Capítulo 01 - Só um corpo

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Roma-Italia

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Roma-Italia

A música no fone de ouvido me impedia de ouvir os gritos do homem que estava à minha frente, ele estava amarrado em uma cadeira, seu corpo magro tremia pelo medo talvez, ou pela incerteza se ia sair vivo ou não, seus olhos mostravam o quão apavorado ele estava, seu rosto avermelhado de tanto que apanhou com diversos objetos. Tirei um dos fones por um momento para poder conversar com ele.

— Por que está fazendo isso comigo? — sua voz saiu chorosa.

— Por prazer, apenas por prazer. — dou um largo sorriso me embarcando para frente, para poder olhar ele — Você deveria ter prestado mais atenção.

— Me perdoa, eu não queria, juro — ele suplicou baixo.

— Suas súplicas não vai te livrar de mim — levantei meu corpo.

Havia um barulho irritante de lataria batendo seguindo um barulho de goteira, o som dava vividez a cena de terror, mas era irritante.

— Agora fiquei calado, vamos brincar um pouquinho. Se bem que eu acho que não vai conseguir ficar em silêncio — dou uma risada baixa, coloquei o fone novamente.

Me dirigi até a mesa de instrumentos que tinha no galpão, tirei o pano de cima e peguei uma tesoura de jardineiro, uma larga que serve para cortar cercas, caminhei até o homem que se debatia, provavelmente ele estava gritando porque só vi ele abrir a boca, o fone estava alto. Fui atrás dele, notando que suas mãos estavam fechadas firme, suspirei levantando as vistas.

"Porquê esses insetos tendem a complicar a vida."

Tirei o fone novamente, me inclinei perto do seu ouvido.

— Vamos lá, seja um bom menino e abra a mão, prometo que terá uma morte rápida, vamos lá garoto.

— Não — ele negou com a cabeça enquanto negava com a boca.

— Vamos garoto, seja comportado, obedece...se não vou arrancar a sua mão inteira, prometo que vai ser só um dedo — ele abriu a mão com hesitação — Obrigado — dei um beijo em sua bochecha.

Pus o fone novamente, ajeitei a posição, eu ia tirar só um dedo mas pela desobediência vou tirar os quatro, com a mão estendida encaixei a tesoura na junta dos dedos e uma apertada agressiva arranquei os quatro de uma vez, seus berros estridente ultrapassaram o volume dos meus fones. Sai de trás dele e fui até a mesa novamente, deixei a tesoura lá. Meu despertador tocou indicando que já havia se passado uma hora desde que entrei no lar do aconchego, nome do galpão dado pelo meu pai.

— Merda — peguei o celular, parando a música e o despertador.

Tirei os fones de ouvido, e olhei para as facas em cima da mesa.

— Gatinha, uma hora — a voz do Matias preencheu o ambiente.

— Eu sei.

— Então agiliza Cinderela, ou sua carruagem vai virar abóbora.

𝐂𝐨𝐫𝐨𝐚 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐩𝐢𝐧𝐡𝐨𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora