— Ela é linda, amiga. — Jessie admirava Adeya adormecida.
Ela já estava com 3 meses e hoje Victoria precisou deixá-la comigo.
— Ela é. — sorri fraco.
— Parece uma mistura de vocês duas. — diz, vindo se sentar na poltrona a minha frente.
Eu me levantei apenas pra colocar Adeya em seu quartinho na minha nova casa. Era maior e, tinha decorado aquele lugar apenas para ela.
— O que você tem? — pergunta Jessie, assim que volto para sala.
Peguei o cigarro já aceso em sua mão, me sentando de volta e dando uma tragada.
— Saudades. — choramingo, soltando a fumaça.
— Vocês não trocaram nenhuma mensagem depois que ela foi? — quis saber — Já deve fazer o quê? 1 ano?
— Ela não me mandou mensagem, e eu disse que não iria atrás dela se fosse embora! — frizo — Ainda estou com raiva, magoada pra caralho e...
— Morrendo de saudades. — Jessie me completa e eu assinto.
— Morrendo. — enfatizei, fingindo choro e ouvindo minha amiga rir — Esses dias eu encontrei essas fotos aqui.
Puxei o celular do bolso, desbloqueando o aparelho justamente nas fotos que há pouco tempo estava admirando. Era Annie, ela segurava a tartaruga de Ash, Teresa.
Ash sempre esqueceu da pobre coitada e quem acabava cuidando éramos nós duas.
Jessie olhou a foto, revirando os olhos por eu praticamente derreter só de ver. E ainda as ter guardadas.
— Uma vez ela mordeu o dedo da Annie, quase arrancou pedaço, ela ficou desesperada e correu pra mim...Af! — suspiro, desligando a tela do celular.
— Misericórdia. — murmura — Você ainda é caidinha por ela.
Estalei a língua, encolhendo meus ombros.
— Eu entendo que realmente era impossível de ficarmos juntas, ela já tinha saído de um relacionamento tóxico e estava desgastada, — conto — mas sei lá, eu... Queria ser capaz de não pensar tanto nisso.
— Nem sempre o amor é suficiente pra fazer algo durar, Lani. — Jessica diz, ascendendo outro cigarro já que eu roubei o seu — Sinto muito, sei que você era louca pela loirinha.
Tentei não parecer tão melancólica, já que meu peito ardia por ela. E parecia ser literalmente IMPOSSÍVEL de encontrar uma saída pra me libertar disso. Parece que a solução da minha vida vinha sendo a gente se acertar.
Mas enfim, do que adianta eu me sentir assim? Porra nenhuma.
— Tem que sair mais, conhecer outras pessoas — a morena sugere, gesticulando — você saiu totalmente da pista, pô.
— Mas sem vontade também? Não consigo sequer pensar em outra mulher. — digo — E eu sei que se eu ficar com qualquer uma, vou gemer o nome dela. Como acontecia antes.
— Vou te levar no puteiro.
Fala e eu a olho, gargalhando.
• as fotinhas que a kehlani guarda;
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