porém acertei o vaso atrás na estante, um pouco atrás dele, bem ao lado de sua cabeça.
— Eu sei, mas nunca atirei em ninguém, e espero que você não seja o primeiro em que eu tenha que fazer isso.- Suas sobrancelhas se ergueram novamente, por milésimos de segundos.- Meus pais falavam muito de você.- Dessa vez, eu virei as costas para ele, subi as escadas e adentrei o meu quarto, escutando os passos dele logo atrás de mim.
— O que está fazendo?- Ele se escorou na porta, me encarando de lá, enquanto eu apenas observava as árvores pela janela sentada na minha cama.
— Eu não quero ficar lá embaixo ao lado do corpo morto e baleado dos meus pais.- Ele ergueu a cabeça dessa vez, coçou o queixo, e suspirou arrumando a postura, guardando a arma na cintura.
— Vou dar uma volta pelos arredores da casa, quero ter certeza de que não sobrou nenhum deles por aí.- Apenas concordei em silêncio, eu ainda estava tentando entender o que aconteceu naquela sala.- Quando eu voltar, nós vamos embora.
— Pra onde?- Ele obviamente me ignorou, ele parecia pular e não andar, era muito rápido.Duncan deixou claro que ia me tirar daqui, iríamos a algum lugar. Fiquei apavorada, e ansiosa também, vou para um lugar novo, não para outra casa grande onde vou ser trancada. Fiz uma mala pequena com algumas coisas de higiene pessoal e algumas peças íntimas, e coloquei uma mochila com roupas e outras coisas nas costas.
— Por que está levando tão pouco?- Respirei bem fundo, me controlei para ele não perceber que eu tinha me assustado.
— É só disso que eu preciso.- Ele concordou em silêncio, e pegou a pequena mala da minha mão.- Para onde estamos indo?
— Preciso dos seus documentos, estão com você?- Balancei a cabeça positivamente.- Tem uma aparência adorável, logo vai ter uma nova família.
— Nova família? Do que você está falando?- Parei de caminhar, fiquei para trás no corredor. Ele também parou e olhou para trás me encarando.
— Tenho cara de babá por um acaso? Não posso ficar com você, se quiser posso mudar o seu nome e tudo mais. Vão cuidar bem de você…
— Vai me abandonar em um orfanato?- Ele soltou o ar pelo nariz e fechou os olhos por alguns segundos, percebendo que aquela conversa seria mais longa que o desejado.
— Não sou o seu pai para te abandonar, fique à vontade para pensar o que quiser, mas eu não sou responsável por você.- Ele virou as costas para mim de novo.
— É claro que você é, eu não seria uma órfã se não fosse por você!- Ele me olhou de canto de olho.- Estavam a sua procura, e você chegou tarde demais para salvar eles, portanto, morreram por sua causa, você é sim responsável por mim, e nem se quisesse conseguiria me largar em um orfanato, fiquei sabendo que não aceitam garotas de dezenove anos.- Ele bufou, concordou comigo silenciosamente, quem cala consente, e esse homem não gosta muito de falar, então vou me dar bem com ele.
— Isso não significa que devo ficar com você, já é adulta, sabe como usar uma arma…
— Pareço uma adulta para você?- Eu de fato não parecia, por ser magra, ter o rosto redondo, a pele tão clara e os cabelos enormes, eu parecia uma garotinha de quatorze anos, ou menos.
— O que quer que eu faça? Carregue você por aí? Sabe bem o perigo que vai correr, com o que estamos lidando, ter que me preocupar com você vai me atrapalhar, e vamos acabar os dois mortos por isso.- Suspirei negando com a cabeça.
— Como você mesmo disse, eu sei usar uma arma, posso te ajudar com muita coisa, aprendi a cuidar de ferimentos, meus pais eram como você, eu posso ajudar…
— E?- Ele sabia que tinha mais, sabia que eu queria alguma coisa.
— Quero que me ensine a fazer aquilo.- Uma de suas sobrancelhas quase inexistentes se ergueu.
— Ensinar o que?- O homem parecia impaciente, mas eu não me importava, eu estava pior.
— Você sabe…matar pessoas.- Ele soltou um arzinho pelo nariz, numa tentativa falha de zombar da minha cara.- Eu posso fazer isso…
— Com esse físico? Com certeza.- O homem voltou a caminhar, passou pela porta dos fundos, e antes de fazer o mesmo respirei fundo, faz tempo que não saio pro lado de fora.⠀⠀ ⡠⠒⢄ ⠀⠀ ᨘ⡴⠒⢦⣀⠔⠒⢄
⠀⠀ ⡏ ⠀ ⠉⠉⠉⣽⠀⢴⣷⠛⢲⠶⠚⣄
⠀⠀ ⢸ ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠓⠚⠛⠤⡞⠛⠀⡞
⠀⠀⢸ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ᱸ⠉⢉⣇⣀⣀
⠉⠉⣇⡀ ⣶⠀⠀ ⣀⠀⠀ ⣶⠀⠀⣾⠤⠤
⢎ ⠡⠨ ⣃⡀ ⠀⠀⠀⠉⠀⠀⠀ ⡸⠒⠒
⢸⢴⠉⠂⣘ᱸ⠖⢶⠒⠒⡶⢲⠒⡞⢣
⠀ ᱸ⠢⣉⣁⠜⠒⢄ ⠉⠉⠀⡠⠋⠉⠉
⠀⠀ ⠑⠒⠓⠒ᱸ
⠀⠀⠀⠀⠀
achei um site onde tem esses negócios butinitinhos, tô apaixonada!⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O nome do site: kaomoji!
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐒𝐔𝐑𝐕𝚰𝐕𝚰𝐍𝐆
FanfictionDuncan vizla, um assassino profissional aposentado, se vê de volta ao trabalho, e com uma companhia adorável, quando recebe um pedido de ajuda de seus velhos melhores amigos, que são brutalmente assassinados por homens que estavam à procura de vinga...