Four 4.

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É possível ouvir barulhos de alguém na porta.

— Espera um pouco pessoal, deve ser meu pai, depois eu retorno para vocês! — Max se despede de seus amigos através da ligação. E logo ele vai em direção a porta. Quem poderia ser aquela hora da noite?!

★ (Gatilho!)

— Quem tá aí.. Bradley?! — Dá um berro desesperado. — puta merda o que aconteceu com você?! Como você ainda tá de pé?! — Max fala extremamente preocupado sem saber o que fazer. Faz Bradley se apoiar em seus ombros e o leva para dentro. — Preciso te levar pro hospital — Max fala pegando o telefone pronto para discar o número dos primeiros socorros.

— N-não.. por favor, só me deixe dormir por enquanto. — Implora choroso.

— Cara! Olha o jeito que você está! — Max implora para levá-lo. Bradley estava com seu nariz sangrando, o corpo cheio de hematomas, branco e sensível. Mas Bradley o convence que ele precisa respirar um pouco antes de irem.

Bradley rapidamente olha o ambiente, e pede para Max pegar um copo de água, então o moreno coloca Bradley no sofá.

— Me espere aqui. — Diz suspirando pesado pelo imenso susto repentino.

Max vai até a cozinha rapidamente e pega um copo de água, ele aproveita e bebe um pouco antes, respira fundo e tenta se acalmar. E então Max volta para sala, mas para sua surpresa Bradley não estava no sofá. O Moreno escuta barulhos de choro no banheiro, e corre sem pensar duas vezes.

— Puta merda Bradley! Para com isso seu idiota! — Max gritava com o garoto que segurava uma gilete na mão. O chão do banheiro estava com sangue.

— Sabe Max.. eu nunca vou ser bom o suficiente pra ninguém, nem pra minha mãe nem pro meu pai. — Sua voz saia trêmula e baixa, com um sorriso doloroso no rosto.

— Para com isso. — Max se sentou no chão e deu um abraço apertado em Bradley. Sem se importar se aquilo sujaria suas roupas — Chega de segurar as coisas pra si, me conta tudo que aconteceu, desabafa comigo. — pedia calmamente.

— É.. é tão dolorido você ser alguém que não quer ser só pra orgulhar alguém que nunca se orgulharia de você. Eu sempre tive que diminuir os outros e tentar mostrar que eu era melhor. Ouvindo sempre meu pai falando o quão imprestável eu sou, e ele apenas se orgulhava quando eu batia e vencia. Ele falou tanta merda pra mim dês que minha mãe morreu, fez tanta merda pra mim e para minha mãe.. eu não sei o que fazer! Eu não tenho nada nem ninguém nesse inferno! Agora que eu perdi o dinheiro, eu perdi minha fama e meus "amigos" eu tô sozinho. Minha mãe deve me odiar tanto... — Desabafou chorando e gritando como se fosse seu último pedido de socorro.

— Desculpa. Desculpa por estragar sua vida fazendo você perder aquele jogo idiota. — Max sussurrou e o abraçou mais forte.

— Q-que? A culpa não é sua.. você mereceu vencer aquele jogo. Você é bom sem trapaça nenhuma, já eu não sou bom em nada — Sorriu.

— Mas..

— Shiu.. — Bradley olhou nos olhos de Max. — Obrigado por me ajudar Max. Mas eu preciso ir — Bradley fechou os olhos e se deitou no chão do banheiro — apenas me deixe aqui Max, eu já estou sangrando tanto que a qualquer minuto eu vou desmaiar.. então, eu não vou aguentar — Disse sorrindo.

— Não! Não Bradley! Eu não vou deixar você simplesmente morrer no banheiro da minha casa seu idiota! — Esperou uma resposta de Bradley — Bradley..? Bradley!.

A verdade é que eu te amo. ( MaxLey )Onde histórias criam vida. Descubra agora