"Assim como existem dois lados de cada história, existem dois lados de toda pessoa. Um lado que revelamos ao mundo e o outro que mantemos escondido."
(Emily Thorne)
Stella Grecco, filha do don da Itália, uma jovem moça, corajosa, forte e alegre, qu...
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Roma-Italia
Acordei cedo como de costume, me levantei e fui até o banheiro escovar os dentes e esvaziar a bexiga, após fui até meu closet peguei um vestido florido médio, me vesti e fiz um coque bagunçado. Saí do quarto, caminhei pelo corredor até parar perto da escada direita, pois tinha uma esquerda, mas ambas se encontravam na parte de cima onde dava acesso aos quartos, biblioteca e o escritório do meu pai.
Desci as escadas e dei uma breve olhada na sala principal, que não tem nada de magnífico, apenas um espelho de fora a fora na parede, uma mesa para deixar os pertences, um cabideiro de casacos e alguns arranjos de flores, coisa estúpida da Abgail.
Fui para a sala de jantar que ficava do lado direito da escada, um espaço grande com uma mesa de vidro de dez lugares, uma estante de vinhos, me sentei notando a maldita da mulher do meu pai e seus respectivos filhos.
— Bom dia. — ela deu um sorriso.
— Bom, não sei para quem — me sentei.
— Stella! — meu pai me repreendeu.
Levantei as mãos em rendição.
— Pai, chamei o Matias para jantar aqui.
— Para quê?
— Ele é meu guarda-costa, gosto de ter ele perto. — dou um sorriso.
— Hum, tudo bem.
— Bom, vou indo — me levanto e pego uma maçã — Tenho que ir na empresa.
— Posso ir também? — Gianluca perguntou.
— Nem ferrando vou andar com você, bastardo — balanço a cabeça em negação.
— Cazzo! Para, ele não é bastardo e seu irmão, acho bom você começar a respeitar essa família.
— Claro, senhor Grecco.
— Não ouse usar esse tom de sarcasmo comigo, signorina — meu pai disse sério — Gian, você e o Lorenzzo vão me ajudar em uma coisa, e você signorina pode se retirar.
Revirei os olhos, me virei e saí, enquanto caminhava até a garagem observei os seguranças fortemente armados, um deles até queria me levar, mas todos sabem como eu gosto de privacidade e fora que eu sei muito bem me defender. Entrei no meu carro, uma BMW X7 preta, liguei o carro e saí.
Fui diretamente para a empresa, durante o caminho fiquei pensando nos arquivos que precisava organizar, liguei o som do carro e estava tocando a música “Set fire to the rain” da Adele, comecei a acompanhar a música a letra dizia sobre o lado que a pessoa não conhecia da outra e aquilo me pegou fundo, realmente vi minha vida na letra da música, por mais que ela esteja falando de algum romance tóxico, mas nesse refrão específico acabei me vendo.
Fiquei refletindo na letra e nem percebi que havia chegado na empresa, só me toquei quando o segurança bateu no vidro pedindo minha credencial, baixei o volume do som e também a janela.
